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Por: Museu da Pessoa, 1 de novembro de 2013

Golden Boys Futebol Clube

Esta história contém:

Golden Boys Futebol Clube

Eu sou mais um pássaro que sempre voa, né? Voa para o mundo pra poder sobreviver às dificuldades da vida, à divisão social do nosso país. Fica muito difícil pra quem vive na pobreza. Eu não conheço meus pais biológicos, isso me afeta muito, eu fico muito emocionado. Na época quando comemora o Dia das Mães, Dia dos Pais e também no Reveillon, os outros eu tiro tranquilamente, mas são as datas que me marcam muito porque eu não conheço a minha família biológica. Eu sempre busco, mas eu não encontro. Agora, a família que me criou, me adotou, me tiraram do orfanato lá de Maranguape. Inclusive eu sou fanzão do Chico Anysio, sou de lá, né? (risos) E me tiraram de lá e me trouxeram pra Fortaleza, capital. Como ele tinha uma fábrica me levaram também pra morar no interior, que é Pindoretama, e me registraram lá. Enfim, eu fui me adaptando com a cidade, criança, tal. Depois fiquei adolescente, trabalhei no canavial, ele tinha fábrica de produtos, de doces, minha família adotiva. E com o tempo a família foi evoluindo, teve muita prosperidade. São Paulo, Belém, Recife, Natal, tudo comprava os produtos dele, mas depois, com o tempo, eu fiquei assim meio afastado porque eu queria trabalhar. Ele me tirou muito cedo da escola para trabalhar no pesado, foi um grande erro da vida dele, mas, mesmo assim, eu sempre o respeitei e dei valor aos conselhos dele. A grande falha dele foi essa, ter me tirado da escola e tirou do que eu gostava também, o futebol. E a vida ficou por isso mesmo. Depois a minha mãe faleceu, a minha família adotiva foi muito cruel comigo, mas por causa disso eu não tenho receios, pelo contrário. No tempo eu achava bem melhor, hoje não, hoje tá mais difícil criar os filhos. Depois eles foram embora pro outro lado da vida e eu vim pra Fortaleza tentar uma vida melhor. É muito difícil morar na capital com pouco estudo. Quando eu estava com 19 anos eu que cuidei da fábrica dele, fui o gerente, fui tudo pra ele. Mas...

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P/1 – Regis, inicialmente, pra questão de identificação do nosso vídeo, eu quero que você fale o seu nome completo, a data e o local do seu nascimento

R – Meu nome é Francisco Regis Benício Cruz. Nasci em Maranguape, mas fui registrado em outra cidade, Pindoretama. Nasci no dia 14 do cinco de 66 e estou aqui pra representar um pouquinho da minha história, da minha vida, que é muito gratificante, pela primeira vez. E eu to muito satisfeito com essa gratidão que vocês estão fazendo comigo

P/1 – Regis, me fala uma coisa. Antes de entrar mesmo na sua história eu queria conhecer um pouco sobre a sua família. Então seus pais, sua mãe, seu pai, de onde eles vieram, o nome deles, o que eles faziam. Conta um pouquinho pra mim sobre eles, a origem deles

R – Bom, eu sou mais um pássaro que sempre voa, né? Voa para o mundo pra poder sobreviver às dificuldades da vida, à divisão social do nosso país. Fica muito difícil pra quem vive na pobreza, né? Eu não conheço meus pais biológicos, isso me afeta muito, eu fico muito emocionado. Na época quando comemora o Dia das Mães, Dia dos Pais e também nó Reveillon, os outros eu tiro tranquilamente, mas são as datas que me marcam muito porque eu não conheço a minha família biológica. Eu sempre busco, mas eu não encontro. Agora, a família que me criou, me adotou, me tiraram do orfanato lá de Maranguape. Inclusive eu sou fanzão do Chico Anysio, sou de lá, né? (risos) E me tiraram de lá e me trouxeram pra Fortaleza, capital. Como ele tinha uma fábrica me levaram também pra morar no interior, que é Pindoretama, e me registraram lá. Enfim, eu fui me adaptando com a cidade, criança, tal. Depois fiquei adolescente, trabalhei no canavial, ele tinha fábrica de produtos, de doces, minha família adotiva. E com o tempo a família foi evoluindo, teve muita prosperidade. São Paulo, Belém, Recife, Natal, tudo comprava os produtos dele, mas depois, com o tempo, eu fiquei assim meio afastado...

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