P – Para começar eu gostaria que você me falasse o seu nome completo, local e data de nascimento. R - O nome completo é José Alberto de Oliveira. Nasci no dia 04 de junho de 69, em Arapiraca, Alagoas. P – Gostaria que você falasse quando você entrou no Aché e qual é o seu cargo. R - Eu entrei felizmente no Aché, a partir do dia 04 do 01 de 91. O cargo é propagandista. P – E em qual região você atua? R - Arapiraca. Área de Alagoas, o sertão de Alagoas. E também já atuei no interior de Pernambuco. P – Está certo. E você gostaria de deixar registrado um caso de trabalho, né? R - É. Algumas curiosidades. Algumas que eu me lembro. Um deles que eu achei bastante interessante aconteceu em Coruripe, Alagoas, que é no litoral sul. Tem um médico que eu visito até hoje, doutor Ben Hur Fonseca. Esse médico gosta muito de amostra, né? Como quase todo médico do interior, é uma característica. São chegados a amostras. Realmente, eles solicitam um pouco. E as minhas amostras, devido a transportadora ter uma certa demora na entrega, não chegou no tempo que eu teria que viajar na semana. E viajei, mas pensei: “Tenho que fazer alguma coisa para fazer um pouco o diferencial.” Aí, passei em um supermercado e comprei uma caixa de bombons para levar para dar para um ou outro. A uma médica, principalmente. Um quebra-gelo. Uma delicadeza, pelo menos uma gentileza. Aí chegamos lá em Coruripe, eu fui visitar o doutor Ben Hur no consultório. E fazendo o trabalho promocional, no final eu agradeci, depois de ter o trabalho concluído. E coloquei para ele, né, que na próxima vista alguma solicitação eu atenderia. Ele perguntou: “E as amostras grátis?” Eu disse: “Olha, doutor, infelizmente não recebi o plano promocional. Estou desprovido de amostras.” Ele disse: “Ah, Alberto, eu já sei que você está sem prestígio no Aché.” Aí, eu olhei para a bolsa, para o...
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P – Para começar eu gostaria que você me falasse o seu nome completo, local e data de nascimento. R - O nome completo é José Alberto de Oliveira. Nasci no dia 04 de junho de 69, em Arapiraca, Alagoas. P – Gostaria que você falasse quando você entrou no Aché e qual é o seu cargo. R - Eu entrei felizmente no Aché, a partir do dia 04 do 01 de 91. O cargo é propagandista. P – E em qual região você atua? R - Arapiraca. Área de Alagoas, o sertão de Alagoas. E também já atuei no interior de Pernambuco. P – Está certo. E você gostaria de deixar registrado um caso de trabalho, né? R - É. Algumas curiosidades. Algumas que eu me lembro. Um deles que eu achei bastante interessante aconteceu em Coruripe, Alagoas, que é no litoral sul. Tem um médico que eu visito até hoje, doutor Ben Hur Fonseca. Esse médico gosta muito de amostra, né? Como quase todo médico do interior, é uma característica. São chegados a amostras. Realmente, eles solicitam um pouco. E as minhas amostras, devido a transportadora ter uma certa demora na entrega, não chegou no tempo que eu teria que viajar na semana. E viajei, mas pensei: “Tenho que fazer alguma coisa para fazer um pouco o diferencial.” Aí, passei em um supermercado e comprei uma caixa de bombons para levar para dar para um ou outro. A uma médica, principalmente. Um quebra-gelo. Uma delicadeza, pelo menos uma gentileza. Aí chegamos lá em Coruripe, eu fui visitar o doutor Ben Hur no consultório. E fazendo o trabalho promocional, no final eu agradeci, depois de ter o trabalho concluído. E coloquei para ele, né, que na próxima vista alguma solicitação eu atenderia. Ele perguntou: “E as amostras grátis?” Eu disse: “Olha, doutor, infelizmente não recebi o plano promocional. Estou desprovido de amostras.” Ele disse: “Ah, Alberto, eu já sei que você está sem prestígio no Aché.” Aí, eu olhei para a bolsa, para o chocolate que tinha dentro, os bombons. Justamente aquele chocolate Prestígio. Era da Garoto ou da Nestlé, não me lembro muito bem. Aí, eu: “Não, doutor. Amostra eu não tenho, não. Mas Prestígio, eu tenho até demais. Quantos o senhor quer?”(risos) Peguei no presente momento um chocolate Prestígio e coloquei para ele. Pronto, daí até então, toda vez que nós nos encontramos, ele diz: “Hoje a visita é sem Prestígio. Eu quero com amostra.” (risos) Devido a ser o chocolate Prestígio. P – Mas você acha que nessa atitude inusitada você acaba conquistando o coração do médico? R - Conquistando. Com certeza. Quando ele me encontra, seja no Shopping Center, eu já encontrei ele várias vezes em Maceió, no Shopping Center, ou até mesmo em restaurantes, ou outros locais fora até do trabalho, ele me cumprimenta: “Oi, Alberto, tudo bem? Como é que vai?” Inclusive, no trabalho, também. Dentro do possível, nós mantemos um contato muito saudável. P – Então, Alberto, só mais uma questão que eu queria te colocar, se você tiver um tempinho ainda, você já rodou bastante? Arapiraca, sertão de Alagoas, Pernambuco, Paulo Afonso, interior de Pernambuco, enfim, todos esses lugares que você falou. Você foi a lugares inacessíveis, que tem que deixar o carro, caminhar a pé? Como é isso? R - Não. Ao ponto de deixar o carro, não. Eu trabalhei em uma época no sertão de Pernambuco. Justamente nós fazíamos uma área um pouco perigosa. Que é justamente aquela área ali de Floresta, Belém de São Francisco e Cabrobó. Que eles chamam até o “polígono da maconha”. Porque dá muito volume de drogas. E o acesso, às vezes, acontece que trafegando por ali, tem uma blitz da polícia. E nós já andávamos logo cedo, mas andávamos com uma certa cautela. Um pouco já ansioso. Até receoso por alguma coisa suspeita na estrada. Uma certa vez eu tive que voltar. Voltei. Eu perdi 30 quilômetros, por causa da Polícia Federal. Um posto da Polícia Federal, porque vi uma certa movimentação na estrada, que não era nada anormal. E sim uma blitz da polícia militar de Pernambuco. Aí, depois, quando eu me certifiquei o que era, foi que eu continuei o trabalho. São esses pequenos contratempos que viajantes, nós que vivemos na estrada, vivenciamos muitas vezes. Nós, às vezes, até moramos no mundo e passeamos em casa. Porque uma média de 3.200, 3.500 quilômetros por ciclo, normalmente nós percorremos durante um ciclo de trabalho e isso é um pouquinho distante. Nós até nos ausentamos um pouco de casa. P – Tem que ficar de olho bem aberto. R - Com certeza. Mas, apesar de ter feito um grande percurso já no Aché, são 11 anos de empresa, graças a Deus. Mas, graças a Deus, até hoje nada me aconteceu assim, que viesse a me desanimar de viajar. Eu gosto. Gosto mesmo do que faço e também de viajar. Por isso até hoje sou o que nós chamávamos de PVV. Propagandista, vendedor e viajante também. Na verdade, hoje somos mais vendedores. PV. Propagandista e viajante também. P – Está jóia. Eu queria me desculpar e pela equipe também, por ter que fazer essa entrevista curtinha contando só o caso, mas com certeza na próxima oportunidade você vai poder participar de maneira mais extensa. R - Com certeza. P – Queria agradecer muitíssimo a entrevista. R - Eu que agradeço, Stella, pela oportunidade e pelo prazer de estar aqui com vocês e contar um pouco da minha história como “acheano”, que muito me orgulho também. P – Está jóia.
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