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Na minha infância eu gostava muito de jogar vôlei com os amigos na rua, porque onde eu morava, tinha possibilidade de brincar ainda na rua e mas eu gostava também de brincar muito solitária, com as bonecas, eu brincava de ser secretaria, ai organizava papel, escrevia as coisas assim, as demandas, o quê que precisava fazer. Mas eu também gostava de brincar com coisas muito simples, brincava com água, por exemplo, sabe, colocando a mão dentro d’água, ai passava horas e horas de colocar, de enrugar os dedos dentro d’água. Na minha casa nunca teve muito isso de exercer autoridade, ter um medo, porque os meus pais são muito tranquilos, a minha mãe é mais brava do que o meu pai, a gente tinha mais medo da minha mãe do que do meu pai, às vezes, ela jogava a autoridade pra ele, dizendo “Eu vou contar pro seu pai, você vai ver quando o seu pai chegar”, mas o meu pai chegava e não fazia nada, o medo mesmo era ela.

Eu entrei na escola com quase cinco anos, eu completei cinco anos no jardim I, demorei para entrar porque eu tinha asma e a minha mãe tinha medo de eu passar mal na escola, então eu já entrei um pouquinho mais velha. E como era uma escola perto de casa, então foi bem tranquilo, só que às vezes, eu mentia que eu estava passando mal, que eu estava tendo cansaço, por exemplo, pra voltar pra casa, era muito apegada. Eu passei muito tempo apegada a minha mãe, sempre estava em casa, como era artesã, não precisava sair, então, eu fiquei muito apegada. Eu me lembro da minha primeira professora, ela era muito feia e eu tinha muito medo dela. Agora, a minha professora de alfabetização, meu pai tem contato até hoje, ele fez alguns trabalhos pra ela, algumas festinhas de escola e tudo. É uma pessoa que me marcou muito, minha professora de alfabetização.

Quando criança, como eu brincava muito de secretária, eu queria ser secretária, não sei porque, né, todo mundo quer ser médico, todo mundo quer ser...

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Dados de acervo

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P/1 – Giane, você pode começar falando seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Meu nome é Giane Gomes Ferreira, eu nasci aqui em Fortaleza, no dia 13 de setembro de 1979

P/1 – Seus pais são de Fortaleza?

R – Sim. Na verdade, eles são aqui do Ceará, mas eles são de Pentecoste

P/1 – Os dois, seu pai e sua mãe?

R – É, cidade do interior

P/1 – Como que é o nome do seu pai?

R – Meu pai é José Laudeci Ferreira e a minha mãe é Maria Antônia Gomes Ferreira

P/1 – O quê que o seu pai faz?

R – Meus pais são artesão, os dois

P/1 – Os dois?

R – É

P/1 – E você sabe como eles se conheceram?

R – Sei. Eles já são conhecidos assim, de família, né, mas quando eles eram jovens, eles nunca… assim, criança, eles nunca se conheceram, eles foram se conhecer depois que eles tiveram já adolescentes, com 15, 14 anos. Na cidade também, férias, passando férias, ai se conheceram lá.

P/1 – Você conhece Pentecoste?

R – Sim, passei boa parte da minha infância lá

P/1 – Como que é a cidade?

R – É bem… assim, era bem pacata, né, era bem tranquila, uma cidade de médio porte no Ceará, mas agora tá bem complicado lá (risos)

P/1 – E eles são artesão do quê?

R – Eles fazem todo tipo de coisa. Meu pai, ele trabalha muito com papel, faz muita caixa de papelão e a minha mãe, ela faz tudo, é daquelas que pinta, borda, tricota (risos), faz tudo.

P/1 – E eles vivem disso?

R – Sim

P/1 – Onde, pra quem que eles vendem?

R – Eles fazem feirinhas em faculdades, em eventos, nessas feirinhas de artesanato profissionais

P/1 – Desde pequeno que eles fazem isso?

R – É. Meu pai trabalhou numa empresa daqui, ele foi… chegou até alguns cargos assim, médios, mas ele nunca gostou de ser submisso de ninguém (risos). Ai, ele largou tudo pra virar artesão.

P/1 – E você tem quantos irmão?

R – Dois. Dois mais velhos

P/1 – Você é a mais nova?

R – Sim

P/1 – E você, onde...

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