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Personagem: Luiz Weis
Por: Museu da Pessoa, 31 de agosto de 2005

Um amigo de longa data: Vladimir Herzog

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Um amigo de longa data: Vladimir Herzog

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Primeiros encontros

Eu cheguei na “Visão”, eu fiquei 1969 e 70 na “Realidade”, aí em 1971 eu fui para a “Visão”. Eu cheguei à “Visão” e conheci o Miguel Urbano, que me levou para me apresentar o Pimenta. Miguel Urbano Rodrigues. Português, PCB, mas, PCP. Extremamente sectário stalinista convicto. Depois foi embora para Portugal e dirigia o “Diário”, em Lisboa, que era o jornal do Partido Comunista Português. E aí eu fiquei conhecendo o pessoal da redação, o Vladimir Herzog, o Marco Antônio Rocha, o Luiz Weis, já estavam lá. E o Vlado logo se aproximou de mim, porque, primeiro, tínhamos assim uma leitura muito parecida de certas coisas. Nosso apreço pelos italianos, Antonio Gramsci, socialismo de face humana, essas coisas. Ele pensava de maneira muito parecida com a minha. E ele me via discutir com os outros lá, porque era uma redação pequena, e todo mundo de esquerda ali, então não tinha muito sigilo, nada. Ele se identificava muito comigo quando me via discutir com Miguel Urbano, com outros também sectários. Até que um dia, ele tomou a iniciativa de me dizer que queria entrar para o partido. E eu carreguei esse peso na consciência. A iniciativa foi dele. Eu não o convoquei, não o mobilizei, não o recrutei, como a gente dizia, ele quis entrar. Isso deve ter sido em 1972, talvez. Entre 71 e 72. Fazíamos algumas reuniões, mas o PCB era contra a violência, era contra a luta armada, tínhamos posições extremamente moderadas, cautelosas, até no exercício da profissão.

Eu não diria que éramos um clube de intelectuais, mas éramos parecidos. Nos reuníamos para discutir como enfrentar a censura, como contornar os obstáculos, mas não significávamos nenhuma ameaça ao governo. Até depois, quando a democracia voltou e tivemos eleições, o número de votos do PCB foi pequeno. Quer dizer, não é que a multidão estivesse apenas aguardando o momento para...

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