Sério, parece que todos - TODOS - gostam de festa junina Para quem não gosta de dançar, tem a comida. Para quem gosta de ficar à toa, tem aquelas barracas de brincadeiras clássicas. E nada – NADA – supera a experiência de participar de uma festa junina na escola, especialmente quando você é o aluno.
Numa conversa sobre nossas memórias surgiu a história da festa junina da Ana Paula. Ela contou que quando tinha 9 anos foi escalada para dançar quadrilha com o menino mais bonito da sala, Alexander (acho que era esse o nome). Super feliz por dançar com ESSE par, ficou esperando ansiosamente pelo dia da festa. E, eis que chega o dia Ela toda vestidinha, pintadinha e com seu dente podre esperou por seu par que... NÃO APARECEU Terror Frustação Rejeição Ah, mas ela era esperta: pegou um substituto mais novo, meio desengoçado... E se divertiu muito, apesar do furão. Claro, ela se vingou de Alexander depois... passou o resto do ano a bater no pobre rapaz.
E, puxa, essa história da Ana Paula me lembrou de minha festa junina. Eu era mais nova, tinha 6 anos, mas também iria dançar com o menino mais bonito da sala: Ricardinho. Ele era um menino ruivo, magrinho, cheio de sardas... Lindo Sempre sorríamos um para o outro, mas, nessa paquera infantil, a gente se recolhia na nossa timidez. Mas, agora iria ter a festa junina Finalmente iriamos nos aproximar.
Enfim, houve toda aquela preparação, ensaios infindáveis para as professores e divertidíssimos para os alunos até o grande dia chegar. E o dia chegou. Eu estava com o vestido da minha irmã que não servia mais nela. Era o clássico: calçola, vestido florido em que o cor rosa prevalecia. Eu tinha aquele chapeuzinho de palha – que também havia sido da minha irmã – com tranças postiças. Dentinho podre, pintinhas na cara... A única coisa que não estava no padrão eram os meus tênis pop.
Lá estava eu toda vestidinha esperando pelo meu par que... APARECEU Camisa xadrez, calça, dente podre e...
Continuar leitura
Sério, parece que todos - TODOS - gostam de festa junina Para quem não gosta de dançar, tem a comida. Para quem gosta de ficar à toa, tem aquelas barracas de brincadeiras clássicas. E nada – NADA – supera a experiência de participar de uma festa junina na escola, especialmente quando você é o aluno.
Numa conversa sobre nossas memórias surgiu a história da festa junina da Ana Paula. Ela contou que quando tinha 9 anos foi escalada para dançar quadrilha com o menino mais bonito da sala, Alexander (acho que era esse o nome). Super feliz por dançar com ESSE par, ficou esperando ansiosamente pelo dia da festa. E, eis que chega o dia Ela toda vestidinha, pintadinha e com seu dente podre esperou por seu par que... NÃO APARECEU Terror Frustação Rejeição Ah, mas ela era esperta: pegou um substituto mais novo, meio desengoçado... E se divertiu muito, apesar do furão. Claro, ela se vingou de Alexander depois... passou o resto do ano a bater no pobre rapaz.
E, puxa, essa história da Ana Paula me lembrou de minha festa junina. Eu era mais nova, tinha 6 anos, mas também iria dançar com o menino mais bonito da sala: Ricardinho. Ele era um menino ruivo, magrinho, cheio de sardas... Lindo Sempre sorríamos um para o outro, mas, nessa paquera infantil, a gente se recolhia na nossa timidez. Mas, agora iria ter a festa junina Finalmente iriamos nos aproximar.
Enfim, houve toda aquela preparação, ensaios infindáveis para as professores e divertidíssimos para os alunos até o grande dia chegar. E o dia chegou. Eu estava com o vestido da minha irmã que não servia mais nela. Era o clássico: calçola, vestido florido em que o cor rosa prevalecia. Eu tinha aquele chapeuzinho de palha – que também havia sido da minha irmã – com tranças postiças. Dentinho podre, pintinhas na cara... A única coisa que não estava no padrão eram os meus tênis pop.
Lá estava eu toda vestidinha esperando pelo meu par que... APARECEU Camisa xadrez, calça, dente podre e um sorrisão no rosto. Meu sorriso deveria ser tão grande quanto o dele. Meu coração batia forte, estava tão feliz
Olha, a gente – Ricardinho e eu – nos divertimos muito Depois sentindo o cheiro do churrasco, do cachorro quente, da pipoca, do pinhão, fomos comer, conversamos, andamos de mãozinhas dadas... E depois fomos brincar com o resto da criançada num barranco que tinha próximo à nossa EMEI.
Todos felizes, com suas roupas caipiras e agora sujos de terra. Moral da história? Nenhuma Ou tem? Sei lá, com ou sem o menino mais bonito da sala Ana e eu nos divertimos bastante em nossas festas juninas. Acho que é disso que a infância é feita... Dando certo nossos planos, ou não, há sempre a oportunidade de sorrir, de ser feliz.
(História enviada em outubro de 2011)
Recolher