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Personagem: Hilário Labat Uchoa
Por: Museu da Pessoa,

Investigador da memória

Esta história contém:

Vídeo

P1 - Judith Zuquim

P2 - Soraya Moura

R - Hilário Labat Uchôa

P1 – Uchôa, pra gente começar: seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Hilário Labat Uchôa, eu nasci em São Paulo, em 19 de agosto de 58.

P1 – E em que bairro você morava?

R – Eu morava... Nasci e morei, durante muitos anos, na Vila Maria.

P1 – E você lembra da Vila Maria na época da sua infância? Como era?

R – Lembro, como não? Lembro sim.

P1 – E como era?

P1 – Rua de terra, a gente andava descalço, jogava bolinha de gude na rua. Eu também não fui uma pessoa, assim, que brincou muito na rua, não. Mais estudava, né? Os pais não deixavam muito brincar na rua, não.

R – E seus pais faziam o quê?

P1 – Meu pai é marceneiro. Minha mãe, doméstica. A minha mãe é italiana, veio pro Brasil com 4 anos de idade, e sempre foi do lar. Meu pai, ele era marceneiro, mas sempre foi, assim, um homem dos 7 instrumentos, dentro de casa sempre fazia de tudo. E ensinou isso pra nós, os filhos dele. Alguns pegaram, outros não.

P1 – E ele chegou a trabalhar em alguma empresa?

R – Ele trabalhava no antigo DAE, Departamento de Água e Esgoto de São Paulo - hoje Sabesp, né? Ele se aposentou lá, inclusive. Na verdade, ele era mineiro, veio pra São Paulo pra ser jogador do São Paulo, mas aí o meu avô [materno] falou assim que pra casar com a filha dele, não podia ser jogador. Aí ele foi ser motorneiro de bonde, na época. Aí ficou um tempo como motorneiro de bonde, depois surgiu essa vaga – pelo que eu sei, né, também; não sei de todos os detalhes -, aí entrou na Sabesp e foi galgando os postos até chegar como encarregado do setor de carpintaria da Sabesp, do DAE, né? Onde que entravam toras de madeira e do outro lado já saíam os móveis prontos pra atender as necessidades da própria empresa.

P1 – E como é que ele foi pra carreira de jogador de...

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Dados de acervo

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Projeto: Memória Votorantim

Depoimento de Hilário Labat Uchôa

Entrevistado por Judith Zuquim e Soraya Moura

Local: São Paulo - SP

Data: 10 de março de 2005

Realização: Instituto Museu da Pessoa

Código da entrevista: MV_HV039

Transcrito por Ingrid Robyn

Revisado por Grazielle Pellicel

P1 - Judith Zuquim

P2 - Soraya Moura

R - Hilário Labat Uchôa

P1 – Uchôa, pra gente começar: seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Hilário Labat Uchôa, eu nasci em São Paulo, em 19 de agosto de 58.

P1 – E em que bairro você morava?

R – Eu morava... Nasci e morei, durante muitos anos, na Vila Maria.

P1 – E você lembra da Vila Maria na época da sua infância? Como era?

R – Lembro, como não? Lembro sim.

P1 – E como era?

P1 – Rua de terra, a gente andava descalço, jogava bolinha de gude na rua. Eu também não fui uma pessoa, assim, que brincou muito na rua, não. Mais estudava, né? Os pais não deixavam muito brincar na rua, não.

R – E seus pais faziam o quê?

P1 – Meu pai é marceneiro. Minha mãe, doméstica. A minha mãe é italiana, veio pro Brasil com 4 anos de idade, e sempre foi do lar. Meu pai, ele era marceneiro, mas sempre foi, assim, um homem dos 7 instrumentos, dentro de casa sempre fazia de tudo. E ensinou isso pra nós, os filhos dele. Alguns pegaram, outros não.

P1 – E ele chegou a trabalhar em alguma empresa?

R – Ele trabalhava no antigo DAE, Departamento de Água e Esgoto de São Paulo - hoje Sabesp, né? Ele se aposentou lá, inclusive. Na verdade, ele era mineiro, veio pra São Paulo pra ser jogador do São Paulo, mas aí o meu avô [materno] falou assim que pra casar com a filha dele, não podia ser jogador. Aí ele foi ser motorneiro de bonde, na época. Aí ficou um tempo como motorneiro de bonde, depois surgiu essa vaga – pelo que eu sei, né, também; não sei de todos os detalhes -, aí entrou na Sabesp e foi galgando os postos até chegar como encarregado do setor de...

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