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Personagem: Renata Ostan
Por: Museu da Pessoa,

Dona do próprio tempo

Esta história contém:

Dona do próprio tempo

Vídeo

Assim que meu pai faleceu… Ele era zelador, então a gente morava no condomínio, porque ele era zelador. Tivemos que nos mudar rapidamente e minha mãe construiu uma casa no terreno do quintal da minha avó. Lá era uma casa bem modesta mesmo, que é onde vivemos os mais longos anos das nossas vidas. Quarto, sala e cozinha, com todo mundo junto. Bem apertadinho, bem modesto, mas também fomos bem felizes ali. Foi dali que cada um conseguiu se inspirar para ter coisa melhor e conseguir batalhar na vida.

Sobre a minha gravidez, eu comecei um relacionamento, assim… Foi muito rápido, foi praticamente nas primeiras relações que eu tive. Então, eu comecei a namorar, com o tempo contei para a minha mãe que estava namorando, e fiquei namorando um bom período assim, só que acho que engravidei com quatro meses de relação, quatro meses de relacionamento. Eu sabia que estava grávida, mas não tinha coragem de contar para a minha mãe, então a gente ficou esse tempo… Eu fiquei um tempão grávida e sabendo que estava grávida, mas não contei para minha ninguém. Fiquei segurando, porque lá no fundinho você pensa, "não é verdade", você fica com essa, "não pode ser, tem uma esperança no fundo". Eu engravidei em dezembro e minha mãe só ficou sabendo no final de maio. Minha mãe chorou absurdos, absurdos, absurdos, minha mãe chorou muito, muito, muito. Eu lembro disso e até me arrependo, porque fiz ela chorar bastante… Até me arrependo muito disso, porque ela não merecia. Mas assim, depois de duas horas que passou chorando, ela já estava, "você precisa comer isso", "não, mas a gente precisa comprar esse tipo de roupa para você, porque a outra já não vai caber mais". Então, duas horas depois, ao mesmo tempo que ela estava muito triste e muito brava, ela já estava toda preocupada com todo esse processo da gravidez, comigo, etc. Ela reagiu… Ficou muito triste, mas reagiu muito bem, me apoiou. A questão do...

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Dados de acervo

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P/1 – Oi, Renata, tudo bom? A gente vai começar agora. Você pode começar, por favor, falando seu nome completo, data e local de nascimento?

R – Bom dia, Lila. Olá! Vamos começar sim. Meu nome completo é Renata dos Santos Ostan, mas eu uso mais o Renata Ostan mesmo. Nasci em São Paulo capital, e minha data de nascimento é dia 16 de maio de 1983.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Meu pai já é falecido, Pedro Paulo Ostan. Minha mãe, Nilda dos Santos Ostan.

P/1 – Você sabe qual a origem da sua família, de onde eles vieram?

R – A origem da minha mãe… A minha mãe é neta de índio, e nascida na Bahia. E a origem do meu pai… Neto de italiano, nascido e criado aqui em São Paulo, mas com avós italianos.

P/1 – E você sabe alguma história desses avós? Do começo assim, da família, tem alguma história que você conheça?

R – Histórias dos meus avós. Com meus avós maternos não tenho muitas histórias de antecedentes… Dos meus bisavós, na verdade. E dos meus bisavós paternos, são histórias bem poucas, de que vieram de navio, passaram muitos dias no navio para vir para o Brasil, muitas dificuldades, que passaram fome, frio, essas coisas, mas depois que chegaram aqui, conseguiram ter uma vida tranquila. Mas bem superficial mesmo, nada de específico.

P/1 – E seus pais, faziam o quê?

R – Meus pais… Minha mãe trabalhava em loja, comércio, caixa, atendente, essas coisas. Parou de trabalhar um pouquinho depois de que nasci para cuidar… Somos em três filha, eu e mais duas irmãs. Ela parou de trabalhar um pouco depois de eu nascer para poder cuidar da casa e da gente mesmo. Meu pai trabalhou a vida toda, mas não tinha uma profissão concreta. Ele tinha pouco estudo. Trabalhou desde taxista, zelador, vendedor também, então ele foi de tudo um pouquinho e trabalhava no que desse para colocar o pão de cada dia em casa, mas não tinha uma profissão formada.

P/1 – E os seus irmãos, quais os nomes...

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