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Personagem: Franz Josef Hildinger
Por: Franz Josef Hildinger, 4 de julho de 2025

Causo III - Saudosa CMTC

Esta história contém:

Causo III - Saudosa CMTC

Causo III

Estou aqui de volta com mais um causo dentro de um ônibus da CMTC. Confesso que fiquei receoso em publicar este (apesar de o segundo ter sido de vomitar, como vocês leram). Bom, não me lembro muito bem, mas, como morador da periferia nos anos 80, ter ou não ter carro para sair não importava muito, porque, se você quisesse sair, o ônibus estava ali, pronto para te levar aonde quer que fosse — e aonde quer que fosse era aonde quer que fosse mesmo. Inclusive, perto de onde eu morava, no Capão Redondo, havia um motel com um ponto de ônibus na frente. Eu e meus amigos (todos adolescentes) ficávamos do outro lado da rua e, podia ser a qualquer hora — não só à noite —, que descia um casal para ir ao motel.

Bom, depois dessa introdução que não tem nada a ver com o causo, vamos ao causo.

Certa vez, um amigo meu — não eu — comprou um desodorante Embassy (acho que não existe mais, porque nunca mais vi à venda). Em vez de levar numa sacola, preferiu colocá-lo no bolso da frente da calça jeans para não ficar carregando no ônibus, que estaria lotado.

Então, aquele ônibus da CMTC para o Capão Redondo chegou lotado, vindo do Anhangabaú. Ter um carro naquela época era caro. Até um \\\"pois é\\\" era caro, porque a manutenção era diária... No ônibus, havia secretárias, enfermeiras, estudantes etc. E aquela gentileza de dar lugar para uma mulher? Era como hoje: não existia.

O ônibus estava tão cheio que, ao passar pela Vila Prel (sim, esse nome existe), eu falei:

— Meu, vamos pra frente, senão a gente não sai.

Sabe aquele corredor onde ninguém consegue andar e você fica espremido? Então, ficamos lá espremidos.

Lembram do desodorante no bolso do cara? Seria loucura alguém achar que, naquela lata de sardinha, alguém poderia ter uma ereção de prazer, mas foi o que pensaram no ônibus. Cada pessoa — fosse mulher ou homem — não deixava de reparar naquele volume que vinha do bolso dele. Uma coisa é você,...

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