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Por: Museu da Pessoa,

Cinquenta anos à frente de seu tempo

Esta história contém:

P/1 – Primeiro, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu gostaria que você falasse o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – O meu nome é Edy Maria Dutra Costa Lima. Eu nasci em Bagé, no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. É quase ali onde o Brasil acaba, ou começa, né? Pras pessoas de Bagé começa. Eu nasci em 7 de julho de 1924.

P/1 – E você sabe a origem do seu nome?

R – A origem? Não, não sei. Acho que...

P/1 – Qual é a história do seu nome?

R – Eu acho que Edy, se você olhar as pessoas dessa idade, dessa geração minha, você vai ver que esses nomes curtos estavam muito na onda. As pessoas em geral não põem o nome do filho porque acham que está na moda, elas estão envolvidas naquilo. Você repare que em todas as idades tem muita gente com os nomes parecidos.

P/1 – E a senhora sabe como é que foi o dia que a senhora... Você sabe como foi o dia que você nasceu?

R – Eu sei que estava muito frio porque sempre me contaram que quando eu nasci fazia um frio. Mas deve fazer porque o inverno em Bagé é muito frio e eu nasci em julho, né?

P/1 – Hum. Que dia de julho mesmo?

R – Sete.

P/1 – Sete de julho. E você lembra dos seus avós, dos seus bisavós?

R – Olha, você sabe que as pessoas antigamente duravam muito pouco, ao contrário dessa coisa que as pessoas têm que duravam muito. Não duravam não. A gente pode ver pelas estatísticas, as pessoas hoje têm uma média de vida altíssima, né? Qualquer fila de idosos que eu esteja tem uma porção de gente mais velha ainda que eu porque é muito usual as pessoas durarem muito agora, é comum. Antigamente as pessoas duravam muito pouco. A média de vida era muito curta, né? Então eu só conheci uma avó, que é a mãe da minha mãe, os outros todos já tinham morrido quando eu era criança.

P/1 – E qual que é a origem? Você sabe a origem da...

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Dados de acervo

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ABC Tatiana Belinky

Depoimento de Edy Lima

Entrevistada por Bárbara Tavernard e Vanessa

São Paulo, 20 de outubro de 2006

Realização Instituto Museu da Pessoa.Net

Código: ABC_HV014

P/1 – Primeiro, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Eu gostaria que você falasse o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – O meu nome é Edy Maria Dutra Costa Lima. Eu nasci em Bagé, no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. É quase ali onde o Brasil acaba, ou começa, né? Pras pessoas de Bagé começa. Eu nasci em 7 de julho de 1924.

P/1 – E você sabe a origem do seu nome?

R – A origem? Não, não sei. Acho que...

P/1 – Qual é a história do seu nome?

R – Eu acho que Edy, se você olhar as pessoas dessa idade, dessa geração minha, você vai ver que esses nomes curtos estavam muito na onda. As pessoas em geral não põem o nome do filho porque acham que está na moda, elas estão envolvidas naquilo. Você repare que em todas as idades tem muita gente com os nomes parecidos.

P/1 – E a senhora sabe como é que foi o dia que a senhora... Você sabe como foi o dia que você nasceu?

R – Eu sei que estava muito frio porque sempre me contaram que quando eu nasci fazia um frio. Mas deve fazer porque o inverno em Bagé é muito frio e eu nasci em julho, né?

P/1 – Hum. Que dia de julho mesmo?

R – Sete.

P/1 – Sete de julho. E você lembra dos seus avós, dos seus bisavós?

R – Olha, você sabe que as pessoas antigamente duravam muito pouco, ao contrário dessa coisa que as pessoas têm que duravam muito. Não duravam não. A gente pode ver pelas estatísticas, as pessoas hoje têm uma média de vida altíssima, né? Qualquer fila de idosos que eu esteja tem uma porção de gente mais velha ainda que eu porque é muito usual as pessoas durarem muito agora, é comum. Antigamente as pessoas duravam muito pouco. A média de vida era muito curta, né? Então eu só conheci uma avó, que é a mãe da minha mãe, os outros...

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