Para comaçar, quero dizer que Janjão é um apelido carinhoso dado por minha linda sobrinha e prima.
Sou natural de Barra do Corda, uma cidade de aproximadamente 70 mil habitantes situada no interior do Maranhão.
Minha primeira história começa com uma infância muito bela e diferente Sou filho único, porém criado pelos avós maternos. Lembro-me do carinho recebido pelos 12 "irmãos", filhos dos meus avós, dois seres muito amados por mim. Eu era o Joãozinho, o caçulinha da casa. Ia à escola semi rural, ou seja, um pouco afastada do centro. Às sextas-feiras podíamos tomar banho no rio antes de voltar para a casa. Tenho boas lembraças desse rio. Suas águas cristalinas, seus peixes deliciosos (apesar de não gostar muito), das brincadeiras, das paquera no rio. Era uma maravilha.
Todos na cidade me conheciam o neto do Macedo, que era açougueiro e da Dona Gracy que fazia liguiça de porco como niguem faz. Era também o sacristaõ na Igreja Matriz, que fazia encontros vocacionais com os frades capuchinho e entrou no seminário Diocesano e Grajaú, mas é o mesmo menino que vivia doente e pediu para sair. Daí começou a mudar de menino para o João, o rapaz que queria estudar fora. Depois de muitas travessuras em Terezina (Piauí), Fortaleza (Ceará), Brasília, parei em São Paulo. Hoje sou estudante de Filosofia no Centro Univesitário São Camilo. Morre de vontade de regressar e construir uma boa escola como aquela em que viveu muitos dias felizes.



