INTRODUÇÃO
Neste ano de 2012, nós alunas e alunos do 4º ano A da EMEB Dom Ildefonso Stehle, nos empenhamos muito para trabalhar no projeto Memória Local na Escola.
Apresentaremos aqui histórias de vida de Eliana de Cássia da Silva.
CAPÍTULO 1- O NASCIMENTO
Eliana de Cássia nasceu em 17 de junho de 1970, se vocês acham que é uma data qualquer esqueçam, porque não é. Eliana nasceu em ano de Copa do Mundo.
No dia de seu nascimento, o Brasil jogou contra o Uruguai na semi final e nem precisamos nos aprofundar muito, pois todos vocês sabem que o povo brasileiro é apaixonado por futebol, chegando a ser fanático.
Bom, onde estávamos mesmo? Ah sim, o nascimento de Eliana. Vamos a ele.
Os pais de Eliana dona Edileuza e seu Antônio moravam em Campinas. Ela estava grávida de sua primeira filha.
No dia 17/06/1970 dona Edileuza começa a sentir dores e tem que ir ao hospital, então ela liga na empresa Clark, onde seu Antônio trabalhava e o avisa que quando saísse do trabalho era pra ir direto ao hospital, pois sua filha estava prestes a nascer.
Gente adivinhem pra onde ele foi depois do trabalho?
Seu Antônio que não queria perder de jeito nenhum o jogo foi direto a um bar para assistir, enquanto que dona Edileuza teve que esperar sofrendo muito com as dores do parto, isso porque o médico só foi atendê-la depois do jogo.
Infelizmente havia passado da hora da bebê nascer e então ela foi tirada de dentro da mãe por forceps. Também depois do jogo, seu Antonio resolveu aparecer no hospital para conhecer sua filha.
Ufa! Que história emocionante! Ainda bem que Brasil nesse jogo ganhou do Uruguai de 3 a 1, aliás o Brasil foi tricampeão vencendo no dia 21 de junho o jogo Brasil e Itália por 4 a 1.
CAPÍTULO 2 – A INFÂNCIA
Eliana foi uma criança meio sapeca, mas não era de brincar na rua porque seus pais não deixavam. Das coisas que lembra que aprontava era beliscar, morder, chutava a canela de quem a irritava e quando...
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INTRODUÇÃO
Neste ano de 2012, nós alunas e alunos do 4º ano A da EMEB Dom Ildefonso Stehle, nos empenhamos muito para trabalhar no projeto Memória Local na Escola.
Apresentaremos aqui histórias de vida de Eliana de Cássia da Silva.
CAPÍTULO 1- O NASCIMENTO
Eliana de Cássia nasceu em 17 de junho de 1970, se vocês acham que é uma data qualquer esqueçam, porque não é. Eliana nasceu em ano de Copa do Mundo.
No dia de seu nascimento, o Brasil jogou contra o Uruguai na semi final e nem precisamos nos aprofundar muito, pois todos vocês sabem que o povo brasileiro é apaixonado por futebol, chegando a ser fanático.
Bom, onde estávamos mesmo? Ah sim, o nascimento de Eliana. Vamos a ele.
Os pais de Eliana dona Edileuza e seu Antônio moravam em Campinas. Ela estava grávida de sua primeira filha.
No dia 17/06/1970 dona Edileuza começa a sentir dores e tem que ir ao hospital, então ela liga na empresa Clark, onde seu Antônio trabalhava e o avisa que quando saísse do trabalho era pra ir direto ao hospital, pois sua filha estava prestes a nascer.
Gente adivinhem pra onde ele foi depois do trabalho?
Seu Antônio que não queria perder de jeito nenhum o jogo foi direto a um bar para assistir, enquanto que dona Edileuza teve que esperar sofrendo muito com as dores do parto, isso porque o médico só foi atendê-la depois do jogo.
Infelizmente havia passado da hora da bebê nascer e então ela foi tirada de dentro da mãe por forceps. Também depois do jogo, seu Antonio resolveu aparecer no hospital para conhecer sua filha.
Ufa! Que história emocionante! Ainda bem que Brasil nesse jogo ganhou do Uruguai de 3 a 1, aliás o Brasil foi tricampeão vencendo no dia 21 de junho o jogo Brasil e Itália por 4 a 1.
CAPÍTULO 2 – A INFÂNCIA
Eliana foi uma criança meio sapeca, mas não era de brincar na rua porque seus pais não deixavam. Das coisas que lembra que aprontava era beliscar, morder, chutava a canela de quem a irritava e quando as pessoas revidavam ela decidia parar para não se dar mal.
Era uma criança muita tímida, que adorava a escola, pois era um dos lugares onde ia com muito prazer, umas das chantagens do pai dela era ameaçá-la de tirá-la da escola caso reprovasse. Então era uma ótima aluna pois tinha medo de tirar notas baixas e o pai cumprir o que dizia. Era na escola que tinha contato com os amigos, pois em casa, só tinha a irmã.
Na escola era uma criança muito tímida, quando a professora falava com ela ficava nervosa e o tique que tinha era coçar a cabeça. Uma das atividades frequentes que a professora pedia era a leitura da cartilha, tomava tabuada e não deixava as crianças contarem no dedo. Ela sabia
por exemplo a tabuada contando no dedo e quando a professora a chamava e tomava a tabuada ela já colava as mãos no bolso para contar nos dedos sem que a professora visse.
Um acontecimento inesquecível ocorreu quando ela tinha uns seis anos. O pai dela havia tirado carta há duas semanas e certo dia, foi levar marmita para um tio dela no serviço, Eliana muito animada decidiu que iria na frente com o pai, o detalhe é que naquela época não havia muita consciência das pessoas de usarem cinto de segurança. A mãe e irmã insistiram para ir atrás com elas, mas Eliana não quis. Depois de andarem apenas dois quarteirões, seu Antônio bateu o carro, evidente que Eliana se machucou , batendo com a cabeça no painel do carro, fez um corte próximo da sobrancelha e todos tiveram que ir ao hospital.
No hospital seu Antônio inventou uma história que a menina teria caido num parquinho. Eliana entrou sozinha para o médico dar os pontos, ninguém perguntou nada a ela, mas como sabia que estava vivendo a aventura da primeira mentira, fez questão de ficar repetindo a todo momento que havia caído no parque.
Uma outra lembrança inesquecível que terminou em hospital foi o dia em que a dona Edileuza recebeu umas visitas em sua casa, Eliana tinha um peixinho para ser usado em banheira, mas ela não tinha banheira, mas decidiu que queria tomar banho de bacia para mostrar seu brinquedinho para as amigas que estavam em sua casa.
Os brinquedos de Eliana eram guardados em um armário, encima desse armário haviam vários copos de sua mãe, os brinquedos, ficavam na parte debaixo. Como era meio sapeca, inventou de se pendurar na porta do armário, este virou e caiu encima da cabeça da menina que deixou todas as pessoas ali presentes muito assustadas. Resultado, tudo caiu: armário, copos, brinquedos. E o banho para mostrar o brinquedo para as amiguinhas foi por água abaixo, o banho virou uma ida ao pronto socorro. Dessa vez Eliana ficou com um galo enorme na testa e sem dois dentes que acha ter engolido porque nunca mais foram encontrados.
DE CAMPINAS PARA INDAIATUBA
Eliana viveu 14 anos em Campinas, lá levou uma vida bem agitada, não conhecia brincadeiras de rua, mas brincava muito de comércio , ela e a irmã passavam muito tempo no bar do pai. O que ela fazia bastante era brincar de lanchonete, onde ela era a cliente e fazia seus pedidos, enquanto esperava lia jornal no balcão.
Morando em Campinas a brincadeira que mais gostava era brincar de radialista, Eliana pegava suas bonecas e imitava locutores de rádio. Outra coisa que adora imitar era o Chacrinha, um programa que passava todas as trades de sábado, quando aprecia uma cantora ou cantor ela pega uma de suas bonecas e as manipulava como um fantoche e fazia de conta que eram elas quem cantavam.
Com 14 anos de idade mudou-se com sua família para Indaiatuba.
Quando ainda em Campinas o pai de Eliana vendeu o armazém que tinha e comprou um mercado, mas o antigo dono do mercado levou a freguesia que tinha para ele em outro comércio, então seu Antônio falido, resolveu passar o mercado para frente e fez o seguinte: trocou o mercado por uma casa em Indaiatuba.
Durante dois anos a família de Eliana morou em Indaiatuba, mas trabalhavam em Campinas.
Foram morar no bairro Jardim Brasil, local que moram até hoje. Seu Antônio depois de dois anos morando nesse lugar resolveu montar um barzinho aqui.
Quando veio para Indaiatuba, Eliana adorou porque aqui teve a oportunidade de saber o que é brincar na rua, foi por aqui que aprendeu a jogar betis, subir em árvore (sabe subir, mas até hoje não sabe descer), andar de bicicleta, ela aprendeu aqui um monte de coisas que lá em Campinas não podia fazer.
Morando aqui seus pais a deixava brincar na rua e isso a deixava muito feliz.
Quando veio morar em Indaiatuba, Eliana estudou na escola Dom José, lá assim como na escola em Campinas, teve vários amigos.
EMPREGOS
Com 18 anos de idade, Eliana foi trabalhar na transportadora Zumsten, ela nos contou que o primeiro emprego de muitos moradores do Jardim Brasil, foi nessa transportadora. Eliana ficou apenas 4 meses, pois a escola São Nicolau estava precisando de professores, várias pessoas a incentivou e como estava terminando o magistério, resolveu ir. Em em 2013 completará 25 anos que trabalha na escola São Nicolau.
Atualmente é professora de Artes e trabalhadora de duas redes públicas de ensino: estadual de São Paulo e municipal de Campinas.
Eliana não escolheu a profissão que tem, mas depois de cursar a faculdade de Artes na UNICAMP, decidiu que realmente seria professora.
Também é voluntária em dois lugares: Na Colônia Helvetia, (colônia que preserva a cultura suíça), resgata parte de sua infância e desempenha a função de garçonete. Outro trabalho que executa é no Centro Espírita Zabeu, participando de eventos e atividades promovidos pela instituição.
DIVERSÃO E ARTE EM TODA PARTE.
Eliana é uma mulher muito animada que além de trabalhar e estudar muito, adora se divertir.
É muito comum de ser encontrada em shows, festas de aniversários de amigas e amigos, também gosta de ir ao cinema com o sobrinho João Carlos e a sobrinha Maria Clara, ela frequenta muito lugares em Campinas.
Em Indaiatuba, um dos lugares que gosta de se reunir com amigos é o Bar e Restaurante Pezão, famoso na cidade por oferecer a seus clientes uma variedade deliciosa de frutos do mar.
Ela nos contou que ano passado foi no Rock'in Rio e no SWU, que sempre está por São Paulo curtindo demais, não perdeu nenhum show promovido pela emissora de rádio Nova Brasil.
Achamos muito legal tudo isso, pois as pessoas precisam mesmo se divertir e é claro, trabalhar também.
O FIM DO COMEÇO
Queremos registrar que foi muito legal ter entrevistado nossa depoente Eliana, ela nos fez rir muito com suas lembranças.
Agora o próximo passo que daremos é a organização do evento que encerrará esse projeto Memória Local na Escola.
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