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História
Por: Museu da Pessoa, 25 de maio de 2007

Homem: bicho danado

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O meu problema é o seguinte: eu não aguento a solidão. Eu sou um cara assim: se não tá dando certo eu perto de você, eu fico longe. Eu não quero nada de ruim pra tu. Eu não fico perto de você, mas não quero nada de ruim, pelo contrário, eu desejo tudo de bom pra você. Tá entendendo? Eu sou assim. Então por isso que eu não sou um cara difícil. Mas a gente é cabeçudo, o homem é cabeçudo, o homem é um bicho ganancioso, bicho cabeçudo. A mulher, não. Só o homem que é um bicho danado.

Eu trabalho dentro da maior comunidade carente que tem no Rio de Janeiro, que tem 460 mil famílias. Chama-se a Favela da Maré. Eu trabalho lá dentro, sou professor já há dez anos. Eu vim nato do esporte, porque o que acontece: muito dos professores que já trabalhavam não tinha didática do esporte pra trabalhar com os garotos. Porque quando se trabalha social é diferente de quando se trabalha para o profissional. Porque o social é social e o profissional é profissional. E eu estou com ele até hoje, com ele que eu cheguei a honrar a minha família.

Quando eu pedi para entrar no projeto, a Meire me pediu pra fazer uma palestra. Ela me perguntou se eu sabia alguma coisa sobre os africanos. Eu falei pra ela: “Meire, eu tenho uma interpretação africana que eu posso te contar”. Aí ela: “Então vamos sentar num canto, aí e você conta pra mim o que você sabe sobre os negros, os africanos, até mais ou menos onde vai o seu conhecimento”. Aí eu expliquei pra ela que, principalmente na minha época, nós fomos muito enganado com nossa cultura, com a educação de que o Brasil foi descoberto por quem? As professoras diziam pra gente: “Ah, foi Pedro Álvares Cabral que descobriu. Viajaram de Portugal com as caravelas, chegaram em Porto Seguro e descobriram o Brasil.” Comecei com a Meire conversando com ela sobre isso. Eu disse: “Meire, eu tive um entendimento que não foi isso. O Brasil não foi descoberto...

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