Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Aline Almeida
Por: Aline Almeida, 17 de junho de 2024

Família Ramos: Memórias de uma família de Belo Horizonte/MG

Esta história contém:

Somos uma típica família mineira. Apesar de morarmos em um bairro periférico de Belo Horizonte com saída para Sabará, consideramos pertencermos à classe média. Meus pais mudaram-se para este bairro há muitos anos atrás, quando tinham apenas os dois filhos mais velhos, tendo meu irmão e eu nascidos com eles já morando aqui. Vou poupá-los da história trágica que os fizeram vir para cá, contando apenas que moravam no bairro Santa Efigênia, em uma favelinha exatamente onde é hoje o shopping Boulevard, na beira do rio Arrudas, quando, na década de 80, a enchente levou a casa deles e minha irmã sumiu por um dia nas águas barrentas do rio. Meu pai já tinha comprado o lote aqui no bairro e já tinha começado a construir a casa, mas eram tempos difíceis, então tiveram de se mudar com a casa ainda em construção. Perderam tudo, menos a esperança. Amigos ajudaram a levantar o restante e hoje moramos na mesmíssima casa levantada às pressas. O nome do nosso atual bairro reflete um pouco do que nossa família alcançou: Jardim Vitória. A vitória veio, os anos se passaram, meu irmão Alex nasceu, depois eu nasci, as coisas melhoraram, meu pai trabalhou muito e minha mãe o ajudou o tanto que podia.

Meu pai é um trabalhador e empreendedor nato. Aprendeu a profissão de artesão e, segundo ele, disseram que iria morrer de fome, pois tal profissão não o daria nada. Engano deles. Trabalhou muito mesmo e hoje expõe seus cintos de couro todos os domingos na famosa feira Hippie da av. Afonso Pena, ponto turístico da tão urbana Belo Horizonte. Mesmo sendo aposentado, até hoje não perde um dia de feira, faça chuva ou faça sol. Além da casa em que moramos, ele construiu, ao lado, uma loja e, em cima, outra casa. Ambos são alugados e proporciona uma renda extra para meu pai que, como eu disse, é um verdadeiro empreendedor. Embora ele seja um mestre nos negócios, o mesmo não ocorre nos relacionamentos. Muito fechado, o famoso “caladão”,...

Continuar leitura

Complementos

Querem saber mais? Acesse o link abaixo e adquira meu primeiro livro lançado, chamado “Memórias de uma vida contagiada”. Nele, além de contar mais detalhes sobre minha família, também conta nossa experiência durante o período da pandemia, quando o covid-19 parou o mundo e o mudou completamente. Acessar

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.