P - Eliane, Boa tarde, eu gostaria que você falasse seu nome completo, local e data de nascimento. R-Meu nome é Eliane Garcia Melgaço, eu nasci em Uberlândia em 21/8/67. P - O nome do seu pai e mãe? R-Waldir Melgaço e Eneusa Garcia Melgaço P - Qual era a atividade deles? R - Meu pai foi político, não é mais político mais ele ainda é vivo, ele foi deputado estadual muito tempo e depois ele tentou ser deputado federal e aí ele perdeu e aí ele saiu da política e aí ele foi empresário, ele trabalhou em algumas empresas até do Grupo Algar, na época era do Grupo ABC enfim, e atualmente ele está aposentado e ele é fazendeiro, quer dizer, o programa, o lazer dele é ir para a fazenda mesmo. Minha mãe foi o oposto, era dona de casa, que na época dela mulher não trabalhava aquela coisa toda mas depois dos 45 ela começou a trabalhar e até hoje ela trabalha, ela tem a agência de viagens dela, uma agência de turismo, na verdade é uma diversão pra ela, é um hobbie pra ela... P - Seu pai era político de que partido? R-Arena... na época de que político era boa coisa, que os políticos não eram corruptos e política era uma coisa boa, deixa eu lembrar, eu devia ter uns 12 anos, já eu falei minha idade mesmo, dá pra fazer as contas, tem uns 20 anos, quando ele deixou de ser político. P - E era por Minas Gerais R - Minas Gerais, a gente morava em Belo Horizonte, deputado estadual... P - E como foi sua infância? R - Nossa, minha infância foi toda em Belo Horizonte, a gente morava no prédio dos deputados então era engraçado porque tinha uma turma muito grande naquela época apesar de ser um prédio mas era assim todos eram amigos, um entrava na casa do outro e a gente jogava queimada no prédio, não existia aqueles prédios com estrutura de lazer como hoje mas aí a gente criava campo de vôlei, a meninada, agente brincava de policia e ladrão e um se escondia na casa do outro e aí quando chegava umas 9 e meia mais ou menos as...
Continuar leituraP - Eliane, Boa tarde, eu gostaria que você falasse seu nome completo, local e data de nascimento. R-Meu nome é Eliane Garcia Melgaço, eu nasci em Uberlândia em 21/8/67. P - O nome do seu pai e mãe? R-Waldir Melgaço e Eneusa Garcia Melgaço P - Qual era a atividade deles? R - Meu pai foi político, não é mais político mais ele ainda é vivo, ele foi deputado estadual muito tempo e depois ele tentou ser deputado federal e aí ele perdeu e aí ele saiu da política e aí ele foi empresário, ele trabalhou em algumas empresas até do Grupo Algar, na época era do Grupo ABC enfim, e atualmente ele está aposentado e ele é fazendeiro, quer dizer, o programa, o lazer dele é ir para a fazenda mesmo. Minha mãe foi o oposto, era dona de casa, que na época dela mulher não trabalhava aquela coisa toda mas depois dos 45 ela começou a trabalhar e até hoje ela trabalha, ela tem a agência de viagens dela, uma agência de turismo, na verdade é uma diversão pra ela, é um hobbie pra ela... P - Seu pai era político de que partido? R-Arena... na época de que político era boa coisa, que os políticos não eram corruptos e política era uma coisa boa, deixa eu lembrar, eu devia ter uns 12 anos, já eu falei minha idade mesmo, dá pra fazer as contas, tem uns 20 anos, quando ele deixou de ser político. P - E era por Minas Gerais R - Minas Gerais, a gente morava em Belo Horizonte, deputado estadual... P - E como foi sua infância? R - Nossa, minha infância foi toda em Belo Horizonte, a gente morava no prédio dos deputados então era engraçado porque tinha uma turma muito grande naquela época apesar de ser um prédio mas era assim todos eram amigos, um entrava na casa do outro e a gente jogava queimada no prédio, não existia aqueles prédios com estrutura de lazer como hoje mas aí a gente criava campo de vôlei, a meninada, agente brincava de policia e ladrão e um se escondia na casa do outro e aí quando chegava umas 9 e meia mais ou menos as mães chegavam nas janelas e chamava todo mundo e a meninada ia embora. Depois, quando passou mais tempo meu pai comprou essa fazenda e ele fazia sempre questão da casa cheia, então a gente chamava os amigos, leva fulano, leva ciclano, ele adorava a casa cheia e ele até comprou uma caminhonete, a gente ia atrás, éramos três, quatro irmãos, eu perdi um irmão e na ocasião a gente levava muito amigo então todo final de semana a casa cheia de amigos e nas férias a gente sempre ia pra Uberlândia, nas férias era mudança, a gente ia pra casa da minha avó aqui na granja (Marileusa?) a gente passava 3 meses de férias aqui e aí a gente brincava com o filho do vaqueiro, o tempo inteiro aqui na fazenda e era muito gostoso, pessoal até confunde, pessoal acha que eu morava em Uberlândia mas não porque a gente vinha e ficava literalmente 3 meses aqui nas férias, ia pra praia também as vezes então essas são as recordações que eu tenho da minha infância. P - A fazenda do seu pai era aonde? R - A Fazenda do meu pai era em Pequi, fica a uma hora e meia de Belo Horizonte ,então lá era o lugar onde a família dele toda se reunia e se reúne até hoje então num primeiro momento a gente ficava na casa da minha avó, mãe do meu pai e cada filho, são oito irmãos do meu pai e cada filho tinha um quarto e só no quarto do meu pai era meu pai, minha mãe e três filhos, então quando começou da gente querer levar os amigos ele construiu uma casa onde a gente podia ta levando os amigos mesmo, mais espaço e essa casa está lá até hoje, e é a diversão numero um dele onde ele inventa moda, tem jardim não sei das quantas, lago não sei das contas, a cachoeira, tudo ele dá nome, o mais recente é a cachoeira três irmãs que são as três irmãs ele bota plaquinha na cachoeira então a diversão dele é enfeitar a fazenda e realmente ela é linda. P - E a base eleitoral dele era em Uberlândia? R-A base dele tinha muito de Uberlândia mas ele teve uma decepção muito grande de Uberlândia por conta disso que ele não gosta muito de vir a Uberlândia porque na ocasião, como ele acho que a base dele era Uberlândia, já estava consolidada, ele foi cuida de outras regiões e ele perdeu a eleição e em Uberlândia ele foi mal votado então eu acho que ele tem uma mágoa muito grande disso até hoje. P - Quando ele perdeu a eleição ele não quis prosseguir na política e foi pra fazenda? R-Aí ele não quis mais, ele ficou muito decepcionado com a política mas até hoje você vê que é uma coisa que ele ama, que ele gosta, que ele vai na assembléia, encontra com os ex-deputados, se vê que ele gostam ,mas a política com está hoje... P - Esse prédio dos deputados era onde em Belo Horizonte? R - Esse prédio dos deputados é lá no Sion uma bairro bem alto mas na realidade hoje muitos deputados não estão mais lá, até o Aureliano Chaves morou lá, Mario (Assa?) que era deputado também, Samir Tamuz que é deputado aqui da região, Homero Santos aqui da região eram todos vizinhos, hoje não tem mais ninguém. P/1 E a sua adolescência como foi? R - Também em Belo Horizonte, eu sempre fui muito animada, gostava de dançar, de sair, na escola participava de tudo, de gincana, presidente do grêmio, de turma, aquelas coisas todas, eu estudava no Alcino Fernandez que era pertinho de casa aquela época a gente ia a pé pra escola e depois quando eu fui fazer o 2 grau aí eu estudei no colégio Pitágoras a gente ia de ônibus e voltava de ônibus, normal, tranqüilo, Belo Horizonte era uma cidade muito tranqüila e aí era assim, o programa nosso era ir para a fazenda com os amigos e festinha, adorava e aí eu já não era mais adolescente e eu entrei na faculdade em administração e tranquei um semestre, eu fiz na PUC de Minas Gerais, na época minha prima Ana Marta morava nos Estados Unidos em Nova York eu falei: “-Ah, mãe eu quero ir lá, aprender inglês , eu tinha 18, 19 anos eu tinha acabado de passar e aí eu fui pra lá e fiquei seis meses lá com a Ana Marta estudando lá e viajei, passeei e tudo sozinha, sozinha não tinha uma amiga depois minha irmã foi e nós rodamos tudo ali, passeamos até e depois voltei pra continuar os estudos de administração do curso que eu fiz. P - Como foi seu tempo de faculdade? R - Meu tempo de faculdade foi ótimo, uma coisa que eu sempre quis fazer, eu sonhava em ser executiva e administração de empresas era um negócio que eu sempre quis fazer e foi muito gostoso porque a PUC é uma universidade muito boa, um astral muito legal, de campus universitário, quando eu entrei, eu me formei em 89, então, foi em 84, 85 mais ou menos, não existia tantas universidades como hoje, hoje, proliferou as universidades, em toda esquina tem uma, naquela época só tinha PUC, federal e mais umas duas só. Então a PUC era muito gostoso, eu estudava de manhã, eu me considero uma pessoa previlegiada porque eu pude estudar de manhã e a tarde eu trabalhava com a minha mãe, eu sempre fui uma pessoa muito independente e eu comecei a trabalhar e se eu já era independente, a hora que eu tinha meu dinheiro então ninguém podia falar nada e as vezes eu gastava, comprava roupa, não podia fazer nada e a minha irmã falava : - você gasta E eu falava: - o dinheiro é meu, eu faço que eu quero e...eu sempre fui muito assim, independente com a minhas coisas e comecei a trabalhar muito cedo, nova, foi uma coisa muito boa que propiciou essa independência. Mas eu fazia faculdade, natação, e na minha adolescência eu fiz balé também, amo balé, fiz 11 anos de balé, meu sonho era ser bailarina e por conta do balé eu fiz francês e piano e balé clássico que não tem nada a ver com...você olhava ...nossa , mas você é uma pessoa tão agitada porque o balé era uma terapia porque quando eu chegava no Balé eu acalmava e eu ia a pé , eu morava no Sion e o balé é no palácio das artes, não sei se você conhece Belo Horizonte...eu ia a pé pro balé, fazia uma hora, voltava, fazia mais uma hora de Jazz que é uma coisa que eu sempre gostei que foi dança. P - Você chegava a se apresentar? R’Até no corpo de baile, quando eu me formei que eu ia fazer parte do corpo de baile do palácio das artes aí eu tinha que fazer uma opção e teria que fazer a faculdade a noite porque o balé você tinha que treina todo dia de 9 da manhã até as 3 da tarde e aí eu preferi fazer outras aulas e não entrei no corpo de baile que na realidade meu lado profissional falou um pouco mais alto que o lado de artista, meio de ser bailarina e aí foi quando você começa a estudar, fazer outras coisas e não vai sobrando tempo pro balé. P - Esse desejo que você de ser executiva tinha a ver um pouco com o que você vivia na família? R - Não, não tinha a ver, muito pouco porque na realidade meu pai era deputado e minha mãe não trabalhava então assim, tinha a coisa de Uberlândia, tinha coisa da Algar, mas a gente só vinha aqui nas férias ,aí o vovô levava a gente lá no CTBC, lá na empresa, eu ficava um pouco maravilhada com aquilo tudo, na época a CTBC era lá na Machado de Assis, tinha a sala dele, mas não sei se foi aquilo tudo que me influenciou ou... pode ter sido, nunca analisei pra ver se foi. P - Como era a relação com seus avós? R - O vovô era um avô super coruja né? Eu lembro dele...(choro), ele sempre teve uma preocupação muito grande com a família, com as netas, sempre que viajava ele trazia presente pra gente, no café da manhã ele não deixava faltar pão que ele gostava muito de pão e então quando a gente chegava ele já partia, que era o bico e ele falava : “- o seu bicao já está preparado”, eu gostava de comer com café e açúcar e toda vez que a gente ia embora ele tinha uma preocupação muito grande e ele vinha com um envelopinho com dinheiro pra gente pôr na poupança então ele tinha essa preocupação com a gente de estudar de se formar e muito carinho, tanto ele, quanto a vovó, tanto que até hoje a minha vó é uma extensão da minha mãe que como a minha mãe mora em Belo Horizonte , a minha vó é meio que minha mãe, então sempre foi uma relação muito forte com meus avós maternos até por essa questão de todas as férias a gente ficar três meses aqui e de todo carinho que eles tinham então eu sinto falta dele que eu acho que ele podia ter passado muito mais coisas, se ele tivesse aqui, o que ele ia achar disso, que ele ia pensar do grupo hoje, que direção que ele acha que a gente podia ta indo e vejo as histórias, a gente aprende muito ouvindo o que as pessoas achavam dele, então tenho uma admiração muito grande mas mais por carinho que ele tinha com a gente. E aquela visão dele, naquela época, minha mãe foi uma das primeiras mulheres que teve carro, ninguém tinha carro, então ele tinha uma visão, minha mãe foi estudar no Rio de Janeiro, mulher nem estudava naquela época e depois ela conhece meu pai que é cabeça tapada e faz ela largar de estudar pra casar, enfim, é a vida, mas eu acho que se ela tivesse seguido essa linha profissional dela, hoje ela seria uma executiva de sucesso, mas enfim, ela buscou a felicidade de outra forma, mas então a gente vê como tanto do lado pessoal como do lado profissional como ele enxergava longe, ele levou a família inteira pra Europa, numa ocasião ele teve uma homenagem em Portugal ele levou a família inteira, ele fez questão de mostrar todo o país pra gente conhecer, outro país, outro mundo e então eu acho que essa visão dele passou pra família e ao mesmo tempo que ele era muito bravo ele era muito amoroso com a minha avó. P - Como se deu essa sua passagem pra ________________________________? R - Na realidade uma coisa que ele passou pra gente, que a gente via, tinha uma preocupação com as outras pessoas, de levar o progresso, ele tinha prazer nisso, para as comunidades, a gente via cidadezinhas que ele levava telefone lá, tinha nem correio nem nada, e eu acho assim, na minha vida profissional, eu comecei como trainee no Banco Nacional na área de marketing de relacionamento, uma área nova na época, depois o Nacional virou Unibanco e eu também na área comercial e depois eu tive oportunidade de trabalhar com empresa do grupo, empresa de TV a cabo e na ocasião meu ex-marido foi pro Rio e eu fui também, trabalhei em outras empresas, na ATL e depois me separei e eu fui pra Belo Horizonte, dei um tempo, fiquei um ano e meio pensando o que é que eu vou fazer da minha vida agora? E eu até vi aquela menina do Pão de Açúcar e comecei a fica meio que ligada, vi a Viviane Senna no Instituto Ayrton Senna e me aproximei dos projetos que a empresa fazia e me deu aquela idéia de montar um instituto Algar de responsabilidade social, é uma coisa nova que está nascendo agora, num conceito novo então na ocasião eu não tinha nenhuma experiência disso aí eu montei um grupo de trabalho aqui na empresa, já tinha uma idéia de montar mas não tinha ninguém tocando essa coisa e eu conversei com o ______ e ele me deu carta branca pra tocar o projeto e aí eu fui conhecer outras fundações como a Belgo-Mineira, Instituto Telemig-Celular , vários institutos e aí fizemos um projeto de como é que funcionaria o instituto Algar, e apresentamos pro comitê da empresa que aprovou e então o instituto esta aí há um ano e meio, e ele está gatinhando ainda e nos estamos tentando entender como é que nós vamos conduzir essas questões e foi assim que surgiu o instituto e daí eu voltei pra Uberlândia, que eu nunca morei aqui, não, morei sim,morei um tempo e é que eu mudei tanto que eu até esqueço. P - E a sua experiência em Washington aconteceu quando? R - Em Washington foi assim, logo que eu me formei e me casei em 89 e meu ex-marido então tinha a idéia de estar fazendo mestrado lá fora e aí eu pensei vamos fazer os dois, na ocasião meu primo Luis Alexandre estudava lá e abriu caminho pra gente nas universidades e a gente começou toda aquela peregrinação de estudar, fazer prova, fazer o Toffel, e ________ e fizemos todas as aplicações pra universidades e ele foi pra George Washington e eu estudei na Ketley University que era onde o Luis Alexandre estava e foi uma experiência muito boa que foi assim a gente casou no dia e fomos embora no outro , a lua de mel nós fomos pra Disney depois nós fomos pra Washington e ficamos 2 anos e meio lá e foi pelo estudo e por mora lá fora foi uma experiência muito boa, eu era novinha, 22 anos e agente tinha um ávida de estudante, era recém- casada mas a vida de estudante e quando tinha feriado a gente viajava e passeava muito e conhecemos outra cultura e foi legal e depois disso foi outra mudança que eu morei a vida inteira em Belo Horizonte depois que eu saí de lá eu só mudo née aí ele arrumou emprego no Rio e nós fomos pro Rio de Janeiro e eu morria de medo mas quando a gente chegou lá eu adorei e adoro o Rio de Janeiro e morei lá 7 anos e daí ele arrumou emprego em Uberlândia, nem era na Algar e viemos pra Uberlândia e eu trabalhei numa das empresas do Grupo Algar que foi TV a cabo e depois ele voltamos pro Rio e dessa última vez e aí eu tive um filho carioca e outro em Uberlândia e tenho um casal de filhos e quando a gente voltou pro Rio a gente acabou se separando e eu fui pra Belo Horizonte, fiquei um ano e meio onde eu conheci meu atual marido e voltei pra Uberlândia e minha vida assim e espero ficar por aqui. P - Seus filhos tem que idade? R - 4 e 6 anos, e depois que tudo isso acontece, você fica assim...eu to construindo uma casa aqui em Uberlândia então estou morando em Uberlândia mas não sei se fico ou não mas espero que sim, aposto e vou trabalhar no instituto enquanto eu tiver feliz nele eu vou estar trabalhando com ele. P - E como você vê o PGP e vocês estão aí dentro com um trabalho de trazer a responsabilidade social pro dia a dia da CTBC? R - Eu vejo o PGP como um projeto que dentro do instituto tem os projetos sociais que agente trabalha com a comunidade e tem a questão da gestão de responsabilidade nas empresa mas na verdade não é o instituto que vai fazer isso, são as pessoas nas empresas, o instituto vai ser um mobilizador, sensibilizar as pessoas para essa causa e eu vejo no PGP até no Alexandre, no Zé Mauro, as pessoas que coordenam o PGP um apoio muito grande na sustentabilidade dos negócios e o PGP é um caminho estruturado e respeitado na empresa e a idéia é que essas coisas caminhem juntas e que as pessoas enxerguem no dia a dia oportunidades de estar colocando em prática a responsabilidade social internamente nos negócios da empresa tornando-a cada vez mais sustentável. Estamos num caminho de mudanças e até estava num curso agora, a questão da governança corporativa, “onde passa de”a coisa de (Stock holder?) a questão voltada apenas para o acionista, era o (Stopholder para o Stockholder?) stockholder era só ação e stakeholder e quando a empresa não pode estar só preocupada...óbvio que pro acionista o retorno é super importante porque senão a empresa não vão existir mas a empresa tem que estar preocupada com o __________, com o meio ambiente, questões sociais, público inter não precisa nem dizer que é básico mas é uma questão de mudança de visão das pessoas e empresa e através do PGP é uma forma prática das pessoas estarem colocando empratica essas questões no dia a dia da empresa. P - Dentro desse conceito então o projeto de memória local seria uma ação? R - É um projeto social que a gente desenvolve com as crianças e ele faz parte do guarda-chuva de projetos do Instituto Algar. P - _________________________? R - Eu acho que esses projetos do instituto eles vem complementar um trabalho da escola pública que infelizmente não tem uma qualidade que a gente gostaria mas ele complementa o trabalho de uma forma lúdica em questões que são super importantes pra formação da cidadania das crianças e não tem nada mais gostoso que você estudar a história da sua cidade ou do seu bairro entrevistando pessoas e conhecendo a história, ao vivo e a cores, e não nos livros que é muito monótono então a metodologia desse trabalho é muito interessante e as pessoas que participam dele nunca vão esquecer, coisa que se você me perguntar eu não sei, a história de Belo Horizonte, a história do meu bairro eu não estudei e se estudei não me lembro então eu acho que essa forma que a gente trabalha com as crianças ajuda a desenvolver esse outro lado, que as vezes as escolas nem tem tempo pois elas tem que estar desenvolvendo as disciplinas regulares. P - E o projeto de Centro da memória, como é que você vê isso? R - Eu acho que ele é fundamental mas não estamos ainda sabendo usar ele muito bem, nós temos um acervo enorme assim com Algar tem um conteúdo de reuniões, de conhecimento, a própria Uni-algar e esse acervo agora que é o registro da história das pessoas que fazem a história da empresa mas nós tempos que saber como mostrar isso para as pessoas, então uma exposição é muito pouco, teria que ser permanente, talvez a idéia do museu junto ao instituto talvez, mas então as pessoas novas que estão entrando no grupo vão conhecer as histórias das pessoas que fizeram a história, então eu acho que esse trabalho é super importante mas temos que achar uma maneira de estar mostrando para as pessoas conhecerem mais. P - Seria dar um caráter pra gestão do conhecimento mesmo _______? R - É, não deixar em estoque né?, não adianta você ter um mundo de coisa e estar guardado e estocado, as fitas e os depoimentos, eu acho que em alguns momentos pontuais a gente faz, ele tem que fazer parte de um processo , tem que ver como, talvez até via Uni-Algar, mas dentro de um processo de conhecimento, do grupo e depois da comunidade, até porque há depoimentos de pessoas da comunidade, não só da empresa. P - Qual o maior desafio? R - O maior desafio são duas coisas, um com relação ao instituto e aos projetos sociais eé a gente entender como é que a gente pode efetivamente contribuindo para a educação das crianças que é o nosso foco, mas a gente conseguir medir se a gente foi realmente efetivo e contribui para essa melhoria, sei que o nosso projeto é estruturado e pontual mas eu gostaria muito de enxergar isso de alguma forma. O outro desafio dentro dessa questão é a gente conseguir também, porque nós temos vários projetos das empresa que atuam de formas diferentes, então tem o Museu do futuro da pessoa que trabalha com a memória local, tem o Escola de futuro, tem o Projeto Encantar, são trabalhos que atuam de formas diferente então eu acho que talvez a gente tinha que ter um projeto único ou um projeto que contemplasse tudo isso e que desse oportunidade para todas as empresas do grupo participarem, não apenas as mais abastadas como a CTBC no caso e também desse a chance para as pessoas do grupo participarem. Nós lançamos um programa de voluntariado mas é dos associados, então ele só cria a estrutura mas ele é dos associados e então a gente tem esse desafio, de como envolver as empresas mais nos projetos e de um outro projeto que de para as outras empresas participarem e de um outro lado com relação a gestão de responsabilidade social, é o meu sonho é que a Algar seja efetivamente uma empresa que tenha negócios sustentáveis e que se preocupe com questões de meio-ambiente e que não é novidade pra ninguém a questão da água, dos recursos naturais, nós não precisamos acabar a água pra tomar atitude e isso tem que partir das empresas e muito porque a forca delas é muito grande e eu tenho esse sonho e a Algar tem tudo pra ser isso e ser pioneira e estar colocando isso no seu planejamento estratégico, não no instituto mas a Algar estar colocando isso no seu planejamento estratégico. P - E a Eliane fora do instituto, quais são seus hobbies? R - Eu divido isso muito bem, isso é uma coisa que isso eu não vou herdar do meu avô não, que ele trabalhava e tal, eu acho que a gente tem que cada vez mais buscar o equilíbrio das coisas e que eu não abro mão e hoje até com os meninos, a gente tem pouco tempo para as crianças, eles crescem muito rápido, então 6:15, 6:30 eu vou embora, eu largo tudo, porque se você ficar lá até as 10 vai ter trabalho e se você for embora as 6:30 ninguém vai morrer por isso e meus filhos estão em casa sozinhos e eu chego em casa eu não gosto de televisão, aí eu sento com eles, vou brincar, também tem dia que eu não estou com vontade de brincar e eu falo pra eles: “-hoje mamãe esta cansada, não quero brincar e vocês vão ver desenho” e pronto. Então meu ritual é esse, de manha eu faço ginástica, estou tentando fazer uma ioga, que eu sou muito ansiosa até com essas questões pra resolver, pra acontecer, pra fazer no instituto mas com o decorrer do tempo eu amadureci muito, eu acalmei um pouco, preciso melhorar mais e tento me aperfeiçoar mais e tudo tem o seu tempo e eu acho que cobram muito da gente, você tem que fazer isso, e aquilo e...eu estou num tempo agora que os meus filhos estão crescendo, eu vou ter o resto da minha vida pra estudar, o tio Luis estuda até hoje , então eu sei o que eu vou querer estudar de novo, vou fazer uns dois cursos, mas esse não é o momento, eu não abro a mão do meu sábado, das minhas noites com meus filhos, então eu acho que é uma questão de você estar com um equilíbrio ,porque você tem que fazer inglês, fazer isso , fazer aquilo e a gente claro que óbvio tem que ser boa mãe, boa isso, boa aquilo, boa tudo e é assim eu falo: “-gente não marca compromisso pra mim sábado que é dia que eu fico com meu marido, com meus filhos, sábado e domingo eu não gosto, compromisso a noite assim não gosto, se tiver que fazer até faço mas não gosto, então essa coisa de buscar o equilíbrio, as vezes fico cansada mas... vê a família, ir a Belo Horizonte uma vez por mês ver a minha mãe, ver a minha avó que esta aqui toda semana, fica nessa de trabalho e trabalho não é legal, não é legal. P - O que você achou de dar entrevista? R - Achei legal até por isso, no corre-corre do dia a dia a gente acaba não parando nem pra pensar, por isso acho que a ioga é bom, quero fazer um dia meditação que é um momento de parar e pensar na sua vida e quando você conta um pouco das coisa que você realizou, você dá mais valor, eu passei por isso tudo, que nem a minha agenda eu penso assim,ah será que eu vou sobreviver, passa logo e passou então é legal quando você da uma olhada assim pra trás a minha infância eu nunca lembrava como foi minha adolescência, porque na verdade minha vida foi toda muito boa, ótima , maravilhosa, excelente, e então estou constatando aqui que a minha vida é ótima. P - Queria agradecer aqui a entrevista R - Gostei de participar, vocês até me fizeram chorar...
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