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Por: Museu da Pessoa, 13 de junho de 2013

Cartas para o meu pai

Esta história contém:

Cartas para o meu pai

O meu nome é Andreia, eu tenho 18 anos, nasci no dia 03 de Junho de 1995, em São Paulo. Eu moro no Valo Velho. Eu vim do Maranhão faz nove meses. Com quatro anos eu fui para lá com a minha mãe, morar na casa dos meus avos. A minha mãe queria se separar do meu pai. Eu morava em Araioses, era no interior do Maranhão. Eu brincava de amarelinha, de cola que é pega-pega, de esconde-esconde, de comidinha. Quando eu aprendi a andar de bicicleta foi muito marcante pra mim, eu gosto muito de andar de bicicleta, eu sempre tive vontade, o meu pai mora aqui em São Paulo e eu sempre ficava pedindo uma bicicleta pra ele. Eu ficava sempre pedindo pros vizinhos também. Até hoje não ganhei essa bicicleta! Eu sempre mandava carta para o meu pai e ele sempre mandava pra mim também. Onde eu morava não tinha telefone, para telefonar tinha que ir pra outra cidade. Então, era mais por carta mesmo, não tinha Correios lá, aí chegava nessa cidade, aí mandavam pra mim depois. Eu colocava em uma casa de referência, aí mandavam depois pra mim, onde eu morava. Eu escrevia que estava com saudade dele, que queria ver logo ele, que queria vir pra São Paulo. As cartas que ele me mandava diziam que ele tinha saudade de mim também. As vezes ele mandava coisas pra mim, roupa pelos Correios. Eu também recebia cartas das minhas primas que moram aqui também, eu ficava muito feliz quando recebia carta. Ainda hoje escrevo cartas e mando fotos para os meus amigos que ficaram lá.

Dados de acervo

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Correios – 350 anos aproximando pessoas

Entrevistado por Olívia Paradas

Depoimento de Andreia da Silva Cavalcanti

São Paulo, 13/06/2013.

Realização Museu da Pessoa

CM_CB002_Andreia da Silva Cavalcanti

Transcrito por Cristiana Sousa

MW Transcrições

P/1 – Bom Andreia, vamos começar com você falando o seu nome, local e data de nascimento.

R – O meu nome é Andreia, eu tenho 18 anos, nasci no dia 03 de Junho de 1995.

P/1 – Aqui em São Paulo mesmo?

R – Foi.

P/1 – E você mora aonde Andreia?

R – Eu moro no Valo Velho.

P/1 – Sempre morou lá?

R – Não, eu vim do Maranhão faz nove meses.

P/1 – Você nasceu aqui e foi morar no Maranhão?

R – Com quatro anos eu fui para lá com a minha mãe.

P/1 – E os seus pais são do Maranhão também?

R – Só a minha mãe, o meu pai é de Pernambuco.

P/1 – Como é o nome dos seus pais?

R – O da minha mãe é Ivonete e do meu pai Augusto.

P/1 – Então conta pra gente Andreia como é que foi essa mudança da sua família. Como é que foi essa história de você nascer aqui e ir pra lá?

R – Eu muito pequena, aí eu fui pra lá com quatro anos, foi normal pra mim, não foi muito assustador não, eu fui morar com o meu vô e com a minha vó, na casa deles.

P/1 – Mas por que você foi mudar pra lá?

R – Porque a minha mãe queria se separar do meu pai, aí o meu pai ficou aqui e eu fui pra lá com a minha mãe ...

P/1 – Entendi.

R –... Morar com os meus avós.

P/1 – Entendi e como é que foi esse período de morar lá no Maranhão? Em que cidade vocês moraram?

R – Araioses, em Araioses eu morava mais no interior ainda, então era no interior.

P/1 – E do que você costumava brincar lá?

R – Quando eu era criança né?

P/1 – É.

R – Eu brincava de amarelinha, de cola que é pega-pega, de esconde-esconde, de comidinha, é isso.

P/1 – Você é filha única?

R – Sou, da minha mãe, o meu pai tem mais dois ainda.

P/1 – E lá você brincava com outras crianças que também...

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