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Por: Museu da Pessoa, 16 de julho de 2016

Com a responsabilidade da tradição

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Meu nome é Solidonio Narcizo dos Reis Neto, nascido 24 de novembro de 1956, na cidade de Ilhabela (SP). A minha casa de infância era nesse setor aqui, era feita de pau a pique e o piso era de madeira e o telhado eram aquelas telhas antigas, que dizem que faziam na coxa, né, a telha. Era… O primeiro morador aqui nesse setor, aqui nesse lugar, aqui fomos nós. O primeiro morador que teve aqui foi o meu pai que naquela época era funcionário público da prefeitura. O brinquedo da gente era subir no morro aí para escorregar no sapê, era a brincadeira que a gente tinha aqui e, à noite, brincar, né, de pique e durante o dia, a gente estudava, das oito ao meio-dia no grupo escolar. O resto, antigamente, a luz aqui às dez horas, apagava e a gente já tava dormindo, porque naquela época, não tinha televisão, não tinha nada. Fui crescendo aqui e aqui fiquei, nunca sai da Ilha, já viajei muito, mas pra morar fora daqui… Vou fazer 60 anos agora em novembro, nunca sai daqui. Casei aqui, tive três filhos homens e uma menina que faleceu. São todos casados e eu me separei com 20 anos de casado, separei e vivo hoje com minha senhora que mora aqui comigo, ela é da Bahia, lá de Vitoria da Conquista e estamos vivendo até hoje. Eu trabalho na prefeitura, comecei como gari, passei para o cemitério.

Restante, eu toco num grupo de samba que tem aqui na Ilha, né, comecei a tocar no Recanto do Samba junto com os meus irmãos e lá, eu aprendi e, hoje em dia, eu participo de um grupo, Raízes da Ilha que é aqui da Ilha. E a gente faz samba por aí, tudo. E fim de ano, a gente faz a Folia de Reis, que é tradicional aqui da Ilha. A gente começa em novembro, vai até dia seis de janeiro, cantando nas casas, à noite toda, começa a meia-noite, vai até às seis horas da manhã e participo da Congada, que foi uma promessa que a minha mãe fez. Eu tive uma doença quando eu era pequeno e minha mãe fez uma promessa pra São Benedito e se eu ficasse bom, eu...

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Dados de acervo

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P/1 – Seu Narcizo, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu, primeiro, gostaria de agradecer de o senhor ter aceitado o convite para essa entrevista. E pra gente começar, eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R – Meu nome é Solidonio Narcizo dos Reis Neto, nascido 24 de novembro de 1956, na cidade de Ilhabela (SP).

P/1 – Fala pra gente o nome dos seus pais, seu Narcizo.

R – Meu pai se chamava Antônio Venâncio dos Reis e minha mãe, Rosa Gomes dos Reis.

P/1 – Tá joia. E o nome dos seus avós? Do seu avô é fácil.

R – É. O pai do meu pai se chamava isso aí, Solidonio Narcizo dos Reis… não tô lembrado, só se pegar a documentação…

P/1 – Não tem problema.

R – Esqueci.

P/1 – Você chegou a conhecer os seus avós?

R – Não. Não, quando eu nasci, os meus avós já eram falecidos.

P/1 – Tá. Fala pra gente da atividade dos seus pais, o quê que os seus pais faziam?

R – Meu pai foi funcionário público, pescador e depois, ele veio a ter esse Barracão do Samba, que antigamente se chamava Recanto do Samba, depois que passaram pra Barracão do Samba.

P/1 – E a sua mãe?

R – Minha mãe era doméstica.

P/1 – E você tem irmãos?

R – Tenho.

P/1 – Quantos são?

R – Da minha mãe, somos em nove, mas tem dois falecidos e nós somos em sete. Mas do meu pai, mesmo, eu tenho 36 irmãos. Meu pai casou três vezes. A maior parte tá tudo falecido.

P/1 – E conta pra gente um pouco dessa família grande, então. Como é que era a relação com a família do seu pai, os outros irmãos?

R – “Nós era” tudo unido, né, meu pai casou a primeira vez, a mulher faleceu, depois casou com a segunda, faleceu e veio a última... [Ele] veio a casar com a minha mãe, mas nós era tudo unido, moravam fora daqui, mas vinham visitar, a gente ia, era tudo unido, não tinha problema nenhum.

P/1 – E dava pra saber o nome de todo mundo e aniversário?

R – Não,...

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