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Por: Ianarema Coutinho Oliveira, 17 de junho de 2021

Da Janela do Ônibus

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Da Janela do Ônibus

Lá vem o circular, todo novinho, pela cidade a rodar. Cá estou eu, pronta, parada no ponto, a lhe esperar. Que grande surpresa!. Ônibus com nova roupagem, tal qual realeza. Vem me buscar. Motorista gentil, bancos confortáveis e até ar condicionado a me recepcionar. A noite se faz agradável e quente. Sendo assim, ar condicionado é presença coerente. Aconchegada confortavelmente, entre livros, bolsas e cadernos. Observo alguns passageiros. Mas, o que mais me chama a atenção. São seus perfumes misturados. Espalhando vários cheiros. Esquecendo-me de tais presenças, recosto-me costumeiramente ao vidro da janela. Observo-me primeiro. Depois ajeito os cabelos. O batom nos lábios tento ver. De repente, lembro-me que o vidro, não é espelho. Sendo eu apaixonada pela noite, mais do que pelo dia, vou durante o trajeto, enxergando tudo com magia. Vejo as luzes dos postes, que iluminam lojas, carros, casas, mercados, e pessoas em suas correrias. Iluminam as calçadas, pontes, e até cachorros de rua. Iluminam tudo, em todos os lugares e em todas as vias. Nesse instante, algumas gotas de chuva rolam timidamente sobre o vidro da janela. Mesmo assim, não conseguem ofuscar o brilho fraco, da lua lá no céu. Brilho fraco sim!. Considerando a sua distância lá no alto. Comparando-a assim, com o brilho das luzes dos postes, que refletem no asfalto. Desenhando com o dedo indicador no vidro embaçado da janela, vejo mais nitidamente, nesse traçado limpo, outros ônibus vindo na contramão. Muitas pessoas, encostadas nas janelas, envolvidas cada uma em sua missão. Penso que à noite, tudo é mais suave e mais bonito, mais fácil de ser encarado e vivido. Mesmo quando se está indo ou vindo, mesmo quando alguém se acha encontrado ou perdido. Pela janela do ônibus, observo e penso. Penso que poucas pessoas pensam e observam como eu. Poucas pessoas veem como eu vejo, sentem como eu sinto... Pois, cada pessoa tem seu modo de ver, pensar e sentir através da janela...

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