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Por: Museu da Pessoa,

Confiança no trabalhador

Esta história contém:

P1- Senhor Nildo, primeiramente boa tarde!

R- Boa tarde.

P1- Minha primeira pergunta que eu vou dirigir ao senhor, eu gostaria de saber o seu nome completo, o local do seu nascimento e a data do seu nascimento.

R- Bom, meu nome é Nildo Máximo Benedetti. Ou se quiser para falar melhor Máximo Benedetti. Eu nasci em São Paulo no dia 29 de maio de 1936.

P1- Como chamavam os pais do senhor?

R- Meu pai era César Benedetti, era o nome dele já aportuguesado na verdade. O nome dele em italiano era muito mais complicado, Benedetti Giovanni César e Facone. E a minha mãe era Assunta, Assunta González.

P1- E os pais do senhor são, eles vieram para o Brasil?

R- Vieram para o Brasil. Meu pai veio em 1890, desculpa, 1905, meu pai. Chegou aqui no Brasil com 12 anos. E a minha mãe veio em 1897, com 45 dias.

P1- E eles chegaram, ficaram aqui na cidade de São Paulo?

R- Sim, sempre morando aqui em São Paulo. Lá no Brás, como era costume na época.

P1- E qual era a atividade que eles exerciam?

R- A minha mãe sempre costurou. Ela era costureira, ganhava a vida costurando. Meu pai tinha um açougue, ele abriu um açougue aqui no Jardim América - que foi onde eu nasci. E ele, depois desse açougue foi, acho que uns três, quatro anos antes de eu nascer, aí ele perdeu um filho. Aí ele acabou ficando muito, ele perdeu um filho com 17 meses. E aí ele ficou muito abalado com a morte desse filho, voltou para a Itália, em 1934. Ficou até 1936, voltou para o Brasil em 1936, quando eu então nasci. E ele então, daí para frente ele trabalhou como operário sempre. Ele era operário de uma fábrica de sapatos que ficava lá na Rua Espírita, lá no Cambuci. Chamava-se Calçados Quarenta.

P1- E o senhor nasceu no Jardim América?

R- É, lá na Joaquim Floriano.

P1- E o senhor morava em que local aqui em São Paulo?

R- Não, desculpa. Eu nasci em casa, como era a arte na época.

P1- E como era essa região quando o senhor nasceu? Como era...

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Dados de acervo

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Projeto Memória Votorantim 85 Anos - Nossa Gente Faz História

Depoimento de Nildo Máximo Benedetti

Entrevistado por Charles Silva e Marina D’Andrea

São Paulo, 29 de julho de 2003

Realização Museu da Pessoa.

Código do Depoimento: MV_HV019

Transcrito por Marllon Chaves

Revisada por Juliano Lima e Teresa de Carvalho Magalhães

P1- Senhor Nildo, primeiramente boa tarde!

R- Boa tarde.

P1- Minha primeira pergunta que eu vou dirigir ao senhor, eu gostaria de saber o seu nome completo, o local do seu nascimento e a data do seu nascimento.

R- Bom, meu nome é Nildo Máximo Benedetti. Ou se quiser para falar melhor Máximo Benedetti. Eu nasci em São Paulo no dia 29 de maio de 1936.

P1- Como chamavam os pais do senhor?

R- Meu pai era César Benedetti, era o nome dele já aportuguesado na verdade. O nome dele em italiano era muito mais complicado, Benedetti Giovanni César e Facone. E a minha mãe era Assunta, Assunta González.

P1- E os pais do senhor são, eles vieram para o Brasil?

R- Vieram para o Brasil. Meu pai veio em 1890, desculpa, 1905, meu pai. Chegou aqui no Brasil com 12 anos. E a minha mãe veio em 1897, com 45 dias.

P1- E eles chegaram, ficaram aqui na cidade de São Paulo?

R- Sim, sempre morando aqui em São Paulo. Lá no Brás, como era costume na época.

P1- E qual era a atividade que eles exerciam?

R- A minha mãe sempre costurou. Ela era costureira, ganhava a vida costurando. Meu pai tinha um açougue, ele abriu um açougue aqui no Jardim América - que foi onde eu nasci. E ele, depois desse açougue foi, acho que uns três, quatro anos antes de eu nascer, aí ele perdeu um filho. Aí ele acabou ficando muito, ele perdeu um filho com 17 meses. E aí ele ficou muito abalado com a morte desse filho, voltou para a Itália, em 1934. Ficou até 1936, voltou para o Brasil em 1936, quando eu então nasci. E ele então, daí para frente ele trabalhou como operário sempre. Ele era operário de uma fábrica de sapatos que ficava lá na Rua...

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