Meu nome é Juliana Rocha, tenho 41 anos e moro em Cidade Tiradentes-SP. Atuo na área da educação há 9 anos, em São Bernardo do Campo, como Auxiliar em Educação. Mas não é sobre isso que venho falar, então vamos lá...
Em 2008, fiz minha inscrição para uma oficina de iniciação a linguagem de Maracatu de Baque Virado, no Centro de Formação Cultural \\\\\\\"Arte em Construção\\\\\\\", também conhecido como \\\\\\\"Pombas Urbanas\\\\\\\". O professor era Murici do coletivo percussivo \\\\\\\"Baque Bolado\\\\\\\" e despertou em mim algo que na época não conseguia nomear, só conseguia me sentir pertença. Sou filha de nordestinos, minha mãe Francisca é de Parnaíba-Piauí e o meu pai João é de Araioses-Maranhão... soube recentemente que meu tio (irmão de minha mãe) foi um brincante da cultura popular em Parnaíba e talvez agora os pontos comecem a se ligar, pois sempre me perguntei o que de fato me fazia sentir tão pertença ao Maracatu. Hoje o maracatu tem uma importância gigantesca na minha vida... foi ele quem me fez ter respeito pela minha ancestralidade, saudar os mais velhos e os mais novos também, me fez entender o significado de solidariedade, cooperação e construção coletiva em nossos territórios, que são carentes de cultura e lazer, me fez entender que esse \\\\\\\"brinquedo sagrado\\\\\\\" é uma riqueza, por onde ele passa, ao som dos seus tambores, contagia desde crianças à idosos, trazendo a força e a resistência do povo preto. Maracatu também me trouxe alegrias, me trouxe amigos e me deu uma segunda família chamada \\\\\\\"Maracatu Agô Anama\\\\\\\"... com o significado em iorubá Agô= licença e em tupi guarani Anama= família, é com esse nome e com todo esse Axé que o maracatu resiste através de nossas práticas e ações, na zona leste de SP.
Deixo aqui esse registro importante da minha história e do meu caminhar enquanto uma humilde brincante da cultura popular, apaixonada pelo \\\\\\\"brincar...
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Meu nome é Juliana Rocha, tenho 41 anos e moro em Cidade Tiradentes-SP. Atuo na área da educação há 9 anos, em São Bernardo do Campo, como Auxiliar em Educação. Mas não é sobre isso que venho falar, então vamos lá...
Em 2008, fiz minha inscrição para uma oficina de iniciação a linguagem de Maracatu de Baque Virado, no Centro de Formação Cultural \\\\\\\"Arte em Construção\\\\\\\", também conhecido como \\\\\\\"Pombas Urbanas\\\\\\\". O professor era Murici do coletivo percussivo \\\\\\\"Baque Bolado\\\\\\\" e despertou em mim algo que na época não conseguia nomear, só conseguia me sentir pertença. Sou filha de nordestinos, minha mãe Francisca é de Parnaíba-Piauí e o meu pai João é de Araioses-Maranhão... soube recentemente que meu tio (irmão de minha mãe) foi um brincante da cultura popular em Parnaíba e talvez agora os pontos comecem a se ligar, pois sempre me perguntei o que de fato me fazia sentir tão pertença ao Maracatu. Hoje o maracatu tem uma importância gigantesca na minha vida... foi ele quem me fez ter respeito pela minha ancestralidade, saudar os mais velhos e os mais novos também, me fez entender o significado de solidariedade, cooperação e construção coletiva em nossos territórios, que são carentes de cultura e lazer, me fez entender que esse \\\\\\\"brinquedo sagrado\\\\\\\" é uma riqueza, por onde ele passa, ao som dos seus tambores, contagia desde crianças à idosos, trazendo a força e a resistência do povo preto. Maracatu também me trouxe alegrias, me trouxe amigos e me deu uma segunda família chamada \\\\\\\"Maracatu Agô Anama\\\\\\\"... com o significado em iorubá Agô= licença e em tupi guarani Anama= família, é com esse nome e com todo esse Axé que o maracatu resiste através de nossas práticas e ações, na zona leste de SP.
Deixo aqui esse registro importante da minha história e do meu caminhar enquanto uma humilde brincante da cultura popular, apaixonada pelo \\\\\\\"brincar sagrado\\\\\\\" do nosso Maracatu.
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