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Personagem: Lana Efraim
Por: Lana Efraim,

Jardineira por uns dias

Esta história contém:

Jardineira por uns dias

A família do meu pai é de origem judaica, o que sempre foi muito estranho pra mim, pois para aqueles que são judeus que seguem a religião, eu não sou considerada judia, porém para todo o resto, sou. Minha família nunca foi muito de ser devota a religião, apesar de ter sobrevivido à segunda guerra graças a Israel. Depois que minha avó morreu, toda a tradição religiosa da minha família se perdeu.

Passado um ano de sua morte, decidi ir conhecer melhor a terra que salvou minha família; larguei a faculdade pela metade, peguei um avião e fui parar em um kibbutz em Israel, entre as maiores cidades do país: Haifa e Tel Aviv. Meu pai me contava, que quando tinha a minha idade morou neste lugar, um lugar diferente de tudo que eu poderia imaginar, ele me contava que lá não existia dinheiro, todos da comunidade trabalhavam e ganhavam fichas, que poderiam ser trocadas por produtos e me contava ainda, que as necessidades básicas dos membros da comunidade eram sempre atendidas: todos tinham casa, comida, educação e saúde sem precisar se preocupar. Fui pra lá super curiosa e esperançosa, afinal, que bonito poder conhecer outra forma de organização! Quando cheguei, me alojaram em um quarto e me explicaram como funcionariam os próximos seis meses da minha vida: Acordaria pela manhã, trabalharia no jardim de toda a comunidade e pela tarde, aprenderia hebraico. Meu quarto era bem pequeno, viviamos eu e mais duas meninas, uma sul africana e uma espanhola.

O mais curioso, é que elas não conseguiam se comunicar, pois uma falava inglês, e a outra, espanhol, e como eu dormia no meio, ficava de tradutora. Preciso admitir que foi bem complicado, e funcionou por um tempo, até eu começar a aprender hebraico e misturar todos os idiomas e depois disso, a comunicação no quarto ficou complicada! Foi uma experiência muito diferente pra mim, conhecer Israel, a religião, a comunidade e ser jardineira por algum tempo. Claro que as coisas não eram como meu pai...

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