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Esta é uma breve história de um personagem que povoa minha vida e dos meus irmãos e irmãs. É a história de meu pai. Sua vida daria para escrever um livro, tamanha é a quantidade de aventuras vividas por ele. Ele foi um lavrador do interior do Rio Grande do Norte. Seus pais eram protestantes radicais que obrigavam seus filhos à prática religiosa. Ele teve vários irmãos e irmãs, todos com nomes comuns, do tipo: Maria, João, Manoel, Marinete, Antonio, Gideão, etc. Meu pai não gostava de seu nome, José. Ele também não gostava da prática religiosa, chegando ao ponto de, até hoje, ser um ateu convicto. Seu "problema" com Deus começou quando era obrigado a plantar numa terra seca que só saía poeira. Ele colocava as sementes sabendo que nada sairia dali, mas meu avô sempre dizia: "Meus filhos, Deus proverá". Meu pai não teve paciência, pois faltava de tudo naquela região. Quando ele tinha 16 anos, fugiu com seu irmão mais novo. Vieram parar no Sul de Minas, vendidos como escravos. Conseguiram fugir da fazenda uns meses depois, em dias diferentes. Eles dois só vieram se encontrar novamente 30 anos depois. Meu tio desapareceu todos esses anos. Meu pai voltou para o Rio Grande do Norte e conheceu a minha mãe. Minha mãe era uma menina linda de 14 anos, quando eles se casaram. Ela ficou 6 anos sem ter filhos. Queria muito ter um. Por ser muito religiosa, ela pediu um para Deus. Fez uma promessa que se Deus desse um filho para ela, ela colocaria um nome bíblico. Pouco tempo depois, ela teve um menino. Meu pai, devido ao seu problema com seu próprio nome, quis registrar meu irmão com o nome de : "Challes DeGaulle". Minha mãe não aceitou de jeito nenhum. Ela queria cumprir sua promessa com Deus. Meu pai então fez um acordo: meu irmão seria chamado de Samuel, escolhido por ela, e, caso ela viesse a ter outros filhos, o direito pela escolha do nome ficaria com meu pai. E aqui começa sua (nossa) história. Depois do meu irmão mais velho,...

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