P – Laert para começar eu queria que você dissesse teu nome completo, data e local de nascimento. R - Meu nome completo é Laert Jefferson de Aguiar. Meu local de nascimento eu sou de Três Rios. Nasci em 17/10/62. P – Três Rios fica aonde? R - Três Rios fica entre Petrópolis e Juiz de Fora. É região do Vale do Paraíba. P – E foi nessa cidade que você começou a trabalhar no Aché? R - Foi. Foi nessa cidade. Comecei em 1989. Eu trabalhava nessa época no Bradesco e fui convidado por um amigo a fazer um teste na empresa. Inclusive na época era na Rua Cuba no Rio de Janeiro, na Penha. Então a primeira vez o rapaz marcou a entrevista uma sexta-feira, 5 horas da tarde. Aí eu fui lá numa sexta-feira 5 horas da tarde. Mandou que eu aguardasse até as 9 horas. Quando foi 9 horas mandou que eu voltasse na outra semana. Na outra semana novamente eu voltei. Só que ele marcou mais cedo às 8 horas. Cheguei lá às 8 e só fui atendido às 8 da noite. Para que eu voltasse em uma outra data. E eu posteriormente voltei novamente. Porque eu sou insistente. (riso) Eu fui fiz a entrevista e logo em seguida foram feitos os testes. Nossa, tinham 30 e poucos candidatos. Daqueles candidatos todos 30 e poucos que fizeram, que estavam lá, hoje só tem eu e mais um. Eu e o Wesley. O rapaz que entrou junto comigo. E eu participei. Eu entrei, comecei a correr atrás. E no primeiro dia, houve um fato: teve um curso e a reunião terminou nesse curso. E o produto da reunião nessa época era o produto Nopide. Então muito cobrado. É um produto muito complexo. E havia um diretor na época assistindo. E o treinador explicando toda aquela seqüência, o que aconteceu? Logo em seguida ele olhou para a plenária e mandou que eu fosse lá novamente explicar toda aquela seqüência do produto. E eu fiquei naquela, indeciso, se ia ou não ia. Porque eu trabalhava no Bradesco ainda. Estava empregado. Àquela época o representante, nós...
Continuar leituraP – Laert para começar eu queria que você dissesse teu nome completo, data e local de nascimento. R - Meu nome completo é Laert Jefferson de Aguiar. Meu local de nascimento eu sou de Três Rios. Nasci em 17/10/62. P – Três Rios fica aonde? R - Três Rios fica entre Petrópolis e Juiz de Fora. É região do Vale do Paraíba. P – E foi nessa cidade que você começou a trabalhar no Aché? R - Foi. Foi nessa cidade. Comecei em 1989. Eu trabalhava nessa época no Bradesco e fui convidado por um amigo a fazer um teste na empresa. Inclusive na época era na Rua Cuba no Rio de Janeiro, na Penha. Então a primeira vez o rapaz marcou a entrevista uma sexta-feira, 5 horas da tarde. Aí eu fui lá numa sexta-feira 5 horas da tarde. Mandou que eu aguardasse até as 9 horas. Quando foi 9 horas mandou que eu voltasse na outra semana. Na outra semana novamente eu voltei. Só que ele marcou mais cedo às 8 horas. Cheguei lá às 8 e só fui atendido às 8 da noite. Para que eu voltasse em uma outra data. E eu posteriormente voltei novamente. Porque eu sou insistente. (riso) Eu fui fiz a entrevista e logo em seguida foram feitos os testes. Nossa, tinham 30 e poucos candidatos. Daqueles candidatos todos 30 e poucos que fizeram, que estavam lá, hoje só tem eu e mais um. Eu e o Wesley. O rapaz que entrou junto comigo. E eu participei. Eu entrei, comecei a correr atrás. E no primeiro dia, houve um fato: teve um curso e a reunião terminou nesse curso. E o produto da reunião nessa época era o produto Nopide. Então muito cobrado. É um produto muito complexo. E havia um diretor na época assistindo. E o treinador explicando toda aquela seqüência, o que aconteceu? Logo em seguida ele olhou para a plenária e mandou que eu fosse lá novamente explicar toda aquela seqüência do produto. E eu fiquei naquela, indeciso, se ia ou não ia. Porque eu trabalhava no Bradesco ainda. Estava empregado. Àquela época o representante, nós fazíamos o curso mas não éramos empregados. Só depois de 15 dias de aprovado que seria. P – Mas o curso era a noite? R - O curso era integral. Durante o dia. Tinha que pedir 15 dias na empresa para testar vaga em outro lugar. Mas como eu tinha um bom relacionamento com o gerente do Bradesco ele me autorizou contando que eu não ficasse. Quando eu voltei já estava promovido. Quando voltei ao Bradesco para informar que eu ia ficar no Aché ele pegou e já estava com a minha promoção. Mas eu já estava decidido. Em razão exatamente desse momento que esse gerente mandou eu ir na frente e todos comentaram: ‘Não, ele não porque ele é novo.” Só que o diretor pegou e falou: “Ele é novo mas não está morto. Manda ele assim mesmo.” (riso) E eu prestando atenção no que havia falado, fui lá e dei novamente toda uma explicação do mecanismo de ação do Lopid. Mas na verdade a minha história começa a partir desses momentos, qual seja, você vai colocando a prova e decidindo certos momentos. P – Deixa só te perguntar: aquela espera toda, três vezes até te atenderem já fazia parte do processo de seleção testar a sua paciência assim? R - Eu acredito que isso devesse fazer parte, entendeu? Isso devia fazer parte porque o propagandista tem que ter paciência para esperar. Tem que ter calma. P – Está certo. R - Aliás não é nem o propagandista. A vida nos coloca nessa posição. Nós temos que esperar. Um dos motivos da minha vida tive que esperar um bom tempo. Tive que esperar 3 anos e meio novamente para mim voltar a uma ativa. P – Como é que foi isso? R - Isso aconteceu por quê? Foi em 89 eu trabalhava em Teresópolis e morava em Três Rios. Retornando para minha casa subindo a serra, estava de retorno desceu um motorista de caminhão bêbado e ele não fez a curva. Ele bateu, colidiu com o meu carro e foi me levando de marcha-ré para trás até que o caminhão dele conseguiu subir em cima do meu. E fez um estrago danado. Fiquei preso na ferragem no alto da serra por umas 3 horas esperando que o Corpo de Bombeiros fosse para me retirar das ferragens, porque eu não conseguia sair. Eu estava preso, mas preso mesmo. Além de ter fratura no braço, estava quebrado. As pernas estavam quebradas. Tinha fratura exposta. Foi um acidente muito grave. Foi um acidente que me colocou três anos e meio em uma cadeira de roda. Fiquei um ano na cama todo engessado. Fiz 17 cirurgias, sabe? E uma das coisas que me deu vida, que me deu força por incrível que pareça – as pessoas que me conhecem sabem desse relacionamento que eu tenho com a Aché por quê? Porque hoje eu te falo, te falo mesmo se eu estou andando, se eu tive força eu devo grande parte ao Aché. E grande parte à minha família. Porque o Aché ele me dava aquela motivação. Porque mesmo eu todo quebrado, sabia que estaria de volta. P – Você ficou afastado todo esse tempo da empresa? R - Fiquei afastado três anos e meio. Então... P – Mas mantinha uma relação com alguém do Aché? R - Os representantes iam muito na minha casa. Porque eu tinha um bom relacionamento. Então os representantes iam me contavam casos, conversavam comigo. Eu participava, embora afastado dois anos, três anos afastado, eu participava. Coloquei mais de quatro, afastado da empresa eu indiquei mais de cinco pessoas. Três se formaram gerentes distritais. Hoje ainda tem dois ainda na empresa. Então porque eu acreditava na empresa. E a empresa mostrou isso. Um dia quando eu estava apertado financeiramente, muito dinheiro, muito remédio eu entrei em contato com o departamento de Recursos Humanos da empresa informando a minha situação. Porque o INPS foi achatando o dinheiro. Foi diminuindo e no final eu estava ganhando um salário mínimo. Eu mandei uma carta na época à direção da empresa informando da minha situação. Que eu estava com necessidade, e eu ia precisar mais um ano de internação e de cirurgia. E que precisava de um apoio da empresa. Eu mandei uma carta em janeiro. Em torno de 2 dias a direção da empresa já estava no meu quarto me informando que eu estaria totalmente coberto financeiramente, a partir daquele momento. Hoje é um benefício estendido a todos os funcionários. Quando um funcionário se ausenta por incapacidade a empresa hoje paga o salário integral a ele. Então naquele momento que foram lá em casa me informaram que eu tivesse toda a tranqüilidade. Porque a empresa estaria me cobrindo com salário. E nada ia faltar nem para mim nem para minha família. Eu mantive ali um relacionamento, mantenho um relacionamento com a empresa, sabe? Acho que eu tive aquela calma, aquela tranqüilidade porque eu sou daquele pensamento: a gente corre atrás do nosso futuro. E aqui tem um futuro muito grande. A empresa ela é muito forte. P – O que te agrada tanto trabalhar no Aché? R - Olha, eu vou te dizer com sinceridade, eu trabalhei 10 anos, oito anos no Bradesco e no final eu era apaixonado pelo Bradesco. Aquilo me subia, entrava na corrente sangüínea. Eu me dou muito para aquilo que faço, entendeu? Então entrei no Aché e comecei a trabalhar, gostar e correr atrás. Aí aconteceu essa fatalidade. Mas na vida nada é fatal. Tudo tem um motivo de acontecer. P – Quando aconteceu isso Laert? Em que ano o acidente? R - Foi em maio de 1990. Dia 3/5/1990. Eu fiquei parado, fiquei muito quebrado. Eu sabia que meu estado era grave. Mas eu sabia que realmente a empresa estava ali. Porque quando eu entrei, eu não entrei na empresa para ser propagandista. Eu não entrei. Eu sou uma pessoa que gosto de correr atrás. Quero. Que sirvo, gosto de galgar cargo. Gosto da parte administrativa. Trabalho. Gosto de lidar com as pessoas, entendeu? E sei esperar esses momentos. Sei que várias pessoas que entraram depois de mim foram promovidas. Isso não me abalaram. Pelo contrário. Até fico satisfeito deles. Agora eu sei que o meu momento também vai chegar. Então eu costumo dizer às pessoas que nós temos que ter calma mas não podemos deixar de ser realista. Porque o futuro depende da gente. P – Mas saberia dizer o que você mais gosta no Aché? R - O que eu mais gosto do Aché? Olha o Aché tem uma magia que todas as pessoas gostam de falar. Você não acredita mas eu devo falar do Aché na minha família ninguém (riso) não se fala em outra coisa. Os meus filhos são meus médicos na minha propaganda, quando eu fazia propaganda que eu tinha que me treinar. Então a minha esposa era a médica, os meus filhos eram médicos. Então você vive aquele relacionamento. Os colegas, o Aché tem funcionários que são muito ligados, você entendeu? Então isso vai te cativando. Vai entrando em você. Você não consegue ficar sem... P – E você lembra do teu retorno? Como é que foi o teu primeiro dia, na volta? R - Me lembro. Eu me lembro do primeiro dia que eu fiquei em pé depois de três anos. Foi o momento mais, foi um dos momentos marcantes na minha vida. Porque as pessoas não acreditavam, sabe, que eu ia voltar. Não acreditavam que eu ia voltar. Pelo tempo. Eu tinha uma perna paralisada. Eu levei choque na perna até ela voltar, entendeu? E as pessoas não acreditavam mas eu tinha certeza que ia voltar. P – Onde é que você estava nesse dia que você voltou a andar? R - Eu estava na casa do meu pai. Eu tive que fechar minha casa e ir para a casa dele. Que eu morava em apartamento. E fui para a casa dele. Então aquilo foi uma emoção muito grande. Que ali eu tivesse... P – Você estava com toda a sua família? R - Estava. Com toda a minha família. Então hoje, aquele momento eu vi que ali eu estava retornando e falei com a minha esposa, eu falei: “Nós vamos voltar a nossa vida.” E meus filhos sempre acompanharam muito meu caso, sabe? P – E a volta para a empresa, para o dia-a-dia de trabalho? Você lembra desse dia? R - Lembro. Quando eu voltei já era na Rua Ipú. Me lembro quando eu voltei tinha um diretor lá na empresa. Tinha ido lá visitar a filial e quando eu entrei na empresa deparei com ele. Vi que era ele. E veio conversar comigo. Perguntando como eu estava. Se eu estava bem. E eu comentei com ele que eu estava satisfeito de estar retornando aquele dia. Você fica três anos e meio afastado, quando você volta fica sendo muito bem acompanhado, porque as pessoas querem saber qual é o seu estado. Se você vai render. Porque o Aché é uma empresa maravilhosa. Uma empresa magnífica. Mas é uma empresa de vendas. É uma empresa de lucro. Então precisa realmente que as pessoas que estejam aqui estejam bem. E eu precisava realmente estar bem e mostrar que estava bem. Durante um ano, durante um ano nós tínhamos naquela época premiações. De 12 premiações durante um ano eu seguramente levei uns sete. Toda reunião eu era premiado. Por vendas, por visitação, por trabalho, por realização, sabe? Porque eu sabia que eu precisava demonstrar o meu valor. Que eu estava ali. Então para você ver como são as coisas. Eu voltei, corri atrás. Mostrei. Fui colocado longe da minha casa. Eu morava em Três Rios e quando eu voltei a vaga que tinha era em Barra Mansa. Mas eu fui para lá. fui para lá.”Ah, é para trabalhar em Barra Mansa?” Fui para lá. Fiquei um ano morando em hotel. Sozinho. Agüentei. Achei que as coisas acontecem. No Aché tudo acontece. O Aché é bom. as coisas acontece muito rápido. E eu fui lá, briguei. Mostrei meu valor. Voltei para minha cidade. Ajudei meu supervisor a ser supervisor. Participei do primeiro grupo de talento da empresa. fui chamado a ser o primeiro grupo de talento a São Paulo. Fui. Então eu fui aguardando. Fui vendo as oportunidades sempre com aquela intenção de que aonde eu gostaria de chegar. Aonde eu quero chegar. Aonde, formar uma empresa. Porque o Aché hoje está passando por uma nova direção, entendeu? Todos querem formar o Aché mais forte. P – O passo seguinte você se tornou gerente distrital? Quando foi? R - Foi em 1998. P – Foi um momento importante para você também? R - Foi. Foi um momento muito importante. Teve um diretor na minha casa quando eu recebi aquela carta, ele não estava mais na empresa. E quando ele me viu não acreditou, quando eu fui chamado para ser promovido. Ele veio falar comigo, falou: “Pô, você foi promovido?”Eu falei: “Eu não te falei aquele dia que eu estaria voltando?” E eu estava voltando. Então foi um momento marcante porque é a tua conquista É aquilo que você acredita e deve seguir adiante. P – Qual é o sonho que você tem? R - O meu sonho? Olha, acho que é um sonho como o de todo mundo, né? Vou te falar com sinceridade eu tenho dois filhos maravilhosos. São gêmeos. Amigos mesmo, sabe? E eu corro atrás. O meu pensamento é para eles. Formá-los. P – Como se chamam? R - Um chama Laerte e o outro chama Carlos. Eu tenho a minha mãe que é muito minha amiga, cuido dela. Uma pessoa maravilhosa minha esposa. E eu corro atrás, através exatamente disso, de manter a situação. Para que eles possam crescer e eu também quero crescer profissionalmente, entendeu? Porque eu vejo que a empresa ela te dá oportunidade. Prova disso é eu voltar a estudar agora porque estou vendo que a empresa está pedindo algo mais. Então acho que há essa necessidade. É um sacrifício grande, mas eu preciso disso. P – O que você está estudando? R - Eu estou fazendo Administração de Empresas. P – Agora trabalho, família e estudo? R - Trabalho, estudo e família agora está mais apertada. (riso) Entendeu? P – Tá certo. R - Porque é como eu te falei: quem trabalha no Aché trabalha 24 horas. Você já viu isso? Porque mesmo em casa você fica deitado na cama pensando. Pôxa devo fazer aquilo dessa forma. Então aos sábados e domingos você quer encontrar com os colegas para bater papo você fala de Aché. Então você acaba conversando de Aché o tempo integral. Então... P – A gente já está finalizando eu queria por último perguntar o que você acha de poder contar um pouco da sua história? R - Olha, eu acho que o Aché ele tem uma grande história. Mas é uma história que foi formada por uma série de pessoas que fizeram o Aché. Então eu acho importante isso, o Aché ter isso na memória dele. Porque são pessoas que brigam pela empresa, são pessoas que se dão à empresa. E é um valor você ser homenageado. Você fazer parte disso, entendeu? Eu fiz parte. Queria e quis fazer parte porque me sinto parte da empresa. Posso ser hoje, posso ser até amanhã. Até o dia que eu estarei brigando pela empresa, entendeu? É claro que a empresa tem várias necessidades e vai ver a necessidade dela. Pode ser o momento de cada um. Então as pessoas, a empresa ela é formada por pessoas. Algumas pessoas acertam outras erram. Ninguém é perfeito. Mas a empresa é uma só. A empresa quer crescer e quer te ajudar. Então eu acho muito importante isso que a empresa está fazendo. P – Obrigado pela participação. R - Eu que te agradeço. E falar para as pessoas que vale a pena acreditar. Por que? Porque na vida está sempre começando um momento logo em seguida. E quem está aqui deve acreditar na empresa. eu entrei no Aché, sofri um acidente minha vida zerou. Fiz 17 cirurgias. Fiquei condenado três anos em uma cadeira de roda. Voltei a pasta trabalhei longe de casa, voltei para casa, sempre acreditando. Sou gerente. E hoje eu tenho certeza que isso aconteceu comigo está na mão de todo mundo. Está na mão das pessoas. Nunca se abater porque as coisas não aconteceram como deveria acontecer, não é verdade? P – Certo. Obrigado mais uma vez e parabéns. Fico feliz de que o desfecho tenha sido tão feliz. R - Obrigado. Eu te agradeço.
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