PMI – Baía de Campos
Entrevistado por Inês Gouveia
Depoimento de José Jorge Ferreira De Laai
Macaé, 11 de junho de 2008
PETRO_CB395
Transcrito por Mariana Casellato Carnasciali
P/1 – Projeto Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos, depoimento de José Jorge Ferreira De Laai entrevistado por Inês Gouveia, em Macaé, onze de junho de 2008, realização Museu da Pessoa, entrevista número CB_MBAC_ 082.
P/1 – Vou pedir que você comece me dizendo seu nome completo, sua data de nascimento e o local onde você nasceu.
R – Meu nome completo é José Jorge Ferreira de Laai. Eu estou completando 55 anos agora no dia 18 de setembro. Nasci na cidade de Maceió, no estado de Alagoas, Brasil.
P/1 – Em que ano que você entrou na Petrobrás, Laai?
R – Eu ingressei na Petrobrás, na verdade, em novembro de 1979, através de concurso como auxiliar de escritório, na distribuidora, e a carteira foi assinada três meses depois, em janeiro de 80.
P/1 – Na ocasião você já morava no Rio? Como é que foi?
R – Já morava no Rio de Janeiro. Eu tinha acabado de sair da Marinha de Guerra, depois de oito, quase nove anos na Marinha de Guerra.
P/1 – E o que te motivou a fazer o concurso pra Petrobrás na época e entrar já trabalhando na Bacia de Campos? É isso?
R – Não, não. Engraçado, eu saí da Marinha e já trabalhava num serviço administrativo, que era da área de intendência dentro da Marinha, trabalhava na diretoria do pessoal. Na época eu "tava" fazendo faculdade e vislumbrei coisa melhor. Eu "tava" fazendo Administração de Empresas e pedi o licenciamento da Marinha, fiz o concurso pra Petrobrás. Graças a Deus passei bem na área de contabilidade, fui trabalhar no controle financeiro na época com (Nelson Bando Brandão?), que foi meu gerente financeiro. Até bem pouco tempo atrás ele veio a ser uns dos presidentes da “Petro”, diretores da “Petro”. Trabalhei lá. O que me motivou mesmo foi a solidez do emprego. Eu só tive dois...
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Entrevistado por Inês Gouveia
Depoimento de José Jorge Ferreira De Laai
Macaé, 11 de junho de 2008
PETRO_CB395
Transcrito por Mariana Casellato Carnasciali
P/1 – Projeto Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos, depoimento de José Jorge Ferreira De Laai entrevistado por Inês Gouveia, em Macaé, onze de junho de 2008, realização Museu da Pessoa, entrevista número CB_MBAC_ 082.
P/1 – Vou pedir que você comece me dizendo seu nome completo, sua data de nascimento e o local onde você nasceu.
R – Meu nome completo é José Jorge Ferreira de Laai. Eu estou completando 55 anos agora no dia 18 de setembro. Nasci na cidade de Maceió, no estado de Alagoas, Brasil.
P/1 – Em que ano que você entrou na Petrobrás, Laai?
R – Eu ingressei na Petrobrás, na verdade, em novembro de 1979, através de concurso como auxiliar de escritório, na distribuidora, e a carteira foi assinada três meses depois, em janeiro de 80.
P/1 – Na ocasião você já morava no Rio? Como é que foi?
R – Já morava no Rio de Janeiro. Eu tinha acabado de sair da Marinha de Guerra, depois de oito, quase nove anos na Marinha de Guerra.
P/1 – E o que te motivou a fazer o concurso pra Petrobrás na época e entrar já trabalhando na Bacia de Campos? É isso?
R – Não, não. Engraçado, eu saí da Marinha e já trabalhava num serviço administrativo, que era da área de intendência dentro da Marinha, trabalhava na diretoria do pessoal. Na época eu "tava" fazendo faculdade e vislumbrei coisa melhor. Eu "tava" fazendo Administração de Empresas e pedi o licenciamento da Marinha, fiz o concurso pra Petrobrás. Graças a Deus passei bem na área de contabilidade, fui trabalhar no controle financeiro na época com (Nelson Bando Brandão?), que foi meu gerente financeiro. Até bem pouco tempo atrás ele veio a ser uns dos presidentes da “Petro”, diretores da “Petro”. Trabalhei lá. O que me motivou mesmo foi a solidez do emprego. Eu só tive dois empregos na minha vida: a Marinha de Guerra e Petrobrás. Meu tempo de serviço já ultrapassa os 38 anos, contando os embarques. Eu não penso em aposentar, de jeito nenhum. Minha vida social é aqui dentro.
P/1 – Na ocasião você entrou pra trabalhar em que área?
R – No (SeCoF Cont?), Setor de Controle Financeiro I. Na distribuidora. Fazia balanço patrimonial, essas coisas. Trabalhava com contabilidade. Aí dois anos depois, foi final de julho de 82, surgiu recrutamento interno, precisando de gente que conhecia navio, que trabalhava lá pra (FLANAP?) e eu fui lá e consegui uma vaga. Fiz um curso de três meses no (CEMP?), minto, era mais de três meses, de operador de navio químico, que eu já tinha conhecimento de navegação, essas coisas. Fiz parte do grupo que foi tirar um dos navios que a Petrobrás tinha comprado lá em (Lanquerc?), na França. Foi bom, foi onde eu comecei realmente a viajar, não viajei tanto pela Marinha, vim viajar pela Petrobrás. Conheci vários países, conheci muita coisa, aprendi muita coisa.
P/1 – Você pode contar um pouco mais pra gente como é que foi essa experiência de ir à França? Como que se dá de fato?
R – É engraçado. Cheguei na França crente que já se podia falar inglês depois de (estar terminando em brasas?) . Sabia nada de inglês, aí “no tapa” você tem que aprender mesmo. Eu fiquei lá 21 dias até o navio bater a quilha, receber um nome e a liberação de sair do estaleiro e de lá nós saímos navegando. Primeiro o destino foi pra Antuérpia, na Bélgica. Depois foi Roterdã. De Roterdã atravessou “pros” Estados Unidos. Dos Estados Unidos veio fazendo a América Central. Engraçado, o primeiro porto brasileiro foi Salvador, descobrimos o Brasil de novo. Depois nós fomos pra França, na época foi... Eu lembro que eu passei o dia dos pais lá em Paris, nós fomos pra lá em agosto. Em agosto ou setembro. O dia dos pais é em outubro, né? Só retornamos ao Brasil já tinha quase quatro meses, cinco meses depois. Eu lembro que meu menino, meu filho menor, ele ainda "tava" de colo quando nós fomos pro aeroporto e, quando eu regressei, a minha barba "tava" grande, foi uma coisa que marcou muito, eu peguei ele no colo, ele passava a mão na minha barba e dizia: “Você que é o meu pai? É você que é o meu pai?”. Aquilo marcou muito, não esqueço. Hoje o menino já tá com vinte e poucos anos, já tem neto, minha filha já é formada, graças a Deus.
P/1 – Na ocasião qual era a tripulação embarcada?
R – A tripulação era constituída de 29 pessoas. Navio de transporte de produto químco era chamado (KING KITINA?). Nós saímos operando esse navio, ele tinha quaren...– ele tem, né? – Ele hoje tá com bandeira internacional e 48 tanques de carga, divididos em três tipos, de aço inoxidável, de revestimento de (epox?) e zinco pra carregar diversos tipos de produtos como (fernol, estileno, benzeno, cronitrila?)... Tudo que você possa imaginar nesse sentido. E a gente trabalhava nesse ambiente, transportando essa carga perigosa. Muito metanol, etanol, (paraxilene?) e vai por aí, coisa “braba”.
P/1 – Um convívio muito intenso, né Laai? Com as pessoas que estavam embarcadas?
R – Muito, muito. E o centro nervoso nosso fica alterado, porque você trabalha a operação num navio dessa, 24 horas, você tem 24 horas de trabalho. Se você não estiver trabalhando em preparação de tanque pra carga e descarga, na operação de carga e descarga, o tempo que sobre é pra fazer a manutenção do navio, na navegação dele. Então é pintura, é serviço de quarto, eu cumpri horário de meia noite às seis por muito tempo e ainda tinha que trabalhar às vezes até as onze horas da manhã aí depois dormia um pouco. E levantava, jantava, deitava de novo, levantava por volta das onze horas da noite, pegava serviço meia noite de novo. Quando "tava" em navegação, né? Porque tem cuidado com o rumo do navio e na parte da manhã quando entregava o serviço, seis horas da manhã, tomava café e como uma das minhas funções era ver a (salvatarde?), tinha que ver baleeira, extintor de incêndio, essas coisas. Então ficava nisso.
P/1 – A comunicação com a família na época...
R – Muito rara naquele período. Você era por ondas de rádio, tinha que fazer fila na porta da estação rádio do navio e você falava e quem tivesse com um radinho de pilha ligado escutava a conversa toda. Hoje já tem internet, naquela época não tinha isso não. Era muito difícil. O resultado final “era” que eu me divorciei. Meu casamento acabou em 1983/89, acabou. De lá pra cá eu não acertei mais meu passo, nessa área eu não acertei mais o meu passo. Tanto é que o resultado de “vim” bater aqui na Bacia de Campos foi essa crise desse término do casamento, aí eu fiquei sem fazer longo curso, porque essa navegação era de longo curso. Lá na FRONAPE eu fiquei fazendo um tratamento, fiquei ali pela Baía de Guanabara. Nesse período aconteceu de surgir uma necessidade de alguém que conhecesse navegação, navio, essas coisas. Estavam se instalando as monobóias aqui na Baía de Campos. Hoje o (Elias?) já tá aposentado, mas aí eu “vim” aqui e tive uma entrevista com ele, "daí" foi favorável, Rogério também, engenheiro da época do (DIAPCETINA ATINAV?), atividade naval, aí me requisitaram. Foi uma luta pra conseguir me liberar de lá pra vir pra cá. Graças a Deus consegui e passei a trabalhar tomando conta dos terminais oceânicos. Recebi o serviço de um colega. Que que vinha a ser isso? As monobóias que estavam nos terminais oceânicos são as monobóias e na época eram os navios cisternos. Nós não tínhamos (FPSOs?) nem (FSOs?). Só tinha o (Horta Barbosa?) e o P. P. Morais, Presidente Prudente de Morais. Eram navios que ficavam fundiados em alto mar aqui na Bacia, carregando com monobóia e vinha um outro e tinha que retirar essa carga e ficava nesse vai e vém, fora as monobóias. Então eu cuidava dessa logística, fiquei muito tempo cuidando disso. Os capitães de manobra do transporte do óleo da Bacia de Campos, terminal oceânico para o terminal marinho. Do terminal marítimo rebombeei pras refinarias. Então tinha que cuidar disso. Era contato diário, 24 horas também, mas era melhor que tá viajando, né? Na época o Formigli assumiu, houve necessidade de colocar um celular, aquele celular antigo, que aprecia um tijolo, 24 horas comigo, até dia de domingo tinha que vir aqui na base de Imbetiba. Porque cuidava de troca de navio, o estoque de óleo que já tinha acumulado, pra gente poder fazer um fechamento junto com a produção nacional lá no Rio e importar o que necessitava. Hoje a importação já ta mínima, né? Naquela época eu lembro quanto tempo a gente levava numa monobóia daquela de (“garoupinho”?), por exemplo, se amarrava um navio lá de quarenta e cinco mil toneladas, o Presidente Washington Luís era um deles, levava cerca de cinqüenta dias pra carregar 45 mil metros cúbicos de óleo. Quando eu passei esse serviço pro Paulo, que hoje trabalha aqui no primeiro andar com essa mesma coisa, "tava" se produzindo monobóia no campo de (Marlin?), no (bis pelo PLAIN?), cerca de 33 mil metros cúbicos a cada 24 horas. Então você levava às vezes 15, 20 dias pra trocar um navio, pra trazer um pra esvaziar o sistema. Quando eu entreguei já demorava três dias e meio, até cinco dias, uma correria danada, imagina o volume de óleo que começou a sair, a produzir. Fora o vai-e-vem de navio pra lá e pra cá. Essa logística é uma coisa de doido, mas, graças a Deus eu fiz isso bem, acredito que fiz bem, passei pro Paulo e depois eu fui trabalhar com a desmobilização de unidades, (Desmobilização, Mobilização e Ancoramento) DMA.
P/1 – Perdão, trabalhar como?
R – DMA que seria, Desmobilização, Mobilização e Ancoragem de Unidades, as plataformas. Aprendi muito lá com Laura, com o próprio Rogério, (Charrel?), essa turma. Aí voltei a embarcar de novo, a mobilizar as plataformas, tirar ela de um lugar pro outro, calcular a linha de ancoragem, descer ela no lugar. Depois de uns três anos fui pra Mergulho Raso. Em Mergulho Raso fui fiscalizar os contratos, as operações de mergulho. Fiquei mais uns três anos embarcado. Um belo dia me chamaram, descobriram que eu também trabalhava com um burocracia, aí me colocaram pra trabalhar com contrato de mergulho. Fiquei aqui trabalhando com a logística de mergulho um tempo aí esse ano me deram pra gerenciar contrato de mergulho, comecei em Janeiro. Espero que dê certo, que eu faça tudo direitinho. Então, em resumo: dentro da Petrobrás eu comecei administrativamente, fui pra operação na área de navegação e transporte, naveguei, conheci vários países, trabalhei na operação propriamente dita com muita coisa que eu não tinha conhecimento nem na Marinha de Guerra, a operação de carga, descarga, lastro, “deslastro”, lavagem de tanque, dispersão de produto e vai por aí afora. E ainda entrei mais tecnológico do mergulho, da ancoragem e da área de logística de transporte. Eu acho que profissionalmente eu me sinto realizado. Não quero deixar de trabalhar, enquanto eu tiver força vou trabalhar fazendo esse tipo de serviço aí, agora mais burocrático. Além de trabalhar com contrato, também trabalho com o processo de contratação. Atualmente eu gerencio uma empresa, tá chegando outra, essa empresa tem três contratos e processo de contratação é o dia-a-dia, né? Licitação pra fazer, aditivo de contrato e vai por aí afora, reuniões, (SMS?), (diretriz 7?), eu faço parte também do comitê com isso. A minha vida é essa.
P/1 – Junto às plataformas, Laai, você trabalhou durante quanto tempo nesse período que você me disse que trabalhava relativamente nas plataformas, no processo de mergulho, enfim?
R – Somando embarcando as plataformas com mergulho foi cerca de três anos também e com a desmobilização de unidade, seria as plataformas de produção. A gente fazia, o pessoal ainda faz, faz um projeto de ancoragem, faz um estudo da área, estudo o comportamento de vento, de incidência de correnteza, projeta-se tipos de linha de ancoragem, o tipo de âncora que vai ser usada, o terreno lá no fundo como é... E depois sai em campo com aquela papelada toda e com os barcos e pega a plataforma e coloca ela no ponto onde ela tem que ficar pressionada na superfície da água de maneira que ela possa descer as colunas de perfuração naquele ponto lá embaixo. A gente vai, tira ela de um lugar e vai pra outro, tem os poços marcados. Vai perfurar o poço tal, tira aquela unidade dali, quando você chega, começa a tirar aquela unidade pra levar pra outro lugar. Muitas vezes tirei junto com a turma, tirando plataforma da área de (quaquauqa?) pra trazer pra área sul, navega um dia e uma noite toda trazendo a menina. Enquanto você ta lá tirando uma, você manda os barcos irem lançando as outras linhas, ou seja, às vezes uma plataforma ta numa profundidade, suponha, de 200 metros de lâmina d’água e ela vai ser ancorada em numa profundidade de 800 metros de lâmina d’água, então você tira a âncora número um, aquela âncora número um vai ser lançada lá num determinado ponto, na coordenada x, próximo daquele poço, uma linha de ancoragem de 2 mil e 500 metros de comprimento. E aquela ancoragem dali tem mil e 200. Você tem que tirar aquela daquela e montar uma outra e ficar monitorando a saída de um e o comportamento dessa que tá aqui. A medida em que você vai tirando as âncoras e a plataforma vai se comportando de outro jeito e lançando as âncoras lá e calculando pra ver se ela ficou dentro daquele raio de área que você calculou no ponto que a âncora deveria ficar fixada e depois marcar com a bóia, montar um quadro de bóia lá fora e chegar com a plataforma. Quando você tira a última âncora, já vem rebocando ela pra entrar naquele quadro e amarrar ela de novo e deixar na posição. “Cabou” o serviço, volta pro escritório, outro projeto pra fazer. Era isso. Também foi mais ou menos uns três anos também.
P/1 – E nesse momento você "tava" evolvido tanto no planejamento quanto na ação efetiva lá?
R – Exatamente. Ainda trabalhei também cuidando do embarque e desembarque do pessoal um tempo, fazendo relatório de ancoragem, concluindo o serviço deles aqui, porque quando você termina tem que fazer um relatório, deixar isso em arquivo.
P/1 – Em relação ao mergulho também, eu não entendi direto, você trabalhou com mergulho efetivamente?
R – Mergulho é diferente. Mergulho você vai embarcar na unidade com uma equipe de mergulho numa das empresas contratadas, a empresa não tem mergulhador no quadro de funcionários, eles são contratados, você vai como fiscal e mais oito pessoas no mergulho: um técnico de planejamento, dois supervisores e os mergulhadores. Você vai fazer reparo. O que for da superfície da água pra baixo, até noventa metros de profundidade é o mergulho raso – mergulho raso não, é mergulho semi-profundo. Na verdade um mergulho raso é até cinqüenta metros. Eu trabalhei muito tempo no mergulho raso. Alguns mergulhos que iam até além dos 50 metros precisavam de mistura de gás, mas também tem o mergulho profundo, que vai acima de 90 metros: coloca o (homenucina?), escafandro, é outra coisa. Você vai com essa equipe, monta todo o aparato em cima da plataforma, tem todo o equipamento próprio pra isso, tem um plano de trabalho pra ser executado, você vai fazer dispersão de raio, dispersão de (classe?) e começa a vistoriar a unidade. Tanto as plataformas com os (SPOs?) e (SPFOs?), como eu falei antes. Lá no terminal oceânico nós, na época, tínhamos só navios cisternos, aí nós fomos aos poucos implantando os (SPFOs?) e os (SPOs?). Nas (cisternas?) acumulava somente óleo bruto que saía lá do fundo e lá deixava e o outro chegava e puxava aquilo tudo, então vinha cheio de resíduo. Os (SPFOs?) e (SPOs?) não, eles já fazem uma separação, separa areia, pedra, já tem um momento de decantação, o óleo já sai melhor. A parte da conservação deles dentro d’água cabe ao mergulho verificar as linhas de produção, a manutenção da plataforma na parte submersa A gente procura durante esse trabalho, além de fazer vistoria das linhas de carga, a gente procura também nas expressões de classe, minimizar pra não ter que rebocar uma plataforma depois de três anos de operação pra um estaleiro. Muitas partes dessas (pessões?) a gente consegue fazer com ela em alto mar mesmo e ao invés de transportar depois de cinco anos, demora até seis pra parar uma produção ali e levar pra fazer o restante do serviço em água abrigada ou no estaleiro. Em resumo é isso o meu trabalho.
P/1 – Não havia, então, pelo que eu entendi, uma rotina de tempo previsto que você ficava embarcado ou ficava em terra?
R – Não. O serviço de mergulho é um embarque normal de 14 dias, mas se houvesse alguma coisa, como aconteceu comigo na P 40 um dos trabalhos de mergulho a gente chama de “pull in” e ”pull out”, ou seja, “pull in” é a interligação de linha nova pra produção na P 40. Foi uma coisa interessante, porque na P40 eu participei do lançamento das âncoras dela, das 16 âncoras. Nós preparamos todo o campo pra ela chegar e ficar estacionada ali naquele ponto. Depois eu voltei como fiscal de mergulho. Quando eu acabei de fazer esse serviço, (nem levou mais ou menos?) uns doze dias nós conectamos três ou quatro linhas e nós fizemos um “pull out”, saiu uma linha que deixou de operar, fazer a conexão das linhas que vem do fundo pra perceber o óleo, é o “pull in”. E o “pull out” é uma linha que já não está mais produzindo, se tirar aquela linha ou retirar ela toda, ou passar “prum” outro ponto. Esse serviço já havia terminado e quando eu vinha saindo lá da parte de baixo, que a gente trabalha isolado, eu observei que um gasoduto desse tinha uma abertura de cerca de dois metros, um rasgo de mais ou menos uns dois metros vazando gás ali e não tinha sido notado. Aquilo assustou. U procurei o gerente da plataforma, conversei com ele, que ninguém tinha observado aquilo, que não "tava" sendo monitorado, liguei pro (PROTER?)... Resultado: ao invés de eu desembarcar depois de 14 dias fiquei 21 dias lá, que no final das contas, teve que parar a produção e cortar aquele gasoduto. Fazer uma (reterminação dele?), tirou mais ou menos uns dois ou três quilômetros de linha, foi um trabalho “brab”o. É isso, a coisa é essa.
P/1 – Laai, qual foi o maior desafio que você enfrentou nesses anos todos de Petrobrás?
R – Você diz desafio como? É de executar o serviço ou...
P/1 – Desafio pra você, em termos profissionais, qual foi o maior desafio? Pode ser em relação ao serviço.
R – Pra mim foi essa área de DMA. Que eu "tava" passando por uma crise também, eu reconheço isso.
P/1 – Perdão, DMA é...?
R – Desmobilização, Mobilização e Ancoragem.
P/1 – Ah sim.
R – Porque aquele serviço, olha, eu confesso, não é pra qualquer um não. São poucos os que vão e ficam. Porque mesmo você tendo uma dupla, você trabalha 24 horas. Você não consegue dormir, preocupado com o está acontecendo. Quantas vezes eu dormi sentado, segurando o “walkie talkie”, escutando a conversa, embora o que o outro colega estivesse vendo o que "tava" sendo feito aqui, escutando a conversa dos outros barcos lançando as outras âncoras em outro lugar. Aquele não é brinquedo não.
P/1 – É a sensação de risco, de perigo que mantinha...?
R – É perigo, porque você às vezes tem que lançar uma âncora numa área muito restrita lá em baixo e lá em baixo, na Bacia de Campos, é como se fosse uma cidade, tem “aqueduto”, gasoduto, linha de telefone, fibra óptica... E se você lançar uma âncora ou tirar uma âncora de maneira errada, às vezes quando você chega aqui em cima ta trazendo junto tudo isso. E é no escuro, entendeu? Imagina você ter que lançar uma âncora no espaço igual a essa sala aqui onde envolta ta passando tubulação de tantas polegadas pra lá de óleo, tubulação de água pra cá, entendeu? Aí você tem que arrumar um jeito de puxar essa âncora lá de cima, vir arrastando ela e ela entrar no solo e ficar naquele ponto. É um trabalho muito técnico e muito desafiador, muito mesmo. E deixar a plataforma na posição, você tem que deixar ela num ponto de maneira que quando as colunas de perfuração venham ao fundo ela encontre o poço lá em baixo. Então não adianta você chegar lá e a plataforma tá aqui o poço tá aqui, tem que tá mais ou menos alinhado. Então puxa dali, solta de lá, até concluir esse trabalho é tensão direto. É preocupação direto.. Eu considero essa parte uma das partes mais técnicas e mais melindrosas dentro dessa área, pra continuar produzindo. Porque, imagina você, na hora que for tirar uma âncora pra lançar em outro lugar, na hora que chegar lá em cima tá junto uma tubulação, presa na âncora. Pára tudo tem que colocar a tubulação de volta, tirou a âncora, tudo bem, mas agora bota a tubulação de volta lá... Afeta a produção de várias áreas que são interligadas. Uma plataforma, às vezes, ela não recebe só óleo de um lugar, ela além de receber, ela transfere pra outro, passa lá por baixo, por tudo. É um emaranhado... É igual quando solta pipa, fica aquela linha embaraçada lá em baixo. É isso. Então esse foi o momento mais desafiador pra mim.
P/1 – Foi a sua vontade vir trabalhar em terra? Era algo que você desejava?
R – Olha só, na verdade – foi engraçado isso – Na verdade, num primeiro momento eu queria deixar a Petrobrás. A Petrobrás não foi culpada disso. Quando eu saí do escritório eu lembro que Brandão, na época, falou comigo: “Olha lá, você quer ir pra lá eu libero você e tudo, você vai passar pro quadro de marítimo e uma vez como marítimo dificilmente você voltará pro quadro da Petrobrás mesmo”. E dito e feito, ele acertou na mosca. A pesar de eu ter trabalhado aqui com várias pessoas que alcançaram vários altos cargos aqui dentro da empresa, por exemplo, o Landim foi um que eu reconheço que ele tentou de várias maneiras me reclassificar e não conseguiu. (Formigli?) também foi outro, comigo hoje é diretor-executivo do campo do Pré-sal, né? E ele não conseguiu, reconheço. E eu sei que vou aposentar como marítimo, embora esteja trabalhando em desvio de função. Mas eu não me arrependo não, não me arrependo. Porque, de um lado o nosso meio tem essa vantagem: os companheiros de trabalho reconhecem que você é capaz de fazer aquilo – “Ele é mestre de cabotagem, ele tá gerenciando contrato, ele sabe trabalhar com isso, sabe trabalhar...” Entendeu? Existe muito esse remanejamento. A pessoa chega aqui pra trabalhar como técnico de inspeção e daqui a pouco tá fiscalizando mergulho, fazendo projetos de outras coisas, entendeu? E essa mão de obra é aproveitada, valorizam a gente. É aquela história de desafio: quanto maior, melhor porque teu cérebro funciona mais, você se dedica mais no trabalho pra resolver, não vê o tempo passar, não tem uma rotina, mesmo no contrato não tem uma rotina, tem sempre um desafio, mesmo na burocracia tem um desafio que você tem que criar alguma coisa, tem que descobrir um jeito de fazer, porque precisa ser feito – tipos de contrato como essas imposições do decreto lei que tem aí a respeito de contratação dentro da Petrobrás e tem necessidade de trabalho, então agora eu tô fazendo parte dessa equipe e tá bom, não tá ruim não.
P/1 – Você falou em mestre de cabotagem. Você pode explicar o que isso significa?
R – O mestre de cabotagem, a bordo, na navegação marítima – porque tem navegação fluvial também – ele tem uma carta cedida pela Marinha, essa carta de mestre de cabotagem, que é um diploma, um licenciamento pra ele comandar uma embarcação de até seis mil toneladas. Mas nas outras áreas, ao invés de comandar as embarcações, ele é encarregado da segurança nas plataformas, da (salvatagem?), da conservação das baleeiras, da sinalização, e vai por aí afora. Na navegação ele auxilia, com os pilotos, marcando, traçando rumo e trabalhando nessa área e é o contramestre do navio, que é a conservação do navio e os balanços e controle de material de trabalho que os mestres tem, como a tinta que se usa, material pra trabalhar, os cabos, as costuras, a conservação dos guinchos, a amarração. O mestre de cabotagem, já vai além do mestre, porque além dele trabalhar auxiliando na navegação, ele também cuida do equipamento de (salvatagem?) em si, como eu te falei, cuida dos extintores de incêndio, mantêm as baleeiras prontas pra serem arriadas, o código internacional de sinas, e várias legislações internacionais que no navio, quando estiver atracado, tem que ser cumpridas, embandeiramento e por aí afora. Essa área toda aí de navegação.
P/1 – Qual fase da produção da Bacia de Campos você acha que foi mais marcante?
R – A fase de produção... Eu te disse, quando eu cheguei aqui era um “mamão com açúcar” quando eu tinha que tocar navios só uma vez por semana, no máximo a cada quinze dias tinha que tocar um navio lá na monobóia (SBM1?) lá em Albacora Leste, por exemplo. Aí tinha duas monobóias, o navio "tava" atracado em uma, chegava com outro, atracava, fazia os testes, desviava a produção, não tem vazamento, libera o outro navio, ele vai embora e daqui a quinze dias, vinte, voltava um outro. Esse era um momento, você tá habituado. Aí daqui a pouco começa: “Poxa, eu tenho que descobrir um navio daqui a quatro dias”, essas plataformas todas tinham o telefone da minha casa, tinha o meu telefone lá. Era gerente da plataforma querendo navio, porque deu um problema não sei aonde e não podia para a produção e não dava pra desviar e eu tinha que arrumar navio dali pra cá... Ou seja, foi justamente esse momento quando chegou no Campo de Marlim, principalmente na P-33, se não me falha a memória, 32 ou 33, P-20. Começou a aumentar a produção ali, foi uma coisa de doido. Tinha momentos em que, a gente pra trocar um navio lá, no (“manifold” de Marlin?), tinha que ter mergulhador saturado, botar um mergulhador a quase 200 metros de profundidade pra fechar a válvula lá em baixo pra poder trocar o navio e transferir a produção de um pro outro e, às vezes, o barco tinha prioridade quando pedia isso. E, às vezes, o que acontecia: em paralelo à essas atividades que aconteciam dentro da própria Bacia de Campos em termos de operação, e não parada de produção, tinha que fazer esses tipos de manobra, também tinha a cobrança da produção nacional ali no (EDISE?), que era a necessidade de liberar aquele óleo que já tinha estocado. Muitas vezes o navio não tinha carregado na sua totalidade. Tipo, eu “botava" um navio de 150 mil toneladas e só tinha 70 mil a bordo. Faltava quase 50%, mas precisava daquele óleo pra refinar. Pra não parar uma refinaria, aí tinha que trocar o navio. Então as trocas começaram a suceder muito rapidamente. O capitão de manobra trabalha, ainda hoje, 14 dias, mas é direto. Hoje ele já vem com o navio de lá de São Sebastião, ou do Rio de Janeiro, aonde o navio estiver ele já vem direto pra manobrar com ele, depois sair com ele de volta e depois é que vai descansar. Esse momento é que foi muito marcante também.
P/1 – Você sabe me dizer qual foi o ano disso? A partir de que ano, na verdade.
R – Sei sim, foi 1998, 97/98. Tenho certeza. Foi isso.
P/1 – Tem algum dia Laai, ou alguma circunstância, algum momento que tenha te marcado e que seja um dia, uma circunstância que você lembre até hoje?
R – Eu lembro de muitas! Ih... Se eu for falar eu devo ter uma meia dúzia.
P/1 – Alguma que você possa contar.
R – Olha só, eu posso contar, eu não vou entrar em detalhes, mas eu posso contar. Na navegação, no transporte, eu tive a infelicidade de ter dois incêndios a bordo. Um foi na Argentina, na cidade de La Plata. Tinha acabado de atracar o navio e, simplesmente, pegou fogo na praça de máquinas, em pleno inverno. Ainda bem que a gente “tava” atracando o navio. Participei disso. Tem registrado, talvez não exista mais (ELOGI?), essas coisas, de você ter que acionar o sistema de CO2 e conseguir tirar todo mundo de bordo e ficar só aquele grupo, que tem que trabalhar com isso. E eu fiz parte disso, foi nesse mesmo navio. E nessa época tinha até familiares a bordo, crianças e tudo, me lembro disso. Peguei um outro incêndio a bordo, também, na cidade de Delaware, próximo a Nova Iorque. Esse foi pior porque foi onze horas da noite, em pleno inverno Americano. Tinha familiar a bordo, a maioria tinha saído pra fazer compras, só "tava" o pessoal do serviço e pegou fogo na praça de máquina de novo. Aciona o CO2 no escuro, o navio todo às escuras. Também passei por isso. No México, na cidade de Vera Cruz, não era não, foi na cidade de Tampico. Eu estava de serviço, tinha acabado de amarrar o navio, tinha feito as conexões dos (mangotes?) de carga e de repente uma (chata?) desceu o rio, que a refinaria fica na entrada do rio e uma (chata?) descumpriu a legislação de navegação, ela desceu com 32 nós de velocidade e aquilo veio e o deslocamento do líquido, da água, foi muito grande. Mesmo o navio amarrado ele saiu rebentando todos os cabos que "tavam” amarrados nele, inclusive o (mangote?) que já "tava" conectado. Aí o navio foi parar lá no meio do rio só preso por um dos cabos de amarração, que foi o (lançante de popa?) que eu fiquei segurando com ele no guincho. O resto dos cabos todos arrebentaram, os (mangotes?) que já "tavam” conectados rebentaram igual uma sanfona, foram esticando, esticando e rebentaram, foi acionado o sistema de espuma pra não causar uma explosão e nós ficamos ilhados depois. Passei por isso. Aqui na Bacia de Campos eu lembro uma vez também que a gente "tava" trabalhando no serviço de terminal e aconteceu e dar um vento muito forte e rebentou tudo que foi os cabos de navios que "tavam” amarrados nas monobóias. Foi um corre-corre danado de navio saindo, largando tudo, fechando produção, e a gente aqui saindo de madrugada, fomos convocados, e pra achar material sobressalente pra recolocar tudo em ordem de novo. Passei por isso aqui. Teve problema da P 40, teve problema da P 36, também participei, nos reunimos aqui em terra pra tentar achar uma solução, fomos pra fora com um rebocador e acompanhamos aquilo lá. Aquilo marcou muito. Faz parte do negócio, né?
P/1 – Laai, alguma história que tenha marcado positivamente? Claro que dessas também, com certeza, ficam coisas positivas...
R – Tem esse lado, né? Por necessidade de trabalho você passa por essa situação, mas, pelo menos no meu caso, tem um lado muito maior, que compensa tudo isso – fico até emocionado. Por exemplo, é você às vezes passar na ponte Rio–Niterói. (Quantas vezes eu vi, eu participei da amarração daquilo ali?). Você imagina ________ transformar em época de _______ 60 metros de largura, (pra gente chama boca?), 320 metros de comprimento. Atracar um navio desse na monobóia, amarrar aquilo ali, receber a produção, desamarrar ______________ com uma P 40. Lançar umas âncoras, ver a parada _______ produzindo, dá uma satisfação muito grande. O desafio que você conseguiu, pelo menos participou daquilo. Outro lado no meu caso, como eu disse, eu naveguei muito, eu conheci muitos países, o trabalho me favoreceu isso, eu conheci muitas refinarias. Eu tive a oportunidade, (mesmo de fora eu aproveitei?), Deus me deu essa graça. Eu ___________, vi o maior diamante do mundo, eu “tive” na França, em Paris, “tive” no “Louvre”, fui na Torre Eiffel. É ___________. Tem mais é que me sentir feliz demais, _______________________. Meu orgulho não é expresso, ele é velado, porque eu gostaria muito que um filho meu viesse a trabalhar nessa empresa, mas não é da natureza deles. Mas eu tenho sobrinho que já passaram e vai continuar aí. Meu irmão trabalha na empresa.
P/1 – Foi por influência sua?
R – Ele veio depois de mim. As filhas dele, uma delas passou no concurso. Eu, particularmente – não sei se a maioria dos meus colegas tem esse sentimento – mas seria bom se a gente mantivesse esse padrão. É uma empresa brasileira, ela é líder, ela é detentora dessa tecnologia no mundo inteiro, a gente tem que ter orgulho disso. A gente sabe que brasileiro é artista nisso, ele com um pedaço de linha e consegue fazer coisas que os outros não conseguem, surpreende. Essa capacidade de querer fazer e faz. Surpreende mesmo. Graças a Deus eu participei disso. A minha vida social, como falei no início, é aqui. Eu tenho medo de aposentar por isso. Eu tenho medo, eu vivo sozinho, atualmente eu vivo sozinho. Pode ser até que eu mude de idéia, mas não sei não, eu realmente não sei.
P/1 – Sendo assim e pra concluir, o que achou de participar desse projeto que tem essa intenção de deixar essa memória, que é uma memória tão forte, de uma vivência tão intensa junto à Petrobrás?
R – Olha só, quando eu vim aqui em cima, a menina ____________, convidou e tal, “Olha, eu vou lá, de repente eles querem algumas fotos”, pesei isso. Eu vim aqui pra falar isso, eu tenho um acervo de fotos – tá com meu filho, mas ele vai me entregar – mostrando como eu vesti tanta roupa especial pra poder fazer vistoria num tanque que tinha acabado de descarregar fenol, por exemplo, vestia igual um astronauta. Tem várias fotos de operação, de lugares que eu fui. Então eu pensei “De repente eles querem fazer um acervo, é isso, eu vou, de alguma forma, entrar em contato com o meu filho, ver se ele me empresta essas fotos...”. Mas não, vocês vieram, me fizeram essa entrevista e tô eu falando aqui. Foi bom, não foi ruim não. Foi bom.
P/1 – Vai ver, por meio das suas memórias você consegue ainda trazer muito mais gente do que você pensa para a Petrobrás.
R – A coisa passa como um filme. Você vê, começamos a falar e eu lembrei: 2 de novembro de 1979, quando eu ingressei na Petrobrás. Eu fui buscar isso lá trás, vim devagarinho, devagarinho. Foi como um filme, foi passando, muito bom, foi passando e eu fui reconhecendo as pessoas, lembrando de cada um... É interessante. Muita gente já aposentou, muita gente já morreu, muita gente tá chegando. Se a gente puder passar isso e passar essa adrenalina que existe pra quem tiver chegando, a Petrobrás não vai morrer nunca. Espero que não. Ela muda de nome, muda de atividade, mas vai ser a mesma coisa pra nós, se Deus quiser.
P/1 – Ok. Obrigada Laai.
R – Por nada. Desculpa aí que eu não tenho jeito pra artista não.
P/1 – Não, foi bom, foi ótimo.
FINAL DA ENTREVISTA
Palavras marcadas em ordem de aparição no texto
(SeCoF Cont?) (FLANAP?) (CEMP?) (Lanquerc?) (estar terminando em brasas?) (KING KITINA?) (epox?) (fernol, estileno, benzeno, cronitrila?) (paraxilene?) (salvatarde?) (FRONAP?) (Elias?) (DIAPCETINA ATINAV?) (FPSOs?) (FSOs?) (Horta Barbosa?) (formiga?) (Betiba?) (“garoupinho”?) (Marlin?) (bis pelo PLAIN?) (Charrel?) (SMS?) (diretriz 7?) (quaquauqa?) (homenucina?) (classe?) (SPOs?) (SPFOs?) (SPFOs?) (SPOs?) (cisternas?) (SPFOs?) (SPOs?) (pessões?) (nem levou mais ou menos?) (PROTER?) (Landi?) (Formigli?) (PERSAL?) (salvatagem?) (SBM1?) (Albacora Leste?) (Campo de Marlin?) (“manifold” de Marlin?) (EDISE?) (ELOGI?) (mangotes?) (chata?) (chata?) (mangote?) (lançante de popa?) (mangotes?) (Quantas vezes eu vi, eu participei da amarração daquilo ali?) (pra gente chama boca?) (mesmo de fora eu aproveitei?)
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