Fui visitar um homem que conheço só por telefone, que conheci no Tinder. Quando ele abriu a porta pecebi que estava doente, ele sangrava, tinha alguma sonda no nariz e algum outro aparelho ligado também, não entendi em que parte do corpo. Eu queria cuidar dele, mas não sei se ele deixou. Em algum momento fomos até a janela do apartamento dele e vimos uma cidade que lembrava Veneza, vazia e linda, com um sol brilhando e construções estilo italiano com cores vívidas. Na sequência sonhei que estava num supermercado pequeno perto da minha casa e peguei da geladeira uma embalagem tipo de nuggets de frango, mas eram dedos humanos congelados. E eu comentava estarrecida com as pessoas ao redor que aquilo representava canibalismo, mas eu tinha dificuldades em acreditar no que estava vendo, ninguém se manifestava e eu ficava em dúvida e queria a confirmação das outras pessoas de que aquilo era realmente canibalismo.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Na primeira parte, acho que uma vontade de fugir da realidade, de ir para um mundo da fantasia, da beleza, do romance. Na segunda parte, acho que tem a ver com diversas coisas ruins e óbvias, como tudo que vem do gabinete do ódio, que estã acontecendo e as pessoas duvidam. Com essa coisa estranha chamada Bolsonaro, esse ser do mal, sem luz.