IDENTIFICAÇÃO
Liliane Leroux. Nasci em Brasília, no dia dois de junho de 1964.
FORMAÇÃO TRABALHO
Sou socióloga, me formei em 1985. Trabalhei em empresas de turismo, depois de formada comecei a me interessar também pela área de informática. fiz uma pós graduação, tenho um curso de extensão e fui trabalhar em uma empresa. Trabalhei sete ou oito anos na ESSO,
empresa de petróleo, como analista de sistemas.Sempre associei a informática com a
sociologia,um dia resolvi estar unindo as duas coisas, e indo mais para a área de educação mesmo. Então eu saí, nessa época, da ESSO, até tinha um filho pequeno, estava difícil de conciliar as duas coisas. E então saí da ESSO e resolvi voltar a estudar e centrar meus
estudos nessa área de educação. Fiz então mestrado em educação, e a partir daí dei aula em colégio, dei aula em Universidade. Dou aula na UERJ, na Unicarioca até hoje.
CDI
PRIMEIRO CONTATO
E quando eu estava fazendo a minha dissertação de mestrado, que era sobre os telecentros, uma análise sobre os telecentros, sobre o que são os centros comunitários de acesso à tecnologia de comunicação. Procurei o CDI [Comitê para Democratização da Informática] para fazer a minha pesquisa de campo. Para ser um dos objetos da minha pesquisa e foi justamente na época em que eles estavam
selecionando uma coordenadora pedagógica. E me interessei porque eu percebi que, na época tinha uma proposta político pedagógica e eu achei interessante a existência disso.
Não sei ser só um curso de informática, já tinha uma proposta nova. Então me candidatei ao cargo, fiz processo de seleção e acabei ficando lá,isso foi em 2002,estou lá até hoje.
Atualmente eu estou fazendo o meu doutorado em educação também na UERJ e continuo lá no CDI.
CDI
COORDENADORA PEDAGÓGICA
Já entrei como coordenadora pedagógica. Essa função já existia. Eu tenho a impressão que, antes de mim, duas pessoas ocuparam...
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Liliane Leroux. Nasci em Brasília, no dia dois de junho de 1964.
FORMAÇÃO TRABALHO
Sou socióloga, me formei em 1985. Trabalhei em empresas de turismo, depois de formada comecei a me interessar também pela área de informática. fiz uma pós graduação, tenho um curso de extensão e fui trabalhar em uma empresa. Trabalhei sete ou oito anos na ESSO,
empresa de petróleo, como analista de sistemas.Sempre associei a informática com a
sociologia,um dia resolvi estar unindo as duas coisas, e indo mais para a área de educação mesmo. Então eu saí, nessa época, da ESSO, até tinha um filho pequeno, estava difícil de conciliar as duas coisas. E então saí da ESSO e resolvi voltar a estudar e centrar meus
estudos nessa área de educação. Fiz então mestrado em educação, e a partir daí dei aula em colégio, dei aula em Universidade. Dou aula na UERJ, na Unicarioca até hoje.
CDI
PRIMEIRO CONTATO
E quando eu estava fazendo a minha dissertação de mestrado, que era sobre os telecentros, uma análise sobre os telecentros, sobre o que são os centros comunitários de acesso à tecnologia de comunicação. Procurei o CDI [Comitê para Democratização da Informática] para fazer a minha pesquisa de campo. Para ser um dos objetos da minha pesquisa e foi justamente na época em que eles estavam
selecionando uma coordenadora pedagógica. E me interessei porque eu percebi que, na época tinha uma proposta político pedagógica e eu achei interessante a existência disso.
Não sei ser só um curso de informática, já tinha uma proposta nova. Então me candidatei ao cargo, fiz processo de seleção e acabei ficando lá,isso foi em 2002,estou lá até hoje.
Atualmente eu estou fazendo o meu doutorado em educação também na UERJ e continuo lá no CDI.
CDI
COORDENADORA PEDAGÓGICA
Já entrei como coordenadora pedagógica. Essa função já existia. Eu tenho a impressão que, antes de mim, duas pessoas ocuparam essa função. Mas uma com mais peso, a função da outra eu nem sei quem foi. Mas era uma época muito conturbada, porque não existia um CDI matriz, como existe hoje em dia. Então, na verdade, as funções dela eram um misto de CDI Rio de Janeiro com o CDI matriz. Então era uma coisa louca que só ela conseguia dar conta daquilo ali. Porque tanto tinha que cuidar da EICs, e capacitar educadores para as EICs do Rio de Janeiro, como estava tendo que olhar para essa rede inteira que crescia
alucinadamente, cada vez mais. E começava a fica tudo muito solto, né? Porque a rede crescendo, e falta de pessoal para estar dando realmente um suporte, e juntando tudo em
torno de diretrizes, de propostas semelhantes, era uma coisa complicada. Então, na verdade,
era uma época conturbada por conta disso. Foi a época da primeira proposta pedagógica do CDI, que tinha acabado de ser escrita,estava sendo implantada. E eu fui logo para matriz.
CDI
PROPOSTA POLÍTICA PEDAGÓGICA
O ano que eu entrei, a Stella acompanhou a execução da proposta, foi uma proposta que se contratou a UNICAMP para estar fazendo. Eu posso contar a história que eu ouvi, e não que eu vivi. O CDI, eu não sei como foi essa parceria, em base de quê, ou como foi a
aproximação do CDI e a UNICAMP. Talvez por via do CDI Campinas, não sei, É melhor perguntar para outra pessoa. O que aconteceu, foi que o CDI contratou uma equipe da
UNICAMP para estar escrevendo uma primeira sistematização de uma proposta pedagógica única para a rede.Contam que na época, eles fizeram visitas em EICs do Rio de São Paulo para entender um pouquinho do que estava acontecendo e junto, acho que mais foi feito no Rio e em São Paulo, escreveram as apostilas que é o material pedagógico que tínhamos até então,isso foi o que eu ouvi da Stella e do pessoal que chegou na rede. Na
época que eu entrei, o CDI, alguns já estavam capacitados na nossa proposta, já estava
aplicando e tal. E no encontro da rede CDI eu resolvi fazer um curso dessa capacitação de quem está entrando novo. Então eu resolvi pegar o pessoal mais antigo e fazer o que
chamamos de fórum. Então foi o primeiro Fórum Pedagógico da rede CDI, até para saber quais eram os problemas que estávamos tendo.
Isso no ano que eu entrei, em 2002. Final de 2002. Antes eu já tinha entrado em contato com as regionais, mas esse fórum foi um momento mesmo de todo mundo se encontrando da rede CDI. A gente sentou para repensar,para pensar em como é que está indo isso.
Porque eu já tinha detectado alguns problemas teóricos e conceituais nessa proposta que tínhamos . E que estavam me incomodando e eu queria até resolver. Eu queria um suporte para ser necessário um consenso ou não, que nível de consenso existia nessa rede. Acho que quando você se denomina rede, você tem que ser uma rede de verdade. E acho que nesses anos todos, eu venho tentando, me esforçando ao máximo para que seja uma rede de verdade. Então, discutimos um pouco sobre como é que estava a aplicação disso, e tal.
Depois desse fórum nós continuamos trocando idéias, eu senti suporte e consenso em boa parte da rede. Porque uma das minhas críticas iniciais e alguns dos problemas que eu tinha com essa proposta primeira, era que a gente sempre falava: "Ah, é uma proposta baseada
em Paulo Freire, Paulo Freire, Paulo Freire, e na verdade, só tinha assim um Paulo Freire
light, né? Muito pouquinho Paulo Freire. Para quem realmente estudou Paulo Freire e
acredita na proposta dele. Então, essa foi a primeira dorzinha que eu lembrei, e vamos ver se o pessoal quer resolver isso. Então, outra coisa é que estavam fazendo a fusão de duas linhas pedagógicas que, na minha opinião, não são tão facilmente conciliáveis assim, que é a linha Freiriana com a pedagogia de projetos, que é uma linha mais construtivista. Então, alguma coisa estava se perdendo aí nesse caminho e, eu achei que o que estava se perdendo era Paulo Freire e eu não queria que ele se perdesse.Fui meio que um resgate desse lado, que para mim estava muito perdido. E fora alguns outros problemas porque, como eram
apostilas com exemplos de projetos e tal. A idéia inicial, quando eles fizeram aquela apostila, é que fosse para eles começarem e que depois eles deslanchariam com idéias
próprias. Só que ninguém deslanchou, eles ficaram repetindo, repetindo, repetindo aquilo
ali o tempo todo. Virou modelo. Aí não interessa que turma fosse, que comunidade fosse e ia fazer a mesma coisa sempre. Ali nem existe às vezes aquela problemática, e eles iam lá repetindo. Então, começou a ser pensado também em uma coisa que, a gente pudesse estar tirando ele desse exemplo fechado, mas também não deixando ele sem nada. O que poderíamos ter que fosse mais rico, que fosse rico em conteúdo, rico em material, mas que não fosse tão robozinho assim. Então isso é o que a começou a ser cobrado e, dentro de uma linha Freiriana. Esse foi o objetivo.
REDE CDI
ENCONTROS
Desculpa, esse encontro é o encontro de CDIs regionais. É o encontro que eles fazem de CDIs regionais. Então foram coordenadores pedagógicos de CDIs regionais.
Com a dificuldade de aplicação dessa proposta mesmo. Tentar discutir o que é que estava sendo, o que é que estava acontecendo e tal. E uma coisa que emergiu desse primeiro
encontro, deste primeiro fórum, foi a necessidade de uma comunicação da gente. De uma forma de estar interagindo mesmo quando a gente não consegue estar junto. Então, foi a partir desse fórum que conseguimos buscar uma ferramenta de comunicação à distância, que foi conseguida acho que, um ano depois, uns meses depois. Mas acho que ainda não está ideal aí não.
PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA
Pois é, o que a gente está tentando. Porque na verdade tem vários níveis. Passou do nível de ver o que é que não tem que ser, aí estamos no nível do que é que tem que ser e hoje em dia estamos construindo o que é que queremos ter. Então, o que é que nós queriamos resgatar de Paulo Freire? O que tinha de Paulo Freire, é o que normalmente tem, e se
encontra em muitos materiais, é você falar de Paulo Freire, a questão da crítica à educação tradicional. Ela quer uma educação, nem aquela educação expositiva, tem que ser (inaudível) e normalmente pára aí. E todo mundo pára aí e acho que Paulo é isso. Paulo Freire não é só isso. Paulo Freire é conscientização. Paulo Freire, não interessa o que você esteja aprendendo. Seja botar um prego na parede, seja a costurar, seja a trabalhar com reciclagem ou seja a informática. É você estar usando aquele espaço para que as pessoas
estejam conhecendo o mundo. É o que ele fala: "Não adianta ler palavra, mas eu tenho que ler o mundo, o que está por trás daquela palavra". Então, o que quisemos resgatar de Paulo Freire, é isso mesmo. É esse desenvolvimento, essa consciência crítica, é essa politicidade das pessoas. Politicidade não em termos partidários, obviamente, politicidade porque todo órgão na vida da gente é um órgão político. Porque é o que Paulo Freire coloca: "Nada é neutro nesta vida, se eu me omito ou se eu me, eu não estou sendo neutro, eu estou olhando bem do lado que eu estou". Então, o que queremos, é resgatar esse Paulo Freire. Esse Paulo Freire que trabalha a educação popular fazendo uma leitura do mundo. Que eles pensem a realidade deles, que eles entendam, eles próprios possam estar refletindo por que é que
aquela realidade é assim. Porque só quando conhecemos as raízes, já são as causas da realidade, é que podemos transformar. Então, se falamos isso e aí vocês vão ouvir muito: "Ah, as EICs trabalham projetos, projetos de ação social...". A gente não quer fazer um
projeto vazio,nós não queremos fazer um projeto porque é mais legal informática fazendo uma projetinho, como é a pedagogia de projetos.Queremos que ele faça um projeto de
efetiva mudança em alguma coisa. Mesmo que seja uma coisa pequena, mas que ele, na
cabeça dele saiba todo o básico e necessário para uma mudança real naquela condição a que ele se encontra. Então o que a gente quer, é, um projeto que, por menos que ele seja, ele tenha algumas chances de ser um projeto de estar indo no alvo. Do que um projeto que a pessoa fez só por fazer. Só para passar o tempo, só porque é bonitinho ter um cartaz na parede. E não é isso o que queremos.
PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA APLICAÇÃO
A gente percebe que o educador que temos , que são as pessoas das próprias comunidades. E o pouco tempo que nós temos também de estar do lado dele, acompanhando pelo número de gente que existe, faz com que a gente precise dar uma formação sólida pra esse educador e um material suporte bom para ele ir consultando também sempre que ele precisar. Então, no momento estamos investindo nisso, está construindo isso, e o que queremos é ter um repositório mesmo, um espaço, um banco de recursos que: "Olha, para você trabalhar lá na EIC, para cada atividade do seu plano de curso, você vai lá no banco de recursos e você vai ter diversos exemplos de dinâmicas, diversos textos, diversas sugestões de filmes, de músicas, você vai ter diversos exemplos de planos de aula de outras pessoas que já deram, puseram lá e para poder estar consultando. Quando você tem dificuldade de fazer o seu, você pega o plano do colega e cópia, que ele achou que foi legal e colocou lá. E você vai
estar sabendo como pode estar ensinando a informática aqui nesse momento, nessa
atividade sem ficar um coisa chata, sem ficar uma formação de barra. Então, a gente quer criar isso tudo primeiro, para poder. Agora, lógico que, como é uma coisa que está sendo
construída em conjunto com a rede, alguma coisa já está indo para a conta. Mesmo sem ter esse material construído né? Então, as pessoas já vão se empolgando e formando os seus
educadores e na hora que vão formando já vão colocando mais um pouquinho nesse tempero. Então já vimos um pouco de diferença, com um educador mais preocupado em estar discutindo certas questões, né? E não ficando também só naquela questão de
cidadania. Cidadania é uma questão muito complicada, porque hoje em dia todo projeto social trabalha cidadania. Mas o que é que é trabalhar cidadania. É tão diferente de um
projeto para outro. Então, para nós, cidadania, a gente resolveu de cidadania, é ir no ponto mesmo mais central da questão da cidadania. Que é a questão de participação mesmo, a questão de quem entende esse mundo e que acha capaz de ter voz, de interferir ele.
Então,temos, às vezes, exemplos de EIKES que vêem uma coisa errada, se mobilizam e fazem carta para as autoridades. Em Campinas, vão lá e acompanham. Vão lá e bolam um projeto para o orçamento participativo, acompanham lá as sessões, entendeu? Então, isso já estava na verba de algumas pessoas. Em Campinas, por exemplo, isso já era da
coordenadora pedagógica de lá. e foi baseado nisso que a gente se encontrou e decidiu que o foco ia ser esse. Das pessoas entenderem os seus problemas, ficarem neles e entenderem as causas dele para poder estar agindo. Então, mesmo sem termos isso que queremos, estar construindo esse banco, a gente vê algumas coisas assim, e são coisas interessantes. Mas
ainda não é o resultado que falamos assim: "Ah, o resultado é isso"., é mais do individual
do regional e de cada coordenador pedagógico já está incentivando ou sempre esteve incentivando ações nesse sentido.
CONCEITUAÇÃO CIDADANIA
Já discutimos muito nos primeiros encontros, a gente faz capacitação de um CDI novo, discutimos muito essa questão da cidadania. Porque tem aquela cidadania. Nós não queremos aquele cidadão passivo. Que aceita só aquela cidadania que é concedida para ele e nem.Queremos um cidadão sujeito mesmo. Aquele cidadão ativo. Que na verdade, foram os que conquistaram mesmo direito,de fato, os direitos sociais. E se não intervir nesses direitos ao longo dos anos, vai ficar essa cidadania ativa se fragmentando na individualização. O que é uma pena. A gente tem juntamente, que ressuscitar Paulo Freire aí nessa questão contra essa individualização, esse egoísmo de cada um. Se essas pessoas não se juntarem e não perceberem a força que elas têm no coletivo, eles vão conseguiram muito pouco. Porque sabemos que o nosso trabalho, a parte de informática, ela é importante.Estamos dando a chance de uma pessoa aprender uma tecnologia, que ela não teria de uma outra forma. E ela está se preparando melhor, é uma qualificação profissional sim, por que não. Mas sabemos que nós estamos em um país recessivo, em um país que não oferece tantas oportunidades. Apesar que os jornais começaram a mostrar uma coisa, mas mesmo assim está longe. Está muito longe do que queremos. E a gente sabe as dificuldades de se conseguir um emprego. E um aluno aí, que conseguiu um emprego, mas
que esse emprego custou o desemprego do pai do vizinho dele, não é interessante. Então, se ele for uma pessoa consciente, se e for uma pessoa ativa, um cidadão ativo, se a
comunidade se unir, eles podem tanto estar gerando opções de renda localmente, como estar se unindo à outras mobilizações por mais empregos, por melhores salários, por melhores condições de vida. E, na verdade, eu acho que essa é a maior contribuição que pretendemos dá para essas comunidades.
EIC
AÇÕES COMUNITÁRIAS
Então, a gente tem uma clareza muito grande hoje, que essa proposta não pode ser uma cartilha, não pode ser uma coisa fechada.Ela não pode ser uma coisa engessada . Nós
Temos a consciência de que estamos construindo, o que tem sido chamado de protocolo. Então o que estamos construindo é um protocolo. Um protocolo da formação de educador, um protocolo do que é uma aula de uma EIC, a partir desse protocolo, as diferenças regionais podem ir se inserindo de uma forma ou de outra. Mas sabemos também, que, por outro lado, só um protocolo não é suficiente. A gente quer esse banco de recursos detalhado também por quê? Porque quem não tive ainda se sentindo apto, ou se sentindo à vontade por estar já regionalizando, colocando aí suas cores, seus temperos dentro desse protocolo, tem lá uma coisinha que ele pode lançar mão. Então, queremos que ele tenha a segurança de que ele tem material para consultar, para procurar e aí ele decide: "Ah, eu quero esse material, ou não, ou eu vou fazer do meu jeito.". Mas do meu jeito seguindo esse protocolo que foi construindo pela rede interia em conjunto. O que a gene não quer que as pessoas
deixem de fazer é, eu construi do meu jeito, bota lá dentro também. Para que o outro possa consultar e olhar. Quem sabe ele não gosta, e tira idéias boas também do que cada um fez regionalmente. É isso o que a gente está querendo.
EIC
PROPOSTA POLÍTICA PEDAGÓGICA
Agora, o que a gente está pensando é o seguinte. Primeiro que esse novo plano da EIC, que foi construído no último encontro pela rede inteira junto, ele tem umas coisas bem interessantes. Porque, diferente da outra apostila, que começa a trabalhar em um projeto, um projeto fechadinho, esse novo plano ele, na verdade, trabalho com outras questões. Ele trabalha primeiro o olhar, o aluno chega na EIC, quase sempre, querendo aprender informática. E está pouco ligando para os problemas da comunidade, a grande maioria.
Muitas não, obviamente, mas muitos querem aprender informática para melhorar o
currículo, conseguir um emprego. Sempre no individual. E a primeira coisa que a rede percebeu que precisava ser feita, é estar motivando essa pessoa para o que vai acontecer dentro daquela EIC. Primeiro está contando para ele o que é que vai acontecer, porque também, se ele não quiser ficar, achar muito ruim, ele tem toda a liberdade para sair, para ir embora antes de começar. Não vai ser uma surpresa para ele. E segundo, estar fomentando ele para aquilo que vai acontecer. Então, tem um momento inicial, que é onde fomentamos essa sensibilidade dessa pessoa, esse olhar dos problemas sociais. O que chamamos de fomento é a indignação mesmo. O ser humano perdeu a capacidade de se indignar. É impressionante. Se você não está indignado com o que você vê, você não quer nem saber. Então, na verdade, esse fomento à indignação é o primeiro momento. É estar motivando ele para querer transformar mesmo, para querer passar por aquele processo que queremos que ele passe. Daí, vem um segundo momento que é ele sair e olhar para aquela comunidade mesmo, olhar para aquela realidade com outros olhos mesmo. Com olhos de quem quer
entender o que é que está acontecendo na vida. E, a partir daí, um outro momento que tem sido chamado de conhecer para transformar, que é não ficar só no que eu olho, no que eu sei. Isso é uma coisa que várias avaliações têm visto, a gente têm visto também é que
acaba que a discussão e o olhar ficam muito naquilo que todo mundo já trás. Fica no senso comum, não sai daquilo.
EDUCADOR
CAPACITAÇÃO
Então a gente quer estar promovendo discussões, primeiro com os educadores, para que
eles sejam fortalecidos nessas discussões e nessas temáticas e possam estar discutindo junto com os alunos. Aquela realidade social, a conjuntura social. Então, na verdade, esses
aspectos assim sociais e históricos, é uma coisa que queremos fortalecer no educador. Hoje em dia, no plano de formação do educador, a rede inclui um item super importante.? Que
são as causas da exclusão social da América Latina. Uma pessoa que não entenda isso,
como isso historicamente se construiu, acho que isso é natural, achar que isso é uma coisa que não tem volta. Acho que isso é uma coisa que é transcendente à ele. E não é transcendente. É uma coisa fomos nós que fizemos. A humanidade, né? Então isso é muito importante, uma pessoa que tenha essa base, tenha essa compreensão. Então, se queremos
construir junto com os educadores, para que ele possa, qualquer que seja a discussão que
em sala de aula surja, que seja sobre o rio que está sujo, o vizinho, o número de pessoas que estão desempregadas, seja sobre o grande número de adolescentes que estão grávida e que na verdade as discussões por dentro das EICs, o que os pessoal trás para dentro está sempre no imediato. É sempre a creche que está faltando, é sempre número de adolescentes grávidas, é sempre a poluição, é sempre a sujeira, é sempre o imediato. Sair desse imediato para entender as causas disso, é que achamos fundamental que esteja acontecendo. E é fundamental para caramba, porque temos que dar a base para isso. E a base para isso é tanto uma sólida formação pra o educador, como uma base material para ele estar fazendo isso mesmo. Textos, filmes, histórias, ele tem que apresentar alguma coisa para essa turma. Como fazer com que essa discussão seja dinâmica. Não é uma palestra que ele vai dar.
Então, o que é que ele vai fazer? Ah, vamos fazer alguma coisa, vamos fazer uma
atividade, vamos fazer uma brincadeira, vamos convidar uma pessoa, vamos passar uma fita, um powerpoint, uma pessoa falando isso que tem sido abordado, um powerpoint
explicando, que o CDI tenha feito. Então, na verdade, o que a gente tem que estar fazendo é produzindo esses materiais também. Para que ele possa estar lançando mão dentro da EIC, da forma mais divertida e interessante possível, mas que possa estar passando.
CONCEITUAÇÃO INCLUSÃO
A discussão sobre as causas da exclusão é algo recente. No CDI é recente. Até, não digo
assim, quando eu falo que, no CDI é recente, na verdade é uma tremenda injustiça, porque muitos CDIs regionais já viam a necessidade de fazer por conta própria. No CDI, enquanto parte do material institucional, é uma coisa recente. A gente está trabalhando para construir esses materiais mesmo. A gente quer construir eles em forma talvez, de oficina. Mas isso a gente ainda está discutindo com o pessoal pedagógico, que a gente deve estar se reunindo
agora em outubro e vamos estar vendo a melhor forma de estar construindo esses materiais. Ou a gente faz oficinas soltas, que tanto podem fazer parte da capacitação do educar, como alguém pode estar pegando ela e replicando em um encontro de educadores, os mais
antigos depois que não tenham passado para essa capacitação ou usando em algum momento. Esse formato a gente vai fechar, mas que vai construir vai.
COORDENADOR DE EIC CAPACITAÇÃO
É porque eu tive o prazer e a honra de conviver muitos anos com a Raquel, não sei se ela faz parte das pessoas que você vai entrevistar. Que foi coordenadora da rede CDI durante muitos anos. E que fez tudo isso acontecer, de sentar pertinho da Raquel eu via, tanto ela
sabia das minhas coisas quanto eu sabia um pouquinho das dela também. A capacitação do coordenador é feita por uma equipe no regional, que a gente chama a coordenação de projeto.Tem a pedagógica. Tem a coordenação pedagógica da matriz e a coordenação pedagógica regional. Que é responsável por estar capacitando os educadores. Então, tudo o que acontece nas salas de aula da EIC. E tem a coordenação de projetos da matriz, que
antes ficava dentro da rede CDI, que tem os coordenadores de projetos dos CDIs regionais,
que são os responsáveis, tanto pela renovação do coordenador da EICs, quanto por estar acompanhando essa EIC no sentido da aplicação do modelo de gestão, e de esta
comparecendo também à capacidade delas de serem auto-sustentáveis e tal. O que acontece hoje em dia, é que, muitos CDIs regionais não tem essa pessoa. O coordenador de projeto. Então, essa é uma função que, muitas vezes acaba sendo assumida pelo coordenador pedagógico também. O que gera uma sobrecarga de trabalho na maioria dos projetos.
Quando vocês forem ver os CDIs regionais, vocês vão ver que eles fazem milagres. Então, na formação do coordenador, existe uma material, mas é um material muito simples que, no último encontro a Raquel também, fez um fórum com os coordenadores de projetos e
construiu algumas bases que fez algumas definições mais claras com eles também.
Algumas diretrizes e tal. E a proposta era que teríamos uma consultoria. Uma pessoa externa que viria para estar escrevendo essa capacitação junto da equipe da matriz.
Começou-se a tentar isso, mas foi um projeto que não deu muito certo. Então, a próxima empreitada é estar em conjunto de estar finalizando essa do pedagógico, o núcleo de
projetos sociais que estejam aí ficando, e é a prioridade deles estar focando em um material também de formação desse coordenador. A gente sabe que tem pontos de intersecção desses dois, porque , uma coisa que já sabemos, que já temos muito claro é que, tanto o
educador tem que entender como se dá a coordenação da EIC, quanto o coordenador tem que entender a proposta pedagógica. Senão ela não acontece naquele espaço. Quando o
educador diz, ele vê o educador falando ou fazendo alguma outra atividade com os alunos, ou quando ele pega os alunos e sai ali da EIC para andar na comunidade, ou quando ele faz alguma outra coisa ele tem que estar entendendo por que é que aquilo ali está acontecendo. Ele tem que estar valorizando e respeitando aquilo. Senão ele vai dizer: "Não, isso é besteira, isso não serve para informática, você está perdendo tempo. Por que vai dar um
curso em dois meses fazendo essa baboseira toda, se podia estar dando um curso mais rápido, mais não sei o quê.". Então, tem que ser uma coisa que o coordenador concorde também. É fundamental que a EIC entidade, o coordenador, o educador, todo mundo que está dentro desse projeto tem que estar concordando com isso. Porque se não tiver, é uma
coisa difícil. É uma coisa que requer investimento de pessoas, de tempo, de vontade. Muito é mais simples é ensinar informática. Então, se não se quer só ensinar informática. Então,
se não se quer só ensinar informática, tem que ser uma coisa que todos estejam de acordo, que todos estejam investindo para acontecer. Se o coordenador na EIC não quiser, não
acontece. Se o coordenador regional do CDI não quiser, não acontece. Então, tem que ser um pacto. Se esse pacto não existir, vai acontecer quebrado, não vai acontecer, vai
acontecer de mentirinha, então esse pacto tem que ser firmado.
PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA APLICAÇÃO
Acho que o que dificulta – a aplicação da proposta pedagógica - muito concretamente, é que exige uma formação pesada do educador. E, atualmente, existe o problema de evasão de educadores. Então, isso é uma coisa que a gente vai ter que estar trabalhando muito em cima. Temos experiências interessantes em alguns CDIs, onde a evasão não é relevante. E, acredito eu, em uma análise que eu fiz, em virtude da qualidade de formação desse
educador. O educador, ele tem encontros periódicos, encontros grupais, onde ele se sente,
ele é parte da coordenação pedagógica, isso no CDI do Paraná, por exemplo. Os educadores
são parte da coordenação pedagógica do CDI Paraná, eles se encontram não sei se semanal ou quinzenalmente. Eles vão assistir filme no cinema junto. Eles fazem uma série de
atividades. Isso criou um vínculo entre eles. E uma valorização deles enquanto pessoa. A coordenadora pedagógica do CDI Paraná, a Mírian, semana que vem está defendendo a dissertação de mestrado dela, que é justamente sobre isso. Sobre a formação do educador
para a participação. Seria interessante estar conversando com ela. Então, na verdade a gente viu pelo modelo do CDI Paraná, que a evasão é menos quando existe esse investimento.
Primeiro porque já selecionam um perfil legal.
EDUCADORES PERFIL
O problema que eu sei que a gente vai ter com muito CDIs, que por exemplo, que eram só escolas de informática e selecionavam educadores com um perfil muito técnico, e muitos deles não vão querer estar ficando. E aí vão ter que serem trocados por outros que querem estar ficando para ser educador de verdade. Então, a experiência lá que lá no Paraná mostrou para a gente é que esse educador fica mais tempo. Porque é dito para ele desde o começo que aquilo é um trabalho social que ele está fazendo. Que aquilo não é um
emprego, que aquilo não é só um posto de informática. E se investe nele. Então, eles estudam, eles mesmos se encontram, eles pesquisam textos, eles mesmo comandam,
lideram as reuniões para educador. Então, essa valorização dele, esse investimento nele faz muita diferença. Lógico que alguns saem, mas a maioria fica. Quando eu fui lá na primeira vez, foi muito engraçado, porque eu fui a uma reunião de educadores e eles começaram a se apresentar para mim: "Eu sou fulano da EIC tal, eu sou fulano da EIC tal, eu sou fulano
sem EIC, eu sou fulano sem EIC". Aí eu falei, gente eu nunca vi um educador sem EIC. O que será um educador sem EIC? E depois eles me explicaram que a EIC fecha por algum motivo, às vezes por causa do tráfico, ou alguma coisa assim, mas eles não querem se desvincular do CDI. Então eles continuam indo aos encontros, até que apareça uma outra oportunidade, uma outra EIC de uma comunidade perto.
EIC
DESAFIOS
Então, o investimento pesado no educador e aí é tanto a equipe reduzida do CDI regional estar dando conta de suportar isso. Quanto os educadores estarem permanecendo, para que esse investimento seja suficiente. Então, temos que conciliar, ver qual é o tempo ótimo de formação para a capacidade de cada CDI regional. E isso é o que a gente não sabe ainda. Até onde agente vai estar conseguindo chegar. Na realidade. Na prática.
Outro desafio é esse processo de transição entre entrar só pela informática e saindo e
entrando quem quer realmente abraçar um projeto diferente, uma proposta diferente, ser um educador de verdade. Eu acho que essas duas coisas são os problemas iniciais e os problemas internos mesmo. Da equipe interna do CDI. Fazer esse pacto. Concordar que
essa proposta é importante, que ela tem que ser assim, e que em função dela temos que mudar algumas culturas, mudar a forma de pensar, mudar alguns ares. Eu acho que esses
são os três principais problemas que estamos passando. Que é a questão do tempo mesmo, recursos e estar fazendo esse pacto com todo mundo.
PROPOSTA POLÍTICA PEDAGÓGICA FORMAÇÃO
O que a gente combinou no começo é que, foi uma discussão que começou o pedagógico e fizemos o máximo possível para que as coordenações pedagógicas envolvam educadores nessas reuniões, nessas discussões também. Eu diria que de todos os CDIs que temos
ativamente, não são muitos os que estão participando. Porque tem gente que não tem tempo, tem gente que não tem a cultura de colaborar à distância. Quando está todo mundo fisicamente juntos é uma delícia. Todo mundo está empenhadíssimo, todo mundo está
alegre, todo mundo está fazendo. Não quer nem saber, pode estar de tarde, pode estar de noite e está todo mundo lá trabalhando junto com o maior gás, com o maior empenho. Mas quando você volta para o seu local de trabalho, que você está naquela rotina do dia-a-dia, é que se dá conta de muitas coisas mesmo, acaba que perde esse tempo de estar contribuindo nisso. Então alguns não estão. Alguns estão só olhando mais como observadores, algum, eu acredito que nem estejam e alguns outros estão participando ativamente de tudo. O que
estamos fazendo agora para tentar ver se essa comunicação flui melhor, para tentarmos
envolver mais pessoas nesse processo, vamos experimentar uma idéia que surgiu que foi a de ter um interlocutor pedagógico regional. Cada região, que é composta por mais ou menos cinco CDIs, escolhe um coordenador pedagógico para ser um interlocutor pedagógico junto com a matriz. Então, pela primeira vez eles escolhe, e aí a gente consegue estar trazendo essa pessoa com mais freqüência pra o Rio, para estar dialogando mais com essa pessoa. E, para esse pessoa estar dando um retorno, é mais fácil para ela se reunir com os outros da própria região, ou se é mais fácil para ela fazer um conferência só com quatro pessoas. Ou no chat, no computador, são quatro pessoas e aí podemos entrar também juntos. E fica sendo mediador entre a gente e os regionais. Mas não no sentido de que se rompa a comunicação da matriz com os demais regionais. Mas, para que não tenhamos que ficar repetindo 30 e poucas vezes a mesma coisa.Para 30 e poucos regionais diferentes. Então, essa pessoa, o contato físico ele é, apesar de trabalharmos com informática, ele é insuperável ainda. Não é a mesma coisa. Ainda mais nós, que estamos na rede hoje em dia, não somos dessa geração das crianças que nasceram hoje em dia que são muito virtuais.
Não somos ainda. Então, para a gente, olho no olho é muito importante. Então estamos fazendo essa experiência, vai começar o primeiro encontro agora em outubro, que é justamente estar sentando e esclarecendo. Fazendo um texto oficial da proposta nova e estar fechando melhor o plano de capacitação da EIC, que está muito grande. Dar uma enxugada. E está pensando nesse encontro, como é que ele vai ser no final de novembro. O que é que eles estão precisando e tal. E aí eles voltam para as regionais, discutem com eles e eles fecham a proposta. O texto que vamos estar construindo é um texto inicial também. Que vai ser levado por ele e feitas as mudanças que serão necessárias com certeza.
Na área pedagógica são feitas dessa maneira. Então, eu não vou te dizer que ah, todos. Porque é um mentira. Você vai ao Chile e o Chile não participou por exemplo. Só agora é que eu estou tendo uma comunicação com a Bárbara, mandei para ela o material que já
construímos e tal. Outros lugares nem conseguimos fazer isso, e outros a gente já conseguiu fazer mais do que isso. Nas outras áreas, o que temos sempre tentado fazer. CDI novo por
exemplo, quando vem para capacitar. Todo mundo passa por todas as capacitações.
Oportunidade que temos de encontros regionais. Nesses anos, no encontro regional do nordeste, por exemplo, trabalhamos a reconstrução com todo mundo. Tinha todo mundo, tinha coordenador geral, tinha coordenador administrativo e financeiro, quem estava presente no encontro, foi um momento que ficamos com menos tempo, mas com todo o mundo. Para todo mundo ter conhecimento do que é e tal. E a gente tem cada vez mais que fazer isso, por na verdade, se a manter não investir, em estar sensibilizando as outras áreas, regionalmente fica mais difícil.
CDIs REGIONAIS
RELAÇÃO COM A MATRIZ
É porque a Raquel, ela participava muito. Depois, essa coordenação de projetos ficou meio, com a reestruturação virou a rede CDI, mas com uma função mais de
acompanhamento de projetos junto a parceiros mesmo. E, por excesso de trabalho mesmo e falta de tempo, essa parte acabou ficando um pouquinho esquecida. Justamente por perceber esse problema é que houve justamente a nova estruturação. Então, a área de projetos, com certeza, é a que mais está próxima, é a que mais está presente, agora, as outras áreas, só quando fazemos algum comunicado oficial, quando é feito alguma
apresentação. Mas é mesmo. As outras áreas deveriam estar mais presentes. O Rodrigo sim, de tempos em tempos, a gente faz uma apresentação para ele, para ele ver como é que está. As pessoas novas que entram, acaba, sempre entrando em uma capacitação nossa também. Mas tem pessoas mais antigas que também, estão um pouquinho mais alienada nesse processo.
PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA APLICAÇÃO
Olha, eu não teria assim um exemplo que eu pudesse dar, porque se citamos exemplo vira uma referência. E eu acho que não tenho tanto conhecimento assim para dar uma referência. O que temos hoje em dia, quando eu viajo eu vejo, são EIC dentro de entidades que já tinham essa proposta nos outros projetos dele. Então, por exemplo, tem entidades que já trabalhavam dessa forma no curso de alfabetização de adultos, no curso. Então,
acaba que vai tomando esse rumo também. Então, tem EICs que são assim, muito por conta da entidade. Algumas EICs são outras não, por conta de coordenadores pedagógicos que tinham esse olhar, mas dar um nome assim de um EIKE, eu não daria não para não correr um risco de dar um modelo.
EIC
ACOMPANHAMENTO
Agora a gente está com o monitoramento mínimo. Porque, como é tudo novo, na verdade, não temos muita clareza do que se pergunta, quando construímos o SIG, que foi o sistema de informações gerenciais, tivemos que colocar lá alguns indicadores na parte pedagógica
também. A opção que fizemos, foi por estar colocando indicadores só nessa proposta, mesmo sabendo que os resultados vão parecer horríveis no começo.
Eu queria outros indicadores, mas, na verdade, tivemos uma discussão com o pessoal técnico que estava ajudando a gente a fazer e acharam que o objetivo de indicadores não é tanto. Porque na verdade, eu queria um indicador que me mostrasse se essa proposta presta ou não. E não só se mostrasse se as pessoas estão aplicando ela ou não. Mas acabamos
colocando. Por sugestão das pessoas técnicas que estavam dando consultoria para a gente, só indicadores que verificam se ele está sendo aplicada ou não. Então, adotamos estar verificando se a aplicação da proposta nova, mesmo sabendo que vêm tudo zerado. E optamos pelas avaliações de impacto externo, serem os meios de estar dizendo para nós se a proposta presta ou não. Porque estamos em andamento de idéia agora, que ainda é nessa
fase de transição. e talvez não esteja mostrando muita coisa nesse sentido da proposta nova, mas já vai estar mostrando o que é que está acontecendo nas EIC e estar, de repente, reorientando para melhorarmos alguma coisa nela. E ao longo dos anos, essa avaliação
seria nossa, nosso acompanhamento, nossa visita mesmo. Então, mas o que temos hoje em dia de concreto, e se a proposta está sendo aplicada ou não, que é baseada em uma lista de questões que construímos, que perguntamos se está suprindo as partes todas. Se houve
aquela motivação, se eles saíram para pensar e olhar a comunidade, se na volta tudo o que eles trouxeram foi associado à esse contexto dessa política mais ampla, se pensaram em todas as soluções necessárias para estar resolvendo esse problema, desde a micro até a mais estruturada, se a informática foi usada o tempo todo nesse processo, e tal. Então, na verdade, são umas perguntinhas que fazemos, e que CDI regional responde, que educador
está ou não trabalhando dentro dessa proposta. Obviamente a maioria não, hoje me dia, porque ele nem está bem construída ainda. E aí, aqui na matriz, ainda pioramos mais a
situação, porque só aceitamos resposta dos CDIs que mostraram que já estão capacitando educador pela nova proposta de capacitação de educador também. Porque se ele não tiver capacitado educador dessa forma nova,não aceitamos que ele aplique a proposta. É mais para podermos olhar as coisas também, e poder saber de onde é que vem essa informação.
Se o educador participou da capacitação, se ele está capacitado, p mérito é da EIC, da entidade, não ainda o mérito do CDI. E a gente quer que seja nosso também porque
queremos que todas as EICs, todas as EICs nunca vamos ter. É uma ilusão achar que, em todas as EICs a gente vai ter em todas as EICs a questão da proposta pedagógica. Mas, cada um em um nível, no outro que tenha pelo menos a intenção, que vai despertando a
consciência para isso.
CDI MATRIZ
RELAÇÃO COM CDI REGIONAL
E a gente pretende ficar fazendo sempre. Outra questão que eu acho extremamente importante para a proposta nova, é que estamos computando tempo de investimento na formação do educador. Então isso está sendo computado em todos os CDIs regionais. Então queremos ver que está dentro. Assim com a gente está computando o tempo de investimento da matriz na capacitação os coordenadores pedagógicos regionais, também
estamos com um indicador e qualidade. Tento investir na formação porque sabemos que: "Ah, formei a capacitação e acabou.". Nós sabemos que isso não basta. A capacitação inicial, é um pedacinho de um processo que tem que ser para sempre. E a gente sabe as
dificuldades que as regionais têm de tempo. Então, na verdade, é um tensionando para um lado e um tensionando para o outro e vamos ver onde é que essa corda vai chegar.
ACOMPANHAMENTO AVALIAÇÃO
O SIG não teve repercussão interna na área pedagógica. Até porque, a única repercussão interna que a gente tem é de ver quantos CDIs estão começando a informar ,que estão
capacitando pela capacitação que a rede criou para os educadores. Em termos de EICs
ainda não tem muito que observar porque ainda não está com isso em rede. Só em termos mesmo da carga horária de capacitação. A avaliação externa, eu não peguei, então eu não posso dizer que as decisões foram tomadas em cima dela. Agora, temos uma avaliação
anual da Fundação Vale do Rio Doce. A Fundação Vale do Rio Doce, apoia acho, que cinco CDIs, regionais e todo anos, já a dois anos eles contratam uma dupla de avaliadores do INGARQ, e elas viajam todos esses cinco estados e fazem avaliação, e apresentam para a gente sempre no final do ano. Então, essas tem sempre reagido, temos tentado reagir, mas fica mais a nível desses cinco CDIs. Agora que nós vimos que sabemos que os problemas são de todos os CDIs, se vai ser construindo alguma coisa nesse sentido, obviamente que nós construímos para a rede inteira. Tem a nossa avaliação também, mas a gente não
consegue viajar para todos os lugares. As verbas para a viagem estão dentro dos projetos. Então se é um trabalho para 10 regionais, nós estamos falando daqueles 10 daquele projeto. Alguns acabam ficando mais favorecidos e outros menos. E tem a questão da
avaliação pedagógica dentro da EIC também. Que é uma coisa que sabemos que vai estar
construindo E foi deixando isso para o final porque temos que ter a proposta primeiro, para saber o que é que vai avaliar depois. Então, a próxima empreitada da gente, agora que a gente tem clareza do que é que é essa proposta, é estar pensando em como estar avaliando. É em como estar avaliando se aquele aluno passou pelo processo que agente queria que ele passasse, como estar avaliando se o educador está avaliado da maneira que a queremos que ele seja. Então, é o próximo desafio. Estar fazendo essa avaliação.
Porque temos que dar instrumentos para eles avaliarem o aluno também, tem que estar formando ele para essa avaliação. Ele tem que ser capaz de fazer isso. Então, a gente já tem que estar sentando e estar discutindo isso para que esse material exista. Para que esse banco de recursos, associado a cada atividade, tem que ser também uma proposta de avaliação.
Uma avaliação coerente com a educação que acreditamos, como que queremos formar.
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