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Por: Museu da Pessoa, 31 de maio de 2012

De dentro das salas de aula

Esta história contém:

De dentro das salas de aula

Vídeo

“Minha mãe sempre foi muito compromissada com o seu trabalho de professora. Quando ela me teve, voltou a trabalhar antes mesmo de acabar o seu período de aleitamento. Isso marcou minha vida profissional. Eu era amamentada na Escola Estados Unidos. Passei minha primeira infância lá. E quando eu já estava na fase de escolarização foi para lá que eu fui estudar.

Minha avó faleceu quando eu era criança ainda, então eu passava o dia na escola, porque não gostava muito da empregada lá de casa e não tinha com quem a minha mãe me deixar. O meu pai era comerciante, trabalhava com comida. Ele foi dono da Marlon Pizzaria, lá do Catumbi e me ensinou o valor do trabalho na vida da gente. Me mostrou ao longo da vida dele e da minha também que o trabalho é o melhor remédio para tudo.

Então, o meu pai foi uma pessoa com escolaridade até o terceiro ano primário, mas PhD em vida. Eu gostava de ouvir histórias. Lá na escola Estados Unidos havia várias varandas com aquelas pilastras e muito espaço, muita árvore havia uma professora que contava histórias para gente. Ela levava muitos livros, tinha uma cesta e ela nessa cesta colocava vários livros e aí cada dia um escolhia. Ela contava aquela história com tanto gosto criava um ambiente de fantasia e sempre uma latinha onde ela colocava biscoito. Eu passava ali as minhas tarde. Acabei indo fazer Letras!

Em 2009, quando eu já trabalhava na rede pública, fui apresentada à oportunidade de trabalhar com vídeo, dentro de uma linha que desenvolvesse essa capacidade de percepção da criança sem ser focada apenas no livro. Fiquei deslumbrada com aquilo. O vídeo é fantástico, mas tem que ter um desdobramento. Então, eu criava ambientes temáticos e os vídeos ajudavam nesse trabalho de criação e aprendizagem. Nisso, chegou o projeto da Discovery, e passamos a usar o material deles como enriquecimento. Eu passava o filme, fazíamos discussão, eu aprofundava e começava uma produção coletiva...

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Dados de acervo

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P/1 – Você começa com o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Eu sou Selma Lucia Azevedo Russo, nasci no dia 22 de Maio de 1962 no Rio de Janeiro e completei 50 anos na semana passada, estou muito feliz com isso. Sempre vivi aqui no Rio de Janeiro, nasci no Catumbi onde eu cresci e onde eu moro atualmente, ainda. E aí começa um pouco da minha vida profissional porque ela vem exatamente desde a gestação da minha mãe, eu sou filha de professora, a minha mãe era professora, é hoje professora aposentada, trabalhava na rede municipal e na ocasião em que ela engravidou de mim ela trabalhava em uma escola que ficava no morro do Catumbi, onde a gente mora e lá o acesso era por uma escadaria muito extensa e o fato de ela ter engravidado fez com que ela conseguisse um amparo pra uma escola do asfalto, Escola Municipal Estados Unidos e ela foi para essa escola comigo na barriga e quando eu nasci, naquela época havia um período de aleitamento, mas a minha mãe era uma pessoa muito séria, eu inclusive, parte da minha dedicação à educação e assim, desse compromisso mesmo com o trabalho eu atribuo a ela e o fato de ela estar ainda em licença, mas morar muito próximo a escola fez com que ela retornasse do aleitamento antes do período previsto. Então, eu era amamentada na Escola Estados Unidos, lá dentro e mais tarde, quando eu já estava na fase de escolarização foi para lá que eu fui, eu fui estudar lá. Só que quando eu fui estudar lá a minha avó, por parte de mãe, que era uma mulher muito dinâmica e uma mulher, assim, a frente do tempo dela, que tinha uma cabeça maravilhosa e que era, assim, o sustento emocional da família, de um modo geral, quer dizer, da minha mãe, do meu tio, ela ficou doente, isso eu tinha seis para sete anos mais ou menos e ela teve na ocasião uremia crônica, veio a falecer e eu acabei ficando, assim, porque quando a minha mãe estava trabalhando e ela trabalhava o dia todo porque sempre fez o...

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