Cuidado com a Borboleta
Duas amigas se envolveram em um grave acidente de transito e imediatamente foram levadas ao Paraíso. Em lá chegando foram introduzidas em uma grande sala onde passaram por uma triagem para acesso ou não aos domínios do Criador.
Após as identificações de praxe, elas assistiram um filme onde viram passar toda a vida, do nascimento até a hora do acidente fatal, de cada uma em cabines separadas. Ponderaram nas partes que julgavam merecer observações e ao fim da sabatina imposta pelo Serviço de Auxilio para Admissão ao Paraíso – SAAP foram enfim aceitas e encaminhadas a um grande salão onde deveriam aguardar instruções para o correto viver na vida eterna em paz e comunhão com Deus.
Depois de algum tempo onde puderam se refazer do susto em vida, assistir as despedidas dos amigos e parentes ao som de mágicas canções de alento e esperança, adentrou no recinto Simão Pedro guardião dos portões da Eternidade.
Disse ele ao chegar dirigindo-se a todos os presentes que haviam passado pela triagem inicial: - meus caros amigos e crédulos na Santidade do Espirito Criador, bem-vindos e cientes de daqui para a frente todos vocês poderão viver em comunhão com tudo que foi criado podendo ultrapassar umbrais em todas as direções, não havendo nenhuma restrição ou contenção que possa impedir o caminhar de qualquer alma. Sendo obrigatório tão somente a presença de alguém com mais experiência em locais que possam provocar extrema tristeza ou comoção.
Disse ainda Pedro: - na eternidade não haverá qualquer tipo de proibição ou ameaça de retorno a vida terrena, porém, será necessário o cumprimento de uma única regra comum a todos os aceitos que se desobedecida poderá fazer com que o faltoso seja obrigado a cumprir um castigo imposto pela falta intencional ou mesmo fruto de desatenção da alma que se deixar levar por dolo ou culpa.
Desde milênios, nos primórdios da criação elegemos as borboletas como as...
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Cuidado com a Borboleta
Duas amigas se envolveram em um grave acidente de transito e imediatamente foram levadas ao Paraíso. Em lá chegando foram introduzidas em uma grande sala onde passaram por uma triagem para acesso ou não aos domínios do Criador.
Após as identificações de praxe, elas assistiram um filme onde viram passar toda a vida, do nascimento até a hora do acidente fatal, de cada uma em cabines separadas. Ponderaram nas partes que julgavam merecer observações e ao fim da sabatina imposta pelo Serviço de Auxilio para Admissão ao Paraíso – SAAP foram enfim aceitas e encaminhadas a um grande salão onde deveriam aguardar instruções para o correto viver na vida eterna em paz e comunhão com Deus.
Depois de algum tempo onde puderam se refazer do susto em vida, assistir as despedidas dos amigos e parentes ao som de mágicas canções de alento e esperança, adentrou no recinto Simão Pedro guardião dos portões da Eternidade.
Disse ele ao chegar dirigindo-se a todos os presentes que haviam passado pela triagem inicial: - meus caros amigos e crédulos na Santidade do Espirito Criador, bem-vindos e cientes de daqui para a frente todos vocês poderão viver em comunhão com tudo que foi criado podendo ultrapassar umbrais em todas as direções, não havendo nenhuma restrição ou contenção que possa impedir o caminhar de qualquer alma. Sendo obrigatório tão somente a presença de alguém com mais experiência em locais que possam provocar extrema tristeza ou comoção.
Disse ainda Pedro: - na eternidade não haverá qualquer tipo de proibição ou ameaça de retorno a vida terrena, porém, será necessário o cumprimento de uma única regra comum a todos os aceitos que se desobedecida poderá fazer com que o faltoso seja obrigado a cumprir um castigo imposto pela falta intencional ou mesmo fruto de desatenção da alma que se deixar levar por dolo ou culpa.
Desde milênios, nos primórdios da criação elegemos as borboletas como as mais singelas e puras obras do Deus Pai, associando-a a liberdade espiritual e a capacidade de superar obstáculos além de fertilizadora e responsável pelo colorido existente na Terra. A borboleta representa a boa sorte, a felicidade e o amor e é frequentemente está associada a beleza, a delicadeza sendo um símbolo de transformação e de renovação em todo mundo, tendo ligação com todas as fases da vida, com a morte e a ressureição trazendo a ideia de transformação espiritual do ser.
Por tudo isso e também pela delicadeza e fragilidade do animalzinho criado pelo sopro do nosso Criador, cumpre-nos declarar e avisar a todos os outros seres que: ferir intencionalmente ou não as borboletas símbolos de nós na Terra Mãe ocasionará castigo que terão que carregar pela eternidade. Então por favor muito cuidado e atenção para com as borboletas.
Assim todos os presentes avisados foram liberados para conhecer e passear pelas hostes sagradas e autorizados a visitar qualquer lugar que quisesse ou tivesse desejado ainda em vida terrena. No início os cuidados com as borboletas eram muito obedecidos e seguidos à risca, ninguém queria saber ou aventurar-se em saber que castigo teriam que carregar se fizessem sofrer a borboleta que era o símbolo do Paraíso e a preferida eleita pelo Deus Pai Todo Poderoso.
Um dia em que estava muito cansada de passear e de ajudar aqueles necessitados que ainda penavam no planeta Terra uma das amigas sentiu-se obrigada a deitar em uma relva para refazer-se e conciliar as missões que havia adquirido e que cumpria com zelo e muita vontade.
Sem perceber deitou-se sobre uma pequena borboleta esmagando-a com o peso de sua frágil quântica consciência. Desesperada levantou-se implorando aos céus que não fosse castigada tendo sido o fato um acidente do desdobramento do seu cansaço.
As luzes ficaram mais fortes e de dentro de um facho surgiu um homem muito feio, de feições nada agradáveis, porém sorrindo para ela.
Uma voz forte disse: - Por haver ferido indelevelmente uma de nossas borboletas, você será acorrentada a este homem tendo que levá-lo para todo sempre aonde quer que você vá. – Essa é a sua pena.
Assim foi dito e assim foi feito.
A outra mulher que a tudo assistira, passou a redobrar os cuidados para com os seres alados tão bonitos e protegidos pela criação. Assim muito tempo se passou e ela sempre cautelosa, revirava a relva e buscava observar em todos os lugares a presença das borboletas para não incorrer no mesmo erro.
Um belo dia de muita luz e fachos de um Sol acolhedor, surgiu no meio do nada um homem jovem alto de feições lindas e fortes, com olhos claros e corpo escultural deixando ver na camisa entreaberta um peito digno dos grandes atletas, símbolo de masculinidade e desejo de qualquer mulher.
Ela que se tornara uma Santa das borboletas ficou algum tempo, sem fala, com os sentidos todos em alerta petrificada por aquele ser tão belo que surgira. Quando pode falar, disse: - Como é seu nome? De onde você veio?
Ele respondeu: - Não carrego nenhum nome, aqui vivemos como seres do bem e temos o desejo de apenas servir ao Criador e suas criaturas. E complementou a frase com uma pergunta: - Você mulher, mesmo que involuntariamente fez mal a alguma de nossas borboletas? Responda, sim ou não.
Ela respondeu com um sorriso bem grande no rosto: - Claro que não meu amigo, tenho todo o cuidado possível e inimaginável para que isso não ocorra.
Ele então complementou: - Eu sim, pisei involuntariamente em uma linda e colorida borboleta.
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