Sonhei com dois homens que me engravidaram na vida real e que já faleceram. Um deles, quinze anos mais velho que eu, faleceu há vários anos. O outro, da minha idade, faleceu durante a pandemia, de mal súbito. O mais velho foi o primeiro homem com quem transei e tive uma relação abusiva. Abortei. Com o outro, da minha idade, tive sexo casual e também abortei. Na vida real eles eram amigos. No sonho, eles estavam organizando um evento num auditório e eu cheguei e vi de imediato o mais jovem que abriu os braços p me abraçar. Nos abraçamos longamente. Eu quis ser vista abraçando, como se fosse uma ousadia da minha parte. Mas as pessoas q estavam lá estavam sentadas de costas p onde eu e este homem estávamos. Houve beijos suaves, mas eu não curti muito. Eu estava insensível, como se não fosse eu de carne e osso. Quando o abraço acaba, noto que numa parede estavam penduradas letras do meu sobrenome faltando a primeira letra. Eram letras luminosas, prateadas, como se alguém com meu sobrenome fosse protagonista daquele evento. Mas com a letra faltando, meu sobrenome vira sinônimo de pum e eu falei isso p o homem que eu abracei. Ele riu. Em seguida, vejo que as pessoas estão deixando o local e informam que o evento teve que ser adiado. O sonho acaba.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Além da morte de um deles ter acontecido durante a pandemia, o evento foi cancelado e o abraço foi uma ousadia porque está sendo impedido durante o isolamento. Mas o mais importante foi o fato de evocar meu pai, através do meu sobrenome. Todas as relações q tive com homens foram abusivas. Umas mais, outras menos. Consequência direta da toxicidade do meu pai. Isso também se relaciona com a pandemia fora de controle, gerenciada por um homem extremamente tóxico. Este homem vem sendo comparado a um pum fétido e outras escatologias. Meu sobrenome virou um pum no sonho, equiparando meu pai ao genocida. Quem organizou o evento...
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Sonhei com dois homens que me engravidaram na vida real e que já faleceram. Um deles, quinze anos mais velho que eu, faleceu há vários anos. O outro, da minha idade, faleceu durante a pandemia, de mal súbito. O mais velho foi o primeiro homem com quem transei e tive uma relação abusiva. Abortei. Com o outro, da minha idade, tive sexo casual e também abortei. Na vida real eles eram amigos. No sonho, eles estavam organizando um evento num auditório e eu cheguei e vi de imediato o mais jovem que abriu os braços p me abraçar. Nos abraçamos longamente. Eu quis ser vista abraçando, como se fosse uma ousadia da minha parte. Mas as pessoas q estavam lá estavam sentadas de costas p onde eu e este homem estávamos. Houve beijos suaves, mas eu não curti muito. Eu estava insensível, como se não fosse eu de carne e osso. Quando o abraço acaba, noto que numa parede estavam penduradas letras do meu sobrenome faltando a primeira letra. Eram letras luminosas, prateadas, como se alguém com meu sobrenome fosse protagonista daquele evento. Mas com a letra faltando, meu sobrenome vira sinônimo de pum e eu falei isso p o homem que eu abracei. Ele riu. Em seguida, vejo que as pessoas estão deixando o local e informam que o evento teve que ser adiado. O sonho acaba.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Além da morte de um deles ter acontecido durante a pandemia, o evento foi cancelado e o abraço foi uma ousadia porque está sendo impedido durante o isolamento. Mas o mais importante foi o fato de evocar meu pai, através do meu sobrenome. Todas as relações q tive com homens foram abusivas. Umas mais, outras menos. Consequência direta da toxicidade do meu pai. Isso também se relaciona com a pandemia fora de controle, gerenciada por um homem extremamente tóxico. Este homem vem sendo comparado a um pum fétido e outras escatologias. Meu sobrenome virou um pum no sonho, equiparando meu pai ao genocida. Quem organizou o evento foram dois homens discípulos do machismo do meu pai. A ousadia do meu abraço é reflexo da minha desenfreada jornada nos braços de quem me mata emocionalmente, mas também é uma metáfora da morte física que o abraço na pandemia pode provocar.
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