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Por: Museu da Pessoa, 17 de agosto de 2017

Eu ainda vou trabalhar dentro daquela televisão!

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Eu ainda vou trabalhar dentro daquela televisão!

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Do quilombo à novela das oito: Cyda Baú subverte as regras e reescreve o roteiro da sua vida. Na noite em que Cyda veio ao mundo, uma enchente levou a casa da família embora. Só sobrou o esqueleto, que ela e os irmãos apelidaram de “casa velha” e transformaram em brincadeira de criança. A infância no Quilombo Baú (fundado pelo bisavô de Cyda, Antonio Baú, em Minas Gerais) era trepar em árvore pra chupar fruta, andar a cavalo e nadar pelado no rio. Cyda foi criada pela avó, que a preparou para trilhar o caminho das outras mulheres da família: o trabalho doméstico.

Aos 13 anos, foi trabalhar sem remuneração numa casa de família em Araçaí, e a partir daí começa a perceber que “o mundo era outro”. A infância idílica cheia de liberdade e inocência no quilombo dá lugar ao preconceito, ao isolamento e a muitas dúvidas. Cyda começa a questionar o seu lugar como mulher negra e decide que não teria o mesmo destino que as outras mulheres da família: casar jovem e ter filhos. Aos 16 anos, Cyda vai para Belo Horizonte trabalhar como empregada doméstica e começa a estudar. Um belo dia, em 1997, acorda e diz pra si mesma: “Eu não quero mais ser essa pessoa. Eu quero mudar.” Enquanto assiste a uma novela na TV, Cyda tem um estalo: “Gente, mas o que esse povo tanto fala, tanto mexe com a boca?”. Embora “não entendesse esse mundo da arte”, resolveu que ia trabalhar “dentro daquela televisão”. Em uma semana, se desfez de tudo o que tinha, pegou um ônibus e foi atrás de uma tia no Rio de Janeiro.

Ainda trabalhado como doméstica, presta vestibular e entra em segundo lugar na Escola de Teatro Martins Pena. A partir daí, o mundo se abriu. Começou a trabalhar como vendedora de loja, mas sempre buscando trabalhos como atriz nas horas vagas. “Eu fui fazendo tudo o que aparecia, menos papel de empregada doméstica”. Começaram a surgir trabalhos de...

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