Memória dos trabalhadores da Bacia de Campos
Entrevistado por Morgana Mazelli
Depoimento de Carlos Augusto Santos de Paiva
Macaé, Rio de Janeiro 03/06/2008
Realização Museu da Pessoa
Depoimento PETRO_CB331
Transcrito por Marcus Vinicius Mutti
P/1 – Então Carlos, queria que você começasse dizendo “pra” mim seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Carlos Augusto Santos de Paiva, é, sou carioca e nasci no Rio de Janeiro, tenho 43 anos.
P/1 - Conta “pra” mim como você chegou aqui na Petrobrás.
R – Bem, eu cheguei aqui na Petrobrás através de anúncios, né, que a cidade era próspera e tinha emprego, e formei família aqui e optei de vir trabalhar aqui na Bacia de Campos em Macaé, coloquei currículo na empresa e fui entrevistado, fui aprovado e eles me chamaram para trabalhar.
P/1 – E a sua função aqui qual é?
R - Abastecedor de máquinas automáticas, máquinas de café, biscoito.
P/1 – Conta pra mim então como é que um pouco seu cotidiano aqui de trabalho.
R – Ah, meu cotidiano é, eu chego sete “hora” da manhã na Petrobrás, né, e abasteço as máquinas, verifico, atendo as “ocorrência” que às vezes os produto ficam “preso”, fico, atendo os “cliente”, é, café também às vezes falta e tem os plantões de final de semana e a Petrobrás, como ela não pára então a “gente” “ta” sempre, né, trabalhando, é, quase 24 horas a “gente” “ta” sempre trabalhando de domingo a domingo, né, no caso plantão é sábado e domingo plantão.
P/1 – E como é que é pra você trabalhar aqui na Petrobrás?
R - Trabalhar aqui na Petrobras pra mim é orgulho de “tá” fazendo parte do desenvolvimento da cidade, do País, a Petrobras ela oferece boas condições de trabalho, oferece segurança, oferece, é, bom salário, e, é, um pouco de estabilidade, porque você tem uma assistência médica, você tem um plano dentário, você tem, é, um vale de farmácia, então...
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Memória dos trabalhadores da Bacia de Campos
Entrevistado por Morgana Mazelli
Depoimento de Carlos Augusto Santos de Paiva
Macaé, Rio de Janeiro 03/06/2008
Realização Museu da Pessoa
Depoimento PETRO_CB331
Transcrito por Marcus Vinicius Mutti
P/1 – Então Carlos, queria que você começasse dizendo “pra” mim seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Carlos Augusto Santos de Paiva, é, sou carioca e nasci no Rio de Janeiro, tenho 43 anos.
P/1 - Conta “pra” mim como você chegou aqui na Petrobrás.
R – Bem, eu cheguei aqui na Petrobrás através de anúncios, né, que a cidade era próspera e tinha emprego, e formei família aqui e optei de vir trabalhar aqui na Bacia de Campos em Macaé, coloquei currículo na empresa e fui entrevistado, fui aprovado e eles me chamaram para trabalhar.
P/1 – E a sua função aqui qual é?
R - Abastecedor de máquinas automáticas, máquinas de café, biscoito.
P/1 – Conta pra mim então como é que um pouco seu cotidiano aqui de trabalho.
R – Ah, meu cotidiano é, eu chego sete “hora” da manhã na Petrobrás, né, e abasteço as máquinas, verifico, atendo as “ocorrência” que às vezes os produto ficam “preso”, fico, atendo os “cliente”, é, café também às vezes falta e tem os plantões de final de semana e a Petrobrás, como ela não pára então a “gente” “ta” sempre, né, trabalhando, é, quase 24 horas a “gente” “ta” sempre trabalhando de domingo a domingo, né, no caso plantão é sábado e domingo plantão.
P/1 – E como é que é pra você trabalhar aqui na Petrobrás?
R - Trabalhar aqui na Petrobras pra mim é orgulho de “tá” fazendo parte do desenvolvimento da cidade, do País, a Petrobras ela oferece boas condições de trabalho, oferece segurança, oferece, é, bom salário, e, é, um pouco de estabilidade, porque você tem uma assistência médica, você tem um plano dentário, você tem, é, um vale de farmácia, então você, é, geralmente as “outra” empresas aqui no Brasil não dão esta estabilidade “pro” trabalhador e a “gente”, o trabalhador precisa disso, de conforto e segurança pra desenvolver o seu trabalho.
P/1 – E você percebe então que as pessoas que vem pra Macaé “pra” morar aqui por conta do trabalho da Petrobrás têm uma melhora de...
R – Tem, tem melhora financeira, é, tem perspectiva de vida, que a Petrobras oferece oportunidade, tanto pra quem “ta” chegando, pra quem já está, existe plano de carreira e geralmente as empresas não dão esta oportunidade, né, a Petrobras ela tem um grande suporte e tem um grande futuro que a gente vê na mídia, que diz que tem 25 anos de exploração de petróleo e a “gente” apesar de a minha idade ser 43 anos, mas nas outra “empresa” não teria oportunidade de trabalhar, mas como, é, a Petrobras deu esta oportunidade, eu “to” trabalhando aqui.
P/1 - E você acha que, você “ta” aqui mais ou menos há um ano em Macaé.
R - Isso
P/1 – E aí você já percebeu alguma mudança na cidade assim, em função do trabalho da Petrobrás aqui?
R - Já a Petrobras ela investe, investe na cidade, ela, é, tem assim, se preocupado assim com o meio ambiente com a cultura, né, com vários ramos que é o esporte também, né, tem “vários” preocupação nesta área de cultura, esporte, músicas.
P/1 - Você tem algum exemplo assim de programas que a Petrobrás...
R – Olha, no momento eu não tenho mas, é, que na memória não estão mas eu tenho certeza que tem, meio ambiente.
P/1 – E como o senhor vê a sua vida e o futuro aqui da Bacia de Campos?
R – A minha vida ela, eu vi um filme, Barão de Mauá, e o cara diz, assim escolha seu patrão que ele decidirá sua vida então, é, eu peguei esse lema, a “gente” escolheu nosso patrão e o nosso futuro, é, a “gente” tem colocado assim fé no trabalho, né, porque através do trabalho, da perspectiva de vida que a gente cresce junto com a empresa. Se eu trabalhar com um patrão que só quer enganar, que só quer “lubridiar” ou que só quer o interesse pra ele eu não vou crescer, agora não Petrobras, ela vê um, ela tem uma visão abrangente do país, né, ela dá oportunidade pra todo mundo, né, é não tem problema de religião, de cor, é, de idade, que aqui trabalha “gente” de todas “idade”, é, não tem tanto pra concurso como pra contratado, ela não faz distinção de pessoas, contratado e concursado “é “tratado” no mesmo nível.
P/1 - Você falou que tem diversidade de idades e tem também de “gente” de todo lugar e como que é isso, trabalhar com tantas pessoas diferentes?
R - É bom porque a “gente”, Macaé hoje é tipo assim, uma cidade assim de várias, vários povos. Tem gente do Nordeste, do Sul e a “gente” consegue fazer um bom desenvolvimento do país apesar de, cada um traz sua experiência da sua cidade, no seu modo de se vestir, no seu modo de falar, então trás experiência “pra “ crescimento, “pro” desenvolvimento da cidade de Macaé.
P/1 - Você acha que isso então é uma coisa positiva?
R – É uma coisa positiva.
P/1 - E você já teve alguma oportunidade de ir nas plataformas ou é só aqui em terra mesmo?
R – A “gente” tem curiosidade de conhecer, “vê” como é que é, tem curiosidade de conhecer, apesar que o tempo faz, a “gente” por exemplo, eu tenho sete meses mas eu pretendo fazer carreira aqui então isso aí é conseqüência do desenvolvimento do trabalho na Bacia de Campos.
P/1 – E aí você pretende, você diz que quer fazer carreira aqui, você pretende o que então, que outras...
R – É, eu tenho objetivo, né, que, é, a minha profissão era pintor de automóvel então eu quero ser alpinista industrial, alpinista industrial, trabalhar na plataforma, aí, é, até meu objetivo que eu tenho, até vamos dizer, eu tenho 15 anos “pra” meu objetivo de vida, até eu aposentar eu tenho 15 anos pra chegar esse objetivo.
P/1 – E aí você “tá” se preparando, “ta” buscando...
R – “Tô”, eu “tô’ estudando, “to” vou fazer curso ano que vem, só não “to” fazendo esse que minha esposa “ta” grávida e não posso deixar ela sozinha que já “to” estudando e ai vou ficar o dia todo fora de casa e aí ela vai sentir um pouco falta de mim, “to” dando prioridade eu ficar perto dela enquanto o neném não nasce.
P/1 – E a empresa te dá suporte “pra” financiar estes cursos que você quer fazer?
R – A empresa a minha, ela é assim, o salário que ganho, né, eles, né, tem a Petrobras, é a prefeitura, é, com o salário que ganho, é, por falta de profissionais tem vários lugares pra você fazer o curso entendeu, a prefeitura mesmo investe na pessoa que quer fazer o curso só que ainda eu não fui porque, falta de tempo que eu “to” estudando ainda.
P/1 - Então o que você acha assim desse projeto que a “gente” “ta” fazendo de memória dos trabalhadores?
R - É bom que a Petrobras ela, ela tem uma noção das pessoas que estão trabalhando aqui, ela tem noção do material humano que ela que ela recebe aqui “pra” trabalhar porque, é, as pessoas, né, um pouquinho de cada um que cada um faz aqui é que faz o nome da Petrobras e essas pessoas, a Petrobras conhecendo essas pessoas, conhecendo individualmente através de entrevista, através de cursos, através de palestras, aí a Petrobras vai sabendo que material humano que ela tem dentro da Bacia de Campos.
P/1 - E você já participou assim desses cursos e palestras oferecidos pela Petrobras?
R – Já, sábado agora eu vou fazer um curso de Relações “Humana”, fiz um curso, é, fiz um, é, fiz uma entrevista também e assim, por eu ter sete meses então os cursos vão vindo assim gradativamente.
P/1 – Ahã...
P/1 - É então eu acho que é isso. Obrigada Carlos, pela sua participação.
R – De nada, foi um prazer.
FINAL DA ENTREVISTA
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