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Por: Museu da Pessoa, 5 de agosto de 2009

Lembranças da Villa Kyrial

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Lembranças da Villa Kyrial

Vídeo

P/1 – Boa tarde, eu vou pedir para a senhora falar o seu nome completo, o local e a data e nascimento.

R – Meu nome é Heloísa de Freitas Valle, eu nasci em São Paulo, no dia 17 de setembro de 1929. Agora eu não me lembro se eu nasci na Maternidade São Paulo ou no Hospital Santa Catarina.

P/1 – E a gente estava conversando um pouco do Senador Freitas Valle. O que a senhora se lembra da casa do Senador?

R – Olha, ele era o meu avô, eu nasci, e morei a vida inteira lá, casei-me lá, e toda a minha infância foi na Vila Kyrial, vendo acontecer os eventos que havia. Desde pequenininha, assim, nove ou dez anos, a gente sentava na galeria, quando vinha a Madalena Tagliaferro tocar piano, vinha o Segal trazer um quadro, e a gente ficava quietinha, eu e a minha irmã Lígia, que já é falecida, nós ficávamos ali, assistindo tudo, porque nós nascemos, meu pai morou a vida inteira com o meu avô, até ele falecer. Minha mãe também, era a nora que cuidava dele.

P/1 – E dona Heloísa, o que quer dizer Vila Kyrial?

R – Vila Kyrial, quer dizer, você não tem Kyrial, Kirie-Eleison? É deusa, é qualquer coisa assim, é endeusamento, não sei. E foi o Afonsos Guimarães que deu esse nome para a Vila Kyrial, ele fez um verso, que eu tenho até um xérox desse verso em casa, e onde ele, quando o meu avô comprou a Vila Gerda, ele faz esse verso para a Vila Kyrial, e eu tenho também um xérox do Hino da Vila Kyrial, onde eles cantavam: “Kyrial, Kyrial”, onde era tudo para o bem, para o amor, para tudo o que era de bom, entendeu? Porque era o que ele fomentava.

P/1 – Agora Vila Kyrial, ela era Vila Mafiana, né?

R – Não, Vila Mariana.

P/1 – Vila Mariana.

R – Olha, quando acaba a Paulista, tem a Treze, ali o Largo Treze de Maio, ali?

P/1 – É, Osvaldo Cruz, Praça Osvaldo Cruz.

R – Osvaldo Cruz, depois pega aquela ruazinha onde tem a Igreja Santa...

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Ópera Urbana

Entrevistado por Cláudia Leonor

Depoimento de Heloísa de Freitas Vale

São Paulo 05/08/2009

Realização Museu da Pessoa

Entrevista OPCN_CB030

Transcrito por Keila Barbosa

P/1 – Boa tarde, eu vou pedir para a senhora falar o seu nome completo, o local e a data e nascimento.

R – Meu nome é Heloísa de Freitas Valle, eu nasci em São Paulo, no dia 17 de setembro de 1929. Agora eu não me lembro se eu nasci na Maternidade São Paulo ou no Hospital Santa Catarina.

P/1 – E a gente estava conversando um pouco do Senador Freitas Valle. O que a senhora se lembra da casa do Senador?

R – Olha, ele era o meu avô, eu nasci, e morei a vida inteira lá, casei-me lá, e toda a minha infância foi na Vila Kyrial, vendo acontecer os eventos que havia. Desde pequenininha, assim, nove ou dez anos, a gente sentava na galeria, quando vinha a Madalena Tagliaferro tocar piano, vinha o Segal trazer um quadro, e a gente ficava quietinha, eu e a minha irmã Lígia, que já é falecida, nós ficávamos ali, assistindo tudo, porque nós nascemos, meu pai morou a vida inteira com o meu avô, até ele falecer. Minha mãe também, era a nora que cuidava dele.

P/1 – E dona Heloísa, o que quer dizer Vila Kyrial?

R – Vila Kyrial, quer dizer, você não tem Kyrial, Kirie-Eleison? É deusa, é qualquer coisa assim, é endeusamento, não sei. E foi o Afonsos Guimarães que deu esse nome para a Vila Kyrial, ele fez um verso, que eu tenho até um xérox desse verso em casa, e onde ele, quando o meu avô comprou a Vila Gerda, ele faz esse verso para a Vila Kyrial, e eu tenho também um xérox do Hino da Vila Kyrial, onde eles cantavam: “Kyrial, Kyrial”, onde era tudo para o bem, para o amor, para tudo o que era de bom, entendeu? Porque era o que ele fomentava.

P/1 – Agora Vila Kyrial, ela era Vila Mafiana, né?

R – Não, Vila Mariana.

P/1 – Vila Mariana.

R – Olha, quando acaba a Paulista, tem a Treze, ali o Largo Treze de Maio, ali?

P/1 – É,...

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