Enoti Otokowene Holi - Aventuras na cidadeLalokwarise nasceu na aldeia Marikowa, quando ele nasceu sua mãe estava gestante, ela estava muito doente e com muita fome, seu pai foi na mata com arco e flecha e caçou um macuco, ele de tanta fome foi e comeu o macuco cru. Quando tinha 4 anos ele foi pra barragem, ao chegar não havia armadilha pois o rio tava muito bravo e tinha destruído as armadilhas. Na cultura Enawenê não se come o peixe depois de pegar, é pra assar e come apenas no dia seguinte , porém ele quando criança não sabia dessa regra e comeu o peixe no mesmo dia, isso despertou uma ira na comunidade com ele, isso aconteceu em sua segunda ida quando as armadilhas tinham pego bastante peixe.
Ele tinha os avós naturais, só que tinha outro avô gostava muito dele com ficou avô adotivo, então, ele tanto gostava dos avós naturais como também gostava de avós adotivos, porque avô adotivo levava parar passear, levava para pescar e caçar.
Quando tinha 5 anos ele conheceu o Vincent Cañas que foi o primeiro homem branco a fazer contato com os Enawenê, esse homem foi seu amigo, levou ele pra tomar banho e essas coisas, pouco tempo depois encontraram ele que já havia sido assassinado.
Lalokwarise foi na barragem no rio tinoliwena, e na pescaria do yaõkwa, seu avô falou pra ele participar do ritual e para utilizar a palha do buriti pra ele crescer rápido. Quando ele participou do ritual, seu avô ficou feliz e o elogiou chamando de bonito, e ele também participou pela primeira vez da roça ritual.
Ele e seu cunhado começaram a aprender como construir uma casa, o nome do seu cunhado era Lalowe, isso foi em uma aldeia nova chamada Walalikatekwa, lá eles pegaram palha de buriti, carregaram madeira para que fosse construída a casa.
Como a fome era muita, eles decidiram pescar no rio, eles fizeram também caldo de peixe, mistura de milho, eles roubaram coisas da mãe para comer.
Quando ele se transformou em jovem, ele entendeu...
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Enoti Otokowene Holi - Aventuras na cidade
Lalokwarise nasceu na aldeia Marikowa, quando ele nasceu sua mãe estava gestante, ela estava muito doente e com muita fome, seu pai foi na mata com arco e flecha e caçou um macuco, ele de tanta fome foi e comeu o macuco cru. Quando tinha 4 anos ele foi pra barragem, ao chegar não havia armadilha pois o rio tava muito bravo e tinha destruído as armadilhas. Na cultura Enawenê não se come o peixe depois de pegar, é pra assar e come apenas no dia seguinte , porém ele quando criança não sabia dessa regra e comeu o peixe no mesmo dia, isso despertou uma ira na comunidade com ele, isso aconteceu em sua segunda ida quando as armadilhas tinham pego bastante peixe.
Ele tinha os avós naturais, só que tinha outro avô gostava muito dele com ficou avô adotivo, então, ele tanto gostava dos avós naturais como também gostava de avós adotivos, porque avô adotivo levava parar passear, levava para pescar e caçar.
Quando tinha 5 anos ele conheceu o Vincent Cañas que foi o primeiro homem branco a fazer contato com os Enawenê, esse homem foi seu amigo, levou ele pra tomar banho e essas coisas, pouco tempo depois encontraram ele que já havia sido assassinado.
Lalokwarise foi na barragem no rio tinoliwena, e na pescaria do yaõkwa, seu avô falou pra ele participar do ritual e para utilizar a palha do buriti pra ele crescer rápido. Quando ele participou do ritual, seu avô ficou feliz e o elogiou chamando de bonito, e ele também participou pela primeira vez da roça ritual.
Ele e seu cunhado começaram a aprender como construir uma casa, o nome do seu cunhado era Lalowe, isso foi em uma aldeia nova chamada Walalikatekwa, lá eles pegaram palha de buriti, carregaram madeira para que fosse construída a casa.
Como a fome era muita, eles decidiram pescar no rio, eles fizeram também caldo de peixe, mistura de milho, eles roubaram coisas da mãe para comer.
Quando ele se transformou em jovem, ele entendeu todo o mundo que um homem precisa saber, tanto pescar quanto caçar, ele ia junto com seu pai, mas seu pai não deixava ele voltar rapidamente, por isso ele passou a pescar sozinho para poder ir e voltar quando quisesse.
Antes ele não sabia como fazer arco e flecha, no começo não dava certo, depois ele aprendeu ensinado pelo seu avô adotivo.
Seu cunhado chamou ele na sua casa para colocar a palhinha heroneti, que é um batismo que se coloca no pênis. Então seu cunhado o levou para casa de flauta e o iniciou, isso amedrontou muito ele, afinal como faria xixi? Então quando ele tirou não havia como colocar de volta e ele acabou se machucando, então outro parente o ajudou a colocar novamente essa palhinha do olokoli, isso fez com que sumisse a fraqueza e o cansaço do seu corpo.
Quando ele virou jovem, a equipe do ritual do Derohi foi brincar com ele, essa é a regra do ritual, há muitas brincadeiras e imitações, então eles foram brincar com ele, foi duas vezes que brincaram com ele. Após esse ritual começou o ritual o yaõkwa pelo clã Kayroli, quando começou a pescaria, eles então retornaram pra aldeia, eles estavam ameaçando os anfitriões, mas falaram pra eles que essa não era a regra do yaõkwa, que se fizessem isso teria uma vingança.
Durante o ritual do Totokohi vieram avisar que os invasores estavam abrindo uma estrada dentro da terra indígena. Era uma empresa chamada “Camilo” que estava abrindo uma estrada perto do município Sapezal. Ele estava pagando açúcar e mercadorias para abrir uma estrada dentro da aldeia. Eles estavam achando que estavam recebendo presentes, mas na realidade ele estava querendo apoio pra entrar dentro da terra indígena, quem fazia a tradução desse diálogo era o povo PARECIS, um rapaz chamado Frederico. Haviam 3 tratores, 2 tratores de esteira e uma pá carregadeira.
Foi nessa época que começaram a aprender um pouquinho do português, todo mundo foi pra essa estrada porque falaram que iam receber barco e gasolina, porém o ministério público veio e interrompeu a abertura da estrada sob a denúncia da OPAN e o Camilo acabou preso. Quando ele foi solto, esse Camilo veio conspirar para os Enawenê que a Opan que roubava o dinheiro deles, então os Enawenê se revoltaram, e quando chegou a OPAN, os Enawenê expulsou eles até que descobrissem a verdade.
Outro momento a OPAN chamou os Enawenê para que eles conseguissem se aposentar, foi uma forma que eles propuseram para ganharem um dinheiro, na época era 250 reais. Então eles juntaram a de todo mundo pra comprar o motor do barco. Foi também a OPAN que falou para eles do ECMS ecológico, que é um projeto para preservar a natureza. Quando nós conseguimos projeto ECMS, a Funai disse que também vocês tem que criar instituição para a comunidade então não sabiam o que é associação, eles foram pra aldeia do povo RIKBATSA, aldeia do povo Paresi-Haliti também para ajudar nos Enawene Nawe através deles que conseguiram associação Enawenê Nawê, no mesmo mês que pessoal de Noruega lá da Alemanha conseguiu uma caminhão para comunidade Enawene Nawe, os avós eram inteligentes, eles reivindicavam a questão da estrada e da saúde.
A FUNAI chegou na aldeia e veio avisar a questão da usina hidrelétrica dentro do território Enawenê Nawê, o servidor público veio avisar que iam construir uma usina dentro da comunidade, a empresa procurou a FUNAI que veio avisar a comunidade sobre essa usina hidrelétrica que cortaria o rio dos Enawenê, os Enawenê não ficaram muito satisfeitos com essa notícia, mas a usina acabou acontecendo.
Quando ele se casou pela primeira vez, sua sogra não estava se sentindo muito bem, ela ficou doente e acabou falecendo. Ele tinha casado com uma menina bem novinha, ele perguntou para uma menina: “Por que você não fala comigo? Você não gosta de mim?” A menina respondeu que a mãe orientava ela dessa maneira. Mas ele argumentou que se a mãe já tinha falecido, quem iria cuidar dela? Ele era a pessoa certa, então eles foram morar na casa do irmão do seu sogro.
Houve uma abertura da estrada dentro dos Enawenê, e eles compraram também um carro roubado, o Vincent Cañas que tinha feito o primeiro contato avisou que não era uma boa ideia pois facilitaria a entrada de fazendeiros. Um empresário Ermis milionário, vendedor de diamantes, facilitou a estrada com o objetivo de pegar a madeira da terra. Os Enawenê deixaram abrir a estrada, porém não levaram a riqueza. A primeira estrada era toda enlameada e ficou muito ruim, então foi feita uma nova estrada.
Não foi rapidamente, mas os Enawenê construíram um pedágio nessa estrada. No começo da estrada deu uma confusão pois um Enawenê não dividiu o que tinha acontecido, o jeito foi abrir outro pedágio, porém isso não deu certo, pois quem abriu o segundo também monopolizou o pedágio, então a comunidade no total abriram 5 pedágios. Isso gerou uma grande confusão com o município de Vilhena e Juína se revoltaram, chamaram a polícia, e a resolução foi juntar todos pedágios em um só.
Veio um homem branco que atirou na placa que sinalizava terra indígena, então os Enawenê perseguiram ele e mataram a pessoa. Com isso a família desse homem morto sempre que viam eles jogavam pedras e ameaçavam eles, por isso os Enawenê ficaram 2 anos sem ir na cidade com medo. Veio o bombeiro e os próprios Enawenê deram o corpo dele para a funerária.
Lalokwarise acabou preso porque tinha comprado um carro roubado e estava carregando uma arma dentro, a polícia federal rastreou o carro roubado que ele tinha comprado, então a polícia federal afirmou que ele era o chefe da quadrilha, porém ele não sabia que tinha comprado um carro roubado. Então ele foi pra prisão, e lá passou por um longo interrogatório, lá ele tirou toda sua roupa e botou uma roupa de presidiário. Lá os outros presos perguntaram porque foi preso ele falou que roubou carro e arma, o advogado foi visitá-lo na prisão. Um advogado, o DR Armando que veio visitá-lo na prisão relatando quando ele sairia, ele começou a ter a intuição de que seria solto, e acabou de fato sendo liberado e retornou diretamente para aldeia.
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