Comecei a ter muitos sonhos, vívidos, longos. . Acordava deles e não conseguia dormir porque tinha medo de tê-los novamente. O primeiro foi com meu pai que pedia para tomar cloroquina. Eu dizia a ele... mas o senhor quer morrer? Ele seguia esbravejando. Então me lembrei que ele já estava morto no sonho. Acordei com o coração disparado. O segundo mais significativo foi sonhar que trabalhava no Palácio do Planalto. E saber que trabalhava lá como jornalista me assustava porque não podia fazer nada além de reproduzir as loucuras governamentais. O terceiro: eu saía de casa para trabalhar. No trajeto eu percebia estar sem máscara. Ficava desesperada porque não encontrava uma farmácia para comprar o acessório. O sono tem sido agitado. Estou usando passiflora, mas mesmo assim, continuo sonhando muito. Acordando após os sonhos... nunca mais dormi uma noite inteira.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
São bem claras as associaçoes. O medo da morte, a vontade de proteger a quem amo, o impacto da crise política é o constante estado de alerta. Tudo agravou sensivelmente a qualidade de vida, e o padrão de sono que já não andava muito bom.