IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Edmar Ferreira da Cruz, nasci em Natal, Rio Grande do Norte, em 4 de abril de 1962. INGRESSO NA PETROBRAS Fiz o concurso acho que março de 82 e entrei, em 3 de maio de 1982. Na realidade, eu estava querendo uma independência financeira, não depender mais dos familiares, e resolvi fazer o concurso e ingressar como petroleiro. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Entrei na perfuração, praticante de plataformista, e depois, torrista. Hoje sou operador. Fiz concurso aqui em Natal, só que eu fui admitido na Bahia e, após a Bahia, fui para o Amazonas. Aí retornei para cá. Na Amazonia, eu trabalhei no Maranhão, trabalhei no Alto Amazonas, no Baixo Amazonas, no próprio Pará, na fronteira, Cruzeiro do Sul. UNIDADE - UN-BSOL Coisas interessantes que ocorria com a gente lá. Era impactante, o tipo de vôo que a gente encarava. Pegava um BC-3, que foi o avião que tinha sido projetado para a guerra. Uma viagem, que hoje se faz em uma hora e meia, duas horas, a gente fazia em quatro horas. Às vezes, o BC-3 parava os motores. Muitas vezes, a gente chegava quase sem motor, nas cidades de apoio. É uma coisa que marcou muito naquela época. De 15 em 15 dias, a gente pegava esse vôo, era sacrificante. Na época, trabalhava 15 dias, folgava 15 dias. Perfuração é uma coisa bastante dinâmica e não pode parar. Milhões de dólares estão envolvidos naquilo, então, você tem que suar a camisa mesmo. Bastante pesado e sacrificante. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Na Bahia, passei os 45 dias só estudando. Na Amazônia, trabalhando mesmo, fazendo perfuração de poços, extração de gás natural. Eu não cheguei, no Amazonas, a trabalhar com o petróleo mesmo, era mais com gás natural. LAZER A coisa mais engraçada que houve, foi uma certa vez, que a gente teve de construir, tipo assim, um bar dentro da floresta. Se mandou buscar umas garotas e, todo horário de folga, íamos para esse bar, tomar cerveja e...
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IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Edmar Ferreira da Cruz, nasci em Natal, Rio Grande do Norte, em 4 de abril de 1962. INGRESSO NA PETROBRAS Fiz o concurso acho que março de 82 e entrei, em 3 de maio de 1982. Na realidade, eu estava querendo uma independência financeira, não depender mais dos familiares, e resolvi fazer o concurso e ingressar como petroleiro. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Entrei na perfuração, praticante de plataformista, e depois, torrista. Hoje sou operador. Fiz concurso aqui em Natal, só que eu fui admitido na Bahia e, após a Bahia, fui para o Amazonas. Aí retornei para cá. Na Amazonia, eu trabalhei no Maranhão, trabalhei no Alto Amazonas, no Baixo Amazonas, no próprio Pará, na fronteira, Cruzeiro do Sul. UNIDADE - UN-BSOL Coisas interessantes que ocorria com a gente lá. Era impactante, o tipo de vôo que a gente encarava. Pegava um BC-3, que foi o avião que tinha sido projetado para a guerra. Uma viagem, que hoje se faz em uma hora e meia, duas horas, a gente fazia em quatro horas. Às vezes, o BC-3 parava os motores. Muitas vezes, a gente chegava quase sem motor, nas cidades de apoio. É uma coisa que marcou muito naquela época. De 15 em 15 dias, a gente pegava esse vôo, era sacrificante. Na época, trabalhava 15 dias, folgava 15 dias. Perfuração é uma coisa bastante dinâmica e não pode parar. Milhões de dólares estão envolvidos naquilo, então, você tem que suar a camisa mesmo. Bastante pesado e sacrificante. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Na Bahia, passei os 45 dias só estudando. Na Amazônia, trabalhando mesmo, fazendo perfuração de poços, extração de gás natural. Eu não cheguei, no Amazonas, a trabalhar com o petróleo mesmo, era mais com gás natural. LAZER A coisa mais engraçada que houve, foi uma certa vez, que a gente teve de construir, tipo assim, um bar dentro da floresta. Se mandou buscar umas garotas e, todo horário de folga, íamos para esse bar, tomar cerveja e curtir com essas meninas. Esse foi um negócio bem interessante, mesmo. Outra coisa, a gente pegava uma lancha, à noite, para ir para as festas no rio, na escuridão. Isso a gente fez muito também ,naquela época. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Eu passei de junho de 82 a julho de 87, lá no Amazonas. Passei cinco anos e alguma coisa, então vim transferido, na realidade, eu vim emprestado. Um amigo nosso lá, o Clodoaldo, foi transferido e não pode vir, porque a família dele era numerosa, tinha 22 filhos. Então, foi sugerido meu nome para vir no lugar dele, Como eu era daqui de Natal já, foi só uma questão de acerto. Eu vim na mesma função, trabalhando como torrista. Trabalhava na torre, fazia manobras, trabalhava com fluido. Passei mais três anos, em Mossoró. Mossoró é uma loucura. No Amazonas a gente trabalhava seis meses, oito meses, um ano em um só poço. Em Mossoró, cheguei a fazer 10, 11 poços em 14 dias. Era uma coisa louca, não tinha local fixo, ficava de sonda em sonda, fazendo. Então em 1990, fui para o pólo Guamaré trabalhar na UPGN e estou até hoje trabalhando. Lá em Guamaré, trabalho com processamento de gás. A gente processa o gás natural para retirar o GLP, que é o gás de cozinha, o gás butano. A gente recebe a matéria prima, processa ela toda na unidade e converte, em gás GLP, para a venda. Esse é o nosso processo lá. É liberada uma parte como gasolina natural e outra parte como GLP. Tem a unidade também de óleo diesel, só que eu não trabalho com a parte do óleo diesel, trabalho mais com a GLP. SEGURANÇA DO TRABALHO O que tem que se deixar bem claro e estabelecer, para nós petroleiros, é a segurança. É a coisa, que tem que ser mais forte em todas as áreas, em termos de Petrobrás. Isso a gente tenta preservar, esse lado de segurança. A segurança quem faz somos nós, cada um. Fica incumbido, penetrado nas nossas veias, esse tipo de segurança. Existe um setor de SMS, que é de segurança, mas na realidade, todos nós fazemos, damos essa contribuição de segurança. Acho que é a coisa mais importante ,hoje, que a gente tem que preservar. SINDICATO Sou sindicalizado. O sindicato sempre mantém acesa essa chama. Essa bola, que ele levanta quanto à preservação, à segurança, ao ativo operacional. Para sempre manter e preservar, não o nosso patrimônio como o de todos, os empregados. Então o sindicato bate muito nessa tecla, sempre está exigindo concurso da empresa para manter o quadro, como na realidade é para ser, bastante representativo. Você sabe, que a empresa passou por uma uma certa época, passou por uma demissão voluntária, o pessoal se desligava do quadro. Então deu uma diminuída, acho que uns três, quatro anos atrás, coisa desse tipo. O processo de demissão voluntária foi uma campanha até do governo federal. O que é importante, é que a chama, essa chama do sindicato, se mantenha acesa e sempre se busque o melhor relacionamento possível, entre ambas as entidades. Isso é que é interessante, para se chegar a algum denominador comum, Sindicato, Petrobrás. Para a gente convergir sempre para um mesmo ponto, um ponto bastante significativo, de melhora para Nação. CULTURA PETROBRAS Eu acho, que é uma das empresas mais significativas, em relação ao desenvolvimento brasileiro, nesses últimos 20 ou 30 anos. Uma coisa extraordinária Antigamente, na época que entrei, se falava em atingir a meta de um milhão de barris. Hoje, a gente está aí, com um milhão e meio de barris, quase dois milhões já. Isso aí,realmente, o lado econômico do país, necessita muito. Vejo com bons olhos esse desenvolvimento, que a empresa fez por si só. Uma das empresas, que é uma das melhores do ramo, no mundo. Então acho bastante significativo, em termos de desenvolvimento para o País. ENTREVISTA Excelente idéia. Acho que devem ser criados mais projetos dessa maneira. Isso aí faz, com que, nossa memória se mantenha viva e a nossa chama acesa.
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