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História
Personagem: Júlio Polidoro
Por: Júlio Polidoro, 29 de outubro de 2023

INICIAÇÃO

Esta história contém:

INICIAÇÃO

Meu amigo Moacir... Nascemos no mesmo dia, do mesmo mês, do mesmo ano. Morávamos na mesma rua e nossas casas praticamente ficavam frente a frente.

Bairro Santa Terezinha! E o córrego, já um tanto poluído, dividindo a rua Custódio Tristão. Sobre ele a pinguela, desnivelada desde sempre e da qual caímos eu, meu irmão e o velocípede, numa dessas incursões lúdicas da infância, sem maiores danos, a não ser o susto. Conta minha mãe que me deu diversos banhos, por causa do frio e do mau cheiro com que o córrego nos premiou.

Os anos correram, minha família mudou-se para a rua Mariano Procópio, não longe da Custódio Tristão. O fato é que a amizade com Moacir perdurou, com lapsos longos e curtos de encontros e desencontros.

Já ingressos nos primeiros anos da adolescência eis-nos, Moacir e eu, novamente encontrados. A essa altura eu já morando na avenida Governador Valadares, bairro Manoel Honório. Depois de muita conversa, percebi Moacir cheio de autoridade no quesito \\\"garotas\\\". E arremessou a pergunta, de supetão:

- Você já foi à zona?

Mesmo que eu dissesse sim ele não acreditaria. Tive que bancar o humilde. Foi o bastante para meu amigo trombetear:

- Então vamos neste sábado, com a mesada dos nossos pais. Você já transou?

\\\"Poxa, não precisa humilhar\\\", pensei. Mas minha cara já foi uma resposta. Só fui capaz de falar que me virava sozinho, que tinha umas revistinhas...

- Ah tá, tá bom - ele me cortou sem qualquer cerimônia -, mas mulher ao vivo é bem melhor...

Que fazer? Ele agora era o cara. E eu, mero aprendiz!

Sábado chegou. Encontrei Moacir num desses barzinhos tipo birosca mesmo. Bebi refrigerante doido pra ficar embriagado! Moacir me dando aula: chega assim, fala assim, faz assado... E dois pirralhos vestidos de adultos a caminho da zona!

Rua Henrique Vaz, praticamente às margens do Paraibuna: casas mal iluminadas, corredores estreitos, falta de calçamento, tipos estranhos. Em meu...

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Palavras-chave: memória, prosa, crônica

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