Morava na vila Corrochel onde só tinha uma rua, mas ela gostava muito de morar, apesar de ser uma casa muito simples. Sua família era muito humilde. Também relatou que na época era comum a troca de alimentos, criação de gado, cultivo de arroz e trigo. Nessa vila, em uma casa amarela, moravam duas irmãs muito ricas, seus tataravós vieram refugiados da Alemanha para o Brasil. Essas irmãs e outra meninas ficaram amigas de Dona Izaura. Suas brincadeiras favoritas eram, na maioria das vezes, de meninos, pois brincavam com os irmãos. Brincavam de bolica e perna de pau. Jogavam peteca, não podiam assistir jogo de futebol porque eram menores de idade. Faziam carrinhos com roda e eixo de madeira, então desciam o morro a “cem por hora”, mas esperavam quando a mãe saía. Todo natal, esperava por ganhar uma boneca. Rezava para o papai Noel, para ganhar o presente, às vezes aparecia pratos de doce que ela sabia ser a própria mãe fazia. Sempre ficava muito agradecida com o que ganhava, pois eram oito irmãos. Lembrou, também, de seu tempo de escola. Sua primeira professora chamava-se Luzia a qual ela amava muito. As aulas aconteciam em um galpão bem simples. Estudou até o segundo ano do primário. Depois era o pai quem ensinava a ela e aos irmãos em casa. Era raro quem estudava até o quinto ano e, quem tinha podia ser professor. Passou a juventude na cidade em que nasceu e foi muito feliz neste lugar, saiu aos 19 anos. Conheceu aquele que seria seu esposo na cidade de Otacílio Costa, em uma carreirada de cavalos. Namoraram por um ano e meio e depois se casaram. Ficou muito nervosa no dia em que foi pedida em casamento. A cerimônia foi muito simples e com poucos convidados. Desta união nasceram quatro filhos: Iomar, Osmair, Sandro e Samaira. Ainda oito netos e cinco bisnetos. Estão todos bem, com saúde e felizes. Moraram no Vila Mariza quando vieram para Lages, depois no Bairro Pisani e por último no Bairro Tributo onde residem até hoje. O que...
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Morava na vila Corrochel onde só tinha uma rua, mas ela gostava muito de morar, apesar de ser uma casa muito simples. Sua família era muito humilde. Também relatou que na época era comum a troca de alimentos, criação de gado, cultivo de arroz e trigo. Nessa vila, em uma casa amarela, moravam duas irmãs muito ricas, seus tataravós vieram refugiados da Alemanha para o Brasil. Essas irmãs e outra meninas ficaram amigas de Dona Izaura. Suas brincadeiras favoritas eram, na maioria das vezes, de meninos, pois brincavam com os irmãos. Brincavam de bolica e perna de pau. Jogavam peteca, não podiam assistir jogo de futebol porque eram menores de idade. Faziam carrinhos com roda e eixo de madeira, então desciam o morro a “cem por hora”, mas esperavam quando a mãe saía. Todo natal, esperava por ganhar uma boneca. Rezava para o papai Noel, para ganhar o presente, às vezes aparecia pratos de doce que ela sabia ser a própria mãe fazia. Sempre ficava muito agradecida com o que ganhava, pois eram oito irmãos. Lembrou, também, de seu tempo de escola. Sua primeira professora chamava-se Luzia a qual ela amava muito. As aulas aconteciam em um galpão bem simples. Estudou até o segundo ano do primário. Depois era o pai quem ensinava a ela e aos irmãos em casa. Era raro quem estudava até o quinto ano e, quem tinha podia ser professor. Passou a juventude na cidade em que nasceu e foi muito feliz neste lugar, saiu aos 19 anos. Conheceu aquele que seria seu esposo na cidade de Otacílio Costa, em uma carreirada de cavalos. Namoraram por um ano e meio e depois se casaram. Ficou muito nervosa no dia em que foi pedida em casamento. A cerimônia foi muito simples e com poucos convidados. Desta união nasceram quatro filhos: Iomar, Osmair, Sandro e Samaira. Ainda oito netos e cinco bisnetos. Estão todos bem, com saúde e felizes. Moraram no Vila Mariza quando vieram para Lages, depois no Bairro Pisani e por último no Bairro Tributo onde residem até hoje. O que mais gosta de fazer é de brincar seus netos, trabalhar com artesanato e participar das atividades do CRAS. Gostou muito de participar da entrevista e poder compartilhar suas memórias com as crianças.
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