IDENTIFICAÇÃO
Francisco Porto Negrão, nascido em Santos, no dia primeiro de outubro de 1941.
INGRESSO NA PETROBRAS
O meu ingresso na Petrobras aconteceu em 1962 e foi quando da formação do quinto grupo para introduzir o turno de seis horas. Então, a Refinaria (RPBC) trabalhava até aquela data com quatro grupos de oito horas e passou a trabalhar com cinco grupos de seis. Nessa época abriram algumas vagas aí, eu vinha até tentando já entrar no quadro de operadores de processo, mas não consegui, então entrei na área administrativa mesmo. Entrei na área administrativa, fiquei durante um ano e meio, mais ou menos, e depois, através de concurso, passei para o setor operacional, onde eu fiquei até aposentar.
HISTÓRIAS / CAUSOS / LEMBRANÇAS
Histórias marcantes, engraçadas também tiveram bastantes, mas uma que me marcou muito mesmo foi quando eu já era supervisor de operação, trabalhava na casa de força e nós tivemos a explosão de um tanque de combustível que alimentava toda a casa de força. Era uma madrugada fria e com essa explosão a noite acabou esquentando para nós, porque tivemos muito trabalho e conseguimos não parar nenhuma caldeira da casa de força. Mesmo explodindo o nosso tanque de óleo combustível, a gente alimentou algumas caldeiras com resíduo de vácuo e outras com óleo combustível alimentando direto da área de tanques. Então, sem o tanque principal de alimentação de óleo combustível, a gente manteve a refinaria toda operando. Foi uma noite de muito trabalho, mas com bom resultado. E isso é muito marcante para mim. Era uma noite muito fria, como eu te falei, ventava gelado e esse tanque tinha um selo de vapor, no topo dele, na ventilação dele tinha uma selagem de vapor justamente para não ter contato com a atmosfera, com risco de descargas elétricas e tal. E essa tubulação de vapor estava mal isolada, acabou esfriando demais, então condensou e não chegava vapor para fazer a selagem em cima e,...
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IDENTIFICAÇÃO
Francisco Porto Negrão, nascido em Santos, no dia primeiro de outubro de 1941.
INGRESSO NA PETROBRAS
O meu ingresso na Petrobras aconteceu em 1962 e foi quando da formação do quinto grupo para introduzir o turno de seis horas. Então, a Refinaria (RPBC) trabalhava até aquela data com quatro grupos de oito horas e passou a trabalhar com cinco grupos de seis. Nessa época abriram algumas vagas aí, eu vinha até tentando já entrar no quadro de operadores de processo, mas não consegui, então entrei na área administrativa mesmo. Entrei na área administrativa, fiquei durante um ano e meio, mais ou menos, e depois, através de concurso, passei para o setor operacional, onde eu fiquei até aposentar.
HISTÓRIAS / CAUSOS / LEMBRANÇAS
Histórias marcantes, engraçadas também tiveram bastantes, mas uma que me marcou muito mesmo foi quando eu já era supervisor de operação, trabalhava na casa de força e nós tivemos a explosão de um tanque de combustível que alimentava toda a casa de força. Era uma madrugada fria e com essa explosão a noite acabou esquentando para nós, porque tivemos muito trabalho e conseguimos não parar nenhuma caldeira da casa de força. Mesmo explodindo o nosso tanque de óleo combustível, a gente alimentou algumas caldeiras com resíduo de vácuo e outras com óleo combustível alimentando direto da área de tanques. Então, sem o tanque principal de alimentação de óleo combustível, a gente manteve a refinaria toda operando. Foi uma noite de muito trabalho, mas com bom resultado. E isso é muito marcante para mim. Era uma noite muito fria, como eu te falei, ventava gelado e esse tanque tinha um selo de vapor, no topo dele, na ventilação dele tinha uma selagem de vapor justamente para não ter contato com a atmosfera, com risco de descargas elétricas e tal. E essa tubulação de vapor estava mal isolada, acabou esfriando demais, então condensou e não chegava vapor para fazer a selagem em cima e, provavelmente por uma alguma descarga elétrica, deu um flash e explodiu o tanque. E ele explodiu, abriu em baixo. Então, concluindo aí sobre isso, sofreu investigação depois, que é para ver a causa, teve ocorrência policial, a gente teve que dar depoimento. Por isso, eu tenho até toda essa documentação guardada, porque foi alvo de investigação, mas felizmente chegou a essa conclusão que tinha sido realmente um acidente não provocado por falha humana.
SINDICATO
Sou sindicalizado desde que eu entrei na Petrobras até hoje.
De movimentos sindicais a gente teve muitas coisas, mas a maior alegria que eu tive realmente com o Sindicato é que eu aposentei em 1989 e nesse mesmo ano meu filho ingressou na Petrobras, na área da Transpetro, na Alemoa. E meu filho sempre lutou muito pelo sindicalismo e acabou vindo a se tornar presidente do Sindipetro. Então, isso foi uma alegria muito grande para mim. Eu aposentei, ele entrou e ele acabou se tornando presidente do Sindicato. Hoje ele já não está mais no Sindicato, está na Transpetro.
APOSENTADORIA
Eu só me afastei quando eu senti que realmente estava seguro para isso, eu já tinha meus filhos formados, tanto que você vê que eu saí em março de 1989 e meu filho entrou aqui em julho de 1989, porque ele já estava formado. Então, eu já tinha meus filhos formados, me achava seguro e porque eu já tinha 32 anos de contribuição, naquela época ainda existia o “prato de sopa”. A gente fazia 30 anos de contribuição, se continuasse trabalhando recebia um acréscimo do INSS, então eu já estava há dois anos recebendo esse acréscimo de salário que chamavam de “prato de sopa”, já estava bem na hora de aposentar.
PROJETO MEMÓRIA PETROBRAS
Achei muito bom. Mesmo porque os anos que eu vivi na Petrobras, na Refinaria Presidente Bernardes, foram de muita alegria para mim. Eu sempre gostei muito do que fazia, o ambiente de trabalho era excelente, a gente era uma família, a gente vinha trabalhar com alegria, só tenho boas recordações. E falar disso a gente só pode se sentir bem. Fiquei satisfeito também porque eu saí da Petrobras e continuei muito ligado, porque quando eu saí, meu filho entrou. Então eu continuo bem ligado a Petrobras até hoje, porque meu filho está trabalhando aí. Muito obrigado a vocês pela oportunidade.
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