HISTÓRIA DE PESCADOR
Era virada de ano, se não me engano de 1995 para 1996, estava de férias junto com meu marido , minha cunhada e o seu namorado. Estávamos em Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, passando uns dias na casa dos primos. O tempo estava chuvoso, mas quente. Numa tarde, depois da chuva de verão, saímos para passear e meu marido, que é bombeiro, agora aposentado, queria pescar, então fomos no canto bravo da Praia Martin de Sá. Lá já estavam vários pescadores. Meu marido preparou a tralha de pesca enquanto nós estamos sentados na areia. Ele arremessou a linha e logo em seguida fisgou. E foi forte pois a varinha até envergou . Os pescadores que estavam perto falaram que naquela hora da tarde era hora de aparecer Arraia, que ela prancha no fundo da água e fica mais difícil de tirar e que tinha que dar linha e puxar, dar linha e puxar e foi isso que meu marido fez. Ficamos empolgados de ver aquela varinha tão envergada, era coisa grande mesmo, até tirei foto. E nisso vai e vem, dá linha e puxa a linha com a carretilha, isso demorou um bocado. Nisso vimos os bombeiros passarem por perto de nós, nos chamou atenção, mas foram embora. Daqui a pouco, numa das puxadas da linha, a onda veio e o que apareceu na linha foi um corpo de pessoa. Ficamos abismados! Como assim, um corpo? Vieram várias pessoas para ajudar a tirar, era um rapaz de uns 18 ou 20 anos. O anzol tinha pego na perna dele e se enrolou, por isso que estava difícil de tirar da água. Fomos correndo atrás dos bombeiros pedir ajuda. Ficamos sabendo que esse rapaz estava com os amigos e foram andar nas pedras que tem no final da praia, depois da chuva e escorregou , bateu a cabeça e afundou no mar. Claro que a pescaria acabou, fomos embora e a polícia e bombeiros cuidaram da situação. Mas pelo menos o corpo foi achado, pois deve ser horrível para a família saber que um ente desapareceu e não ter a certeza se está vivo ou não. Como disse, meu marido...
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Era virada de ano, se não me engano de 1995 para 1996, estava de férias junto com meu marido , minha cunhada e o seu namorado. Estávamos em Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, passando uns dias na casa dos primos. O tempo estava chuvoso, mas quente. Numa tarde, depois da chuva de verão, saímos para passear e meu marido, que é bombeiro, agora aposentado, queria pescar, então fomos no canto bravo da Praia Martin de Sá. Lá já estavam vários pescadores. Meu marido preparou a tralha de pesca enquanto nós estamos sentados na areia. Ele arremessou a linha e logo em seguida fisgou. E foi forte pois a varinha até envergou . Os pescadores que estavam perto falaram que naquela hora da tarde era hora de aparecer Arraia, que ela prancha no fundo da água e fica mais difícil de tirar e que tinha que dar linha e puxar, dar linha e puxar e foi isso que meu marido fez. Ficamos empolgados de ver aquela varinha tão envergada, era coisa grande mesmo, até tirei foto. E nisso vai e vem, dá linha e puxa a linha com a carretilha, isso demorou um bocado. Nisso vimos os bombeiros passarem por perto de nós, nos chamou atenção, mas foram embora. Daqui a pouco, numa das puxadas da linha, a onda veio e o que apareceu na linha foi um corpo de pessoa. Ficamos abismados! Como assim, um corpo? Vieram várias pessoas para ajudar a tirar, era um rapaz de uns 18 ou 20 anos. O anzol tinha pego na perna dele e se enrolou, por isso que estava difícil de tirar da água. Fomos correndo atrás dos bombeiros pedir ajuda. Ficamos sabendo que esse rapaz estava com os amigos e foram andar nas pedras que tem no final da praia, depois da chuva e escorregou , bateu a cabeça e afundou no mar. Claro que a pescaria acabou, fomos embora e a polícia e bombeiros cuidaram da situação. Mas pelo menos o corpo foi achado, pois deve ser horrível para a família saber que um ente desapareceu e não ter a certeza se está vivo ou não. Como disse, meu marido é bombeiro, mas estava de férias, não estava preparado para esta ocorrência. Quando ele voltou para o serviço, em São Paulo, os colegas de trabalho estavam comentando do caso, pois tinha sido registrado no livro de ocorrências e lá era a central das informações. Falaram que um homem tinha pescado um rapaz na praia e nisso meu marido falou que tinha sido ele , não acreditaram , mas era verdade , não foi conversa de pescador. Muitos anos depois, minha cunhada foi num centro espirita e quando foi embora, uma pessoa que ela nunca tinha visto na vida, falou : o afogado agradece. É de arrepiar só de ouvir isso. E assim foi mais uma história de pescador, mas desta vez verídica.
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