José Antônio Pizardo nasceu na região da Cachoeira, localizada em Córrego Rico, em um sítio, de frente à Fazenda Alpes. Inicialmente nos conta sua relação com a festa de São João, realizada anualmente em Córrego Rico, distrito de Jaboticabal (SP) e com a fogueira de São João, que já atravessou 17 vezes. Nasceu em 02/01/1959, sendo descendente de italianos, por parte de pai e de espanhóis, por parte da mãe. Seu pai, tios e sete irmãos (são em cinco homens e três mulheres) também nasceram na Cachoeira. Seu pai era lavrador, igual ao avô. Frequentou a escola perto da Cachoeira, mas mudou-se em 1973 para a cidade. Seu pai trabalhou de pedreiro e vários outros serviços, mas tornou-se charreteiro por muitos anos, falecendo aos 67 anos e sua mãe, com 80 anos. Sua mãe nasceu em 19/10/1922 e seu pai 01/01/1923. Morou em casa de chão de terra e conta que sua mãe jogava cinzas no chão para não levantar poeira e a casa era cercada por coqueiros e jabuticabeiras. Tinha vários tios vizinhos que também moravam na Cachoeira, plantando de forma manual, arroz, milho e feijão e criando porcos e galinhas, distribuindo os alimentos entre eles. Já morando na cidade, com 16 anos começou a trabalhar como pintor de casa por dois anos e a partir de 17/03/1980, como caminhoneiro para a Cerâmica Stéfani, de Jaboticabal, ficando na empresa por 27 anos. Trabalhou uns 5 anos de ajudante e depois como caminhoneiro, conhecendo todas as capitais brasileiras, com exceção de Macapá e Boa Vista. Casado há 35 anos com Quenia Mara Pizardo e teve uma filha, chamada Mariele, que nasceu em 09/09/1986 e um menino, nascido em 16/08/1989. Está casado desde 08/03/1987. Avô da Luiza de 7 meses e do Davi, de 5 anos. Pizardo infartou em 05/07/2012, mesma época em que sua esposa fez tratamento contra um câncer nos seios. Em relação à Festa de São João, teve um compadre de fogueira apenas uma vez e passou outras 16 vezes sozinho. Explica que tem que limpar bem o...
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José Antônio Pizardo nasceu na região da Cachoeira, localizada em Córrego Rico, em um sítio, de frente à Fazenda Alpes. Inicialmente nos conta sua relação com a festa de São João, realizada anualmente em Córrego Rico, distrito de Jaboticabal (SP) e com a fogueira de São João, que já atravessou 17 vezes. Nasceu em 02/01/1959, sendo descendente de italianos, por parte de pai e de espanhóis, por parte da mãe. Seu pai, tios e sete irmãos (são em cinco homens e três mulheres) também nasceram na Cachoeira. Seu pai era lavrador, igual ao avô. Frequentou a escola perto da Cachoeira, mas mudou-se em 1973 para a cidade. Seu pai trabalhou de pedreiro e vários outros serviços, mas tornou-se charreteiro por muitos anos, falecendo aos 67 anos e sua mãe, com 80 anos. Sua mãe nasceu em 19/10/1922 e seu pai 01/01/1923. Morou em casa de chão de terra e conta que sua mãe jogava cinzas no chão para não levantar poeira e a casa era cercada por coqueiros e jabuticabeiras. Tinha vários tios vizinhos que também moravam na Cachoeira, plantando de forma manual, arroz, milho e feijão e criando porcos e galinhas, distribuindo os alimentos entre eles. Já morando na cidade, com 16 anos começou a trabalhar como pintor de casa por dois anos e a partir de 17/03/1980, como caminhoneiro para a Cerâmica Stéfani, de Jaboticabal, ficando na empresa por 27 anos. Trabalhou uns 5 anos de ajudante e depois como caminhoneiro, conhecendo todas as capitais brasileiras, com exceção de Macapá e Boa Vista. Casado há 35 anos com Quenia Mara Pizardo e teve uma filha, chamada Mariele, que nasceu em 09/09/1986 e um menino, nascido em 16/08/1989. Está casado desde 08/03/1987. Avô da Luiza de 7 meses e do Davi, de 5 anos. Pizardo infartou em 05/07/2012, mesma época em que sua esposa fez tratamento contra um câncer nos seios. Em relação à Festa de São João, teve um compadre de fogueira apenas uma vez e passou outras 16 vezes sozinho. Explica que tem que limpar bem o pé antes da travessia e nunca pisar próximo ao fim da fogueira, aonde as brasas estão quase acabando para não causar queimaduras graves. Passou a frequentar a missa da Festa de São João, depois que começou a construir a fogueira, a partir dos anos 2000, porque antes apenas chegava por volta da meia noite apenas para fazer a travessia. A fogueira demora 30 minutos para ficar pronta e se for feita com madeiras grossas deve começar a queimar às 18:00 se estiver ventando e para madeiras finas, pode começar mais tarde. Segundo Pizardo, sem coragem a pessoa não atravessa o braseiro da fogueira e sempre temos que começar a travessia com o pé direito. Já chegaram a passar mais de 30 pessoas numa mesma noite e há 10 anos a quantidade vem diminuindo. Antes havia apenas a Capela de São João e depois que veio a de Santos Reis e eles conseguiam assar até 100 frangos em dois fornos e hoje chega a 500, 600 frangos assados. Segundo Pizardo, qualquer pessoa faz a travessia da fogueira e não é necessário ter fé para cruzá-la, sendo mais uma questão de técnica. Disse que há muitas décadas a Festa e a fogueira acontecem e em 2020, foi o primeiro ano que não ocorreu por causa da pandemia.
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