Um fato inusitado em São Paulo. Resido no Ipiranga, berço da independência do Brasil, bairro que dista 8 km do centro de São Paulo. Fomos à cidade de ônibus elétrico, eu e meu filho, Marcel. Descemos no Pátio do Colégio, região central da metrópole. Após descer, na calçada, dei por falta da carteira e, pensando rápido, concluímos que ela havia ficado no coletivo. O ônibus já estava andando. Esboçamos uma corrida atrás dele, mas não deu tempo. Lá estávamos – mãe e filho –, no centro de São Paulo, sem lenço e sem documento, como diz a música O passeio? As compras? Nem pensar Então começou a epopéia: fomos ao banco sustar o talão cheques, liguei para o marido avisando do ocorrido e nos dirigimos à Delegacia de Polícia mais próxima, na Rua da Glória, a fim de fazer um Boletim de Ocorrência, porque todos os documentos estavam na carteira, além do dinheiro Depois de um bom tempo sentados, aguardando nossa vez, um funcionário interno da Delegacia chegou na sala de espera e perguntou: – Tem aqui alguma Mercedes? – Sim – Uma ligação pra senhora. – Pra mim?? – Eu ainda não tinha um celular. Para minha surpresa era o Marcos meu bem, meu marido. – Mê, deduzi que você estaria aí nessa Delegacia e liguei. Pode voltar pra casa. Acharam a carteira. – Mas como foi isso? Como te contataram? – Um boy de serviços externos a encontrou num canto do ônibus. Levou para a empresa e a entregou ao chefe. Dentro tinha meu número de telefone do serviço. O chefe ligou pra mim, fez algumas perguntas e combinou que vai mandar um moto-boy entregar, pois, coincidentemente, ele trabalha no Círculo Social do Ipiranga, bem pertinho de nossa casa. Pode voltar então, não precisa fazer nada aí. Ôoo alegria Então, felizes da vida, retornamos de ônibus para casa, juntando todo dinheirinho e moedas que o Marcel tinha nos bolsos Graças a Deus que ainda existem pessoas com integridade e...
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Um fato inusitado em São Paulo. Resido no Ipiranga, berço da independência do Brasil, bairro que dista 8 km do centro de São Paulo. Fomos à cidade de ônibus elétrico, eu e meu filho, Marcel. Descemos no Pátio do Colégio, região central da metrópole. Após descer, na calçada, dei por falta da carteira e, pensando rápido, concluímos que ela havia ficado no coletivo. O ônibus já estava andando. Esboçamos uma corrida atrás dele, mas não deu tempo. Lá estávamos – mãe e filho –, no centro de São Paulo, sem lenço e sem documento, como diz a música O passeio? As compras? Nem pensar Então começou a epopéia: fomos ao banco sustar o talão cheques, liguei para o marido avisando do ocorrido e nos dirigimos à Delegacia de Polícia mais próxima, na Rua da Glória, a fim de fazer um Boletim de Ocorrência, porque todos os documentos estavam na carteira, além do dinheiro Depois de um bom tempo sentados, aguardando nossa vez, um funcionário interno da Delegacia chegou na sala de espera e perguntou: – Tem aqui alguma Mercedes? – Sim – Uma ligação pra senhora. – Pra mim?? – Eu ainda não tinha um celular. Para minha surpresa era o Marcos meu bem, meu marido. – Mê, deduzi que você estaria aí nessa Delegacia e liguei. Pode voltar pra casa. Acharam a carteira. – Mas como foi isso? Como te contataram? – Um boy de serviços externos a encontrou num canto do ônibus. Levou para a empresa e a entregou ao chefe. Dentro tinha meu número de telefone do serviço. O chefe ligou pra mim, fez algumas perguntas e combinou que vai mandar um moto-boy entregar, pois, coincidentemente, ele trabalha no Círculo Social do Ipiranga, bem pertinho de nossa casa. Pode voltar então, não precisa fazer nada aí. Ôoo alegria Então, felizes da vida, retornamos de ônibus para casa, juntando todo dinheirinho e moedas que o Marcel tinha nos bolsos Graças a Deus que ainda existem pessoas com integridade e bom coração nesta São Paulo Pois em uma cidade com mais de 19 milhões de habitantes alguém encontrar uma carteira com dinheiro, num coletivo, no centro da cidade e ainda entregar em casa... não é nada comum ocorrer nestes dias. A carteira estava intacta À noite, liguei para o celular do chefe que mandou entregá-la, agradecendo muito a ele e principalmente ao seu subordinado, pela gentileza tão singular, pela honestidade e também pelo gesto nobre e digno de louvor Só mais um detalhe: ao entrarmos em casa, outra surpresa: A CARTEIRA JÁ ESTAVA LÁ – ELA CHEGOU BEM ANTES DE NÓS (História enviada em janeiro de 2010)
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