Sempre tive uma vida comum, simples, não faltava o essencial e tinha meus pais como referência, até que em agosto de 2013 minha mãe faleceu e em 2016 meu pai, claro que fiquei perdida porque não é fácil perder um, imagina dois e logo a mãe de cara... Quando estava começando a superar a perda da minha mãe, recebi outro baque e foi nessa fase que comecei a refletir na minha vida. Não me perdi como muitos filhos que perdem os pais porque se revoltam, fase comum no luto e nem entrei em depressão, o que imaginei que aconteceria porque frequento igreja há 33 anos e isso foi me ensinando a lidar com as adversidades da vida e esse baque foi a prova do cuidado e amor de Deus por mim. Comecei a refletir sobre meus valores e prioridades, então percebi que precisava mudar isso porque valorizava o que não tinha valor e priorizava coisas que não eram tão importantes. Como diz o ditado,\"há males que vêem pra bem\"e é verdade porque desde então, agradeço a Deus por coisas simples, não que eu não era grata mas percebi a real importância de conseguir tomar um simples copo de água, tomar banho ou trocar de roupa sem ajuda de outra pessoa, coisas simples que passam batido porque a maioria das pessoas faz essas e outras coisas no automático. Minha ficha caiu quando fui visitar meu pai na UTI e no quarto pela primeira vez após uma cirurgia porque ele ficou um mês deitado e sentado e por causa disso, perdeu os movimentos, eu saia de lá arrasada, como pode uma pessoa ativa envelhecer desse jeito... foi aí que comecei a valorizar cada coisa que eu conseguia fazer sozinha, o que antes era normal porque ele queria fazer mas não conseguia mais e dependia da ajuda dos enfermeiros. Minha mãe sofreu um infarto fulminate e eu estava no trabalho, minha irmã me ligou, dizendo pra eu vir pra casa, fiquei sem entender nada mas estava preocupada, pedi pra sair e fui pro ponto de ônibus, fiquei um bom tempo lá e quando ele chegou, parava toda vez, fui ficando...
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Sempre tive uma vida comum, simples, não faltava o essencial e tinha meus pais como referência, até que em agosto de 2013 minha mãe faleceu e em 2016 meu pai, claro que fiquei perdida porque não é fácil perder um, imagina dois e logo a mãe de cara... Quando estava começando a superar a perda da minha mãe, recebi outro baque e foi nessa fase que comecei a refletir na minha vida. Não me perdi como muitos filhos que perdem os pais porque se revoltam, fase comum no luto e nem entrei em depressão, o que imaginei que aconteceria porque frequento igreja há 33 anos e isso foi me ensinando a lidar com as adversidades da vida e esse baque foi a prova do cuidado e amor de Deus por mim. Comecei a refletir sobre meus valores e prioridades, então percebi que precisava mudar isso porque valorizava o que não tinha valor e priorizava coisas que não eram tão importantes. Como diz o ditado,\"há males que vêem pra bem\"e é verdade porque desde então, agradeço a Deus por coisas simples, não que eu não era grata mas percebi a real importância de conseguir tomar um simples copo de água, tomar banho ou trocar de roupa sem ajuda de outra pessoa, coisas simples que passam batido porque a maioria das pessoas faz essas e outras coisas no automático. Minha ficha caiu quando fui visitar meu pai na UTI e no quarto pela primeira vez após uma cirurgia porque ele ficou um mês deitado e sentado e por causa disso, perdeu os movimentos, eu saia de lá arrasada, como pode uma pessoa ativa envelhecer desse jeito... foi aí que comecei a valorizar cada coisa que eu conseguia fazer sozinha, o que antes era normal porque ele queria fazer mas não conseguia mais e dependia da ajuda dos enfermeiros. Minha mãe sofreu um infarto fulminate e eu estava no trabalho, minha irmã me ligou, dizendo pra eu vir pra casa, fiquei sem entender nada mas estava preocupada, pedi pra sair e fui pro ponto de ônibus, fiquei um bom tempo lá e quando ele chegou, parava toda vez, fui ficando agoniada e quando finalmente cheguei em casa, minha irmã explicou o que havia acontecido e me deu a trágica notícia, meu mundo caiu... Após uns meses tentando entender o que estava acontecendo, comecei a agradecer a Deus por cuidar de mim nos detalhes e mostrar que como diz a palavra dele, \\\"todas as coisas contribuem pro bem daqueles que amam a Deus\\\", essa dor contribuiu pro meu bem mesmo porque precisei conviver por um bom tempo com ela pra que eu amadurecesse, mudasse minha maneira de ver a vida, valorizando as coisas simples. Anos após ao ocorrido, tenho aprendido a valorizar as pessoas e falar que as amo, tratar com respeito porque não sei até quando vou tê-las comigo, então, os pequenos gestos fazem toda diferença pra alguém que eu não sei como foi o dia dessa pessoa. Deus sabe o que faz, há algum tempo superei, a perda deles, vejo fotos, falo sobre, não me abala mais, lembro deles com gratidão pelo que fizeram por mim, pelos bons momentos juntos e sempre que posso, ajudo outras pessoas a vencer a mesma dor, elas ajudam outras pessoas e a corrente do bem vai crescendo.
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