Minha vida começa em 7 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, na maternidade Arnaldo de Morais, em Copacabana. Filha de pai militar da Aeronáutica e mãe dona de casa, como era comum na época. Família de classe média, já tenho um irmão quase 5 anos mais velho.
No início da minha vida, moro na Tijuca, mas minhas primeiras lembranças começam em Santa Cruz, na Base Aérea. Meu pai é médico da Aeronáutica. Lembro-me bem da casa. Agradável e aconchegante, tinha uma varanda com uma rede e minha mãe gostava de tocar violão. Eu cantava junto e era afinada, acho. Naquele período, aprendi a andar de bicicleta com rodinha e, depois, lembro-me de tê-la tirado. Foi uma grande conquista Meu irmão brincava com um menino que fazia máscaras de lama e eu achava sensacional Também tinha algumas amigas com quem brincava.
Estava sempre procurando algum cachorrinho. Adorava filhotes de cachorro
Depois, mudamo-nos para Copacabana, Bairro Peixoto, no Rio de Janeiro. Não era casa, mas apartamento. No mesmo prédio morava minha avó paterna. Nessa época, meu avô paterno comprou uma casa simples, em Cabo Frio e, aos poucos, foi reformando-a. Eu adorava ir para lá, pois naquela época era total roça, com tudo o que uma criança da cidade pode querer: bichos, praias, cachorros, galinhas, árvores, frutas etc.
Durante a semana, ficavamos no Rio. Nos finais de semana, íamos para Cabo Frio. Foi um período extremamente feliz da minha vida.
Também convivia muito com meus avós maternos, no Rio de Janeiro, no Lido.
Na minha adolescência, morei em Copacabana, num apartamento grande, na rua Constante Ramos. Pleno início da época da Bossa Nova. Fase sensacional Violões e banquinhos por todo lado.
Casei-me aos 19 anos e tive meu primeiro filho aos 20. Depois, tive mais três filhos, todos homens.
Recém-casada, morei na rua Mascarenhas de Morais, em Copacabana, durante um ano. Marido da IBM, com futuro promissor. Trabalhador e inteligente.
No final de 1969, nos...
Continuar leitura
Minha vida começa em 7 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, na maternidade Arnaldo de Morais, em Copacabana. Filha de pai militar da Aeronáutica e mãe dona de casa, como era comum na época. Família de classe média, já tenho um irmão quase 5 anos mais velho.
No início da minha vida, moro na Tijuca, mas minhas primeiras lembranças começam em Santa Cruz, na Base Aérea. Meu pai é médico da Aeronáutica. Lembro-me bem da casa. Agradável e aconchegante, tinha uma varanda com uma rede e minha mãe gostava de tocar violão. Eu cantava junto e era afinada, acho. Naquele período, aprendi a andar de bicicleta com rodinha e, depois, lembro-me de tê-la tirado. Foi uma grande conquista Meu irmão brincava com um menino que fazia máscaras de lama e eu achava sensacional Também tinha algumas amigas com quem brincava.
Estava sempre procurando algum cachorrinho. Adorava filhotes de cachorro
Depois, mudamo-nos para Copacabana, Bairro Peixoto, no Rio de Janeiro. Não era casa, mas apartamento. No mesmo prédio morava minha avó paterna. Nessa época, meu avô paterno comprou uma casa simples, em Cabo Frio e, aos poucos, foi reformando-a. Eu adorava ir para lá, pois naquela época era total roça, com tudo o que uma criança da cidade pode querer: bichos, praias, cachorros, galinhas, árvores, frutas etc.
Durante a semana, ficavamos no Rio. Nos finais de semana, íamos para Cabo Frio. Foi um período extremamente feliz da minha vida.
Também convivia muito com meus avós maternos, no Rio de Janeiro, no Lido.
Na minha adolescência, morei em Copacabana, num apartamento grande, na rua Constante Ramos. Pleno início da época da Bossa Nova. Fase sensacional Violões e banquinhos por todo lado.
Casei-me aos 19 anos e tive meu primeiro filho aos 20. Depois, tive mais três filhos, todos homens.
Recém-casada, morei na rua Mascarenhas de Morais, em Copacabana, durante um ano. Marido da IBM, com futuro promissor. Trabalhador e inteligente.
No final de 1969, nos mudamos para Humaitá. Prédio novo, com piscina etc. Novidade em termos de moradia, considerando-se a época, no Rio de Janeiro. Lá nasceram meus 4 filhos. Moramos lá por 14 anos.
Em 8 de dezembro de 1983, nos mudamos para um apartamento de cobertura, na Lagoa, no qual moro até hoje.
Lugar lindo, difícil de sair. Fiquei viúva no dia 28 de setembro de 2004. Meu marido ficou extremamente doente, não resistiu e acabou falecendo. Foi uma grande perda, apesar de nossas divergências e brigas. Precisei de um ou dois anos para adaptar-me à nova situação.
Tive muito suporte da família e de amigos. Foi fundamental para minha adaptação à perda, depois de 36 anos de casamento e 40 de relacionamento.
Voltei a estudar quando tinha 36 anos. Fiz curso Normal, Curso em nível acadêmico, de inglês, e frequentei a PUC durante 3 anos. Foi um período bem produtivo e bastante interessante, sob vários aspectos.
Hoje, tenho um netinho de 8 meses, que mora em São Paulo; em janeiro terei uma netinha. Maravilha, não? Renovação e ciclos da vida. Acho isso formidável. Meus pais ainda estão vivos, embora tenham alguns probleminhas devido à idade avançada.
A mãe do meu marido continua viva, embora o cérebro já esteja bastante ruim. Coisas de uma vida muito longa e problemática.
(Enviado em novembro de 2009)
Recolher