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Personagem: Jair Delcorso
Por: Isabella Delcorso Cury de Mello, 7 de março de 2019

Feliz Natal: a história de Jair Delcorso - parte 2

Esta história contém:

Capítulo 2 - INFÂNCIA

Meus pais casaram-se em julho de 1934. Ela, com 20 anos, e ele, com 23. Meu pai era pedreiro e minha mãe filha de administrador de fazenda. Eles nos falavam sempre do início do namoro, noivado e casamento, com festa típica daquela época: almoço lauto com assados, doces e bebidas. Os casamentos eram realizados sempre aos sábados à noite, animados por sanfonas e violão. Rolava a noite inteira na trilha da fazenda, com participação de adultos e crianças de todas as famílias que moravam lá. Meus avós maternos eram festeiros natos e tinham capacidade de repartir suas alegrias com todos. Nunca havia brigas.

Lembro-me do casamento do meu Tio João e minha tia Dionísia. Saiu o pessoal todo de manhã de um caminhão e os noivos, inclusive, dentro. Meu tio era o motorista. Na cabine ia meu tio e minha tia vestida de noiva. Era noite e os convidados foram pra cidade. O casamento era realizado no civil e somente depois que era feito na igreja. Diferente dos casamentos de hoje, o casamento era pra ser no civil a noiva e o noivo iam no cartório pra se unirem legalmente. O casamento no religioso poderia acontecer um dia que o padre aparecesse na igreja.

O casamento do meu pai e da minha mãe, quando casaram no religioso, já tinha eu e meus dois irmãos, e nós dormimos no banco da igreja porque naquela noite casara-se uma porção de casais. O padre vinha de vez em quando no vilarejo, e quando ele vinha, confessava muita gente, fazia batizados e casamentos e, às vezes, com filhos que dormiam no banco da igreja, como eu e meus irmãos, quando meus pais se casaram, embora já tivessem casado no cartório há muito tempo atrás.

Os casamentos eram todos no almoço. Tinha um rapaz no casamento do meu tio que chegou todo marcado de vinho em toda a roupa, no peito, bêbado. Um dos convidados já tinha chegado bêbado antes mesmo da festa. E a noite a noiva dançava a noite inteira, de vestido típico. Não tinha como é hoje, de...

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Palavras-chave: infância, avô, memória, família

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