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Por: Museu da Pessoa,

Brasileiro por opção

Esta história contém:

Brasileiro por opção

Identificação

Meu nome é Joaquim Gonçalves Rodrigues da Silva. Nasci na cidade de Mezão Frio, na região do Douro, em Portugal, em 20 de setembro de 1938.

Nome e atividade dos pais

Meu pai chama-se Miguel Rodrigues da Silva e minha mãe, Maria José Gonçalves Dias, ambos portugueses. Meu pai era comerciante e minha mãe era senhora do lar.

Chegada ao Brasil

Quando nós viemos ao Brasil, eu tinha 13 anos. O meu pai faleceu num acidente de automóvel, um motorista que ele tinha, e tinha-se tomado um pouco de bebida e ele não percebeu; quando ele vislumbrou o acidente e tentou sair, foi vítima, foi prensado pela porta do automóvel, e acabou falecendo, deixando minha mãe viúva aos 19 anos e com três filhos. Então depois de alguns anos, meu pai era de uma família rica, abastada, e minha mãe era jovem ainda; ela casou-se em segundas núpcias, contrariando toda a família da parte do meu pai. Então desse segundo casamento a minha mãe teve mais quatro filhos. E com essa numerosa prole entenderam que a gente deveria vir para o Brasil, para ter uma oportunidade melhor. Viemos pra cá e aqui chegamos em 1952.

Primeiro emprego

Quando chegamos ao Brasil nos instalamos na casa de um tio nosso, um tio muito amado, muito querido por nós. E ele era gerente geral da Feira das Nações, que era uma grande casa que tinha ali na Praça Ramos de Azevedo, que hoje não temos mais - nós temos algumas casas assemelhadas, que é Santa Luzia, ali bem em frente, na esquina da Barão de Itapetininga com a Praça Ramos de Azevedo, bem em frente ao antigo Mappin. Então ele deu oportunidade para o meu padastro trabalhar lá, como funcionário, como auxiliar lá dentro. E eu trabalhei durante uns dois ou três meses numa empresa ali também, na Barão de Itapetininga. Foi quando me falaram: “Vá para a Antarctica. Vá fazer um teste na Antarctica”. Nós morávamos ali na Rua Mariano Procópio, no Ipiranga, casa alugada.

Ingresso na Companhia Antarctica...

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Dados de acervo

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P/1- Obrigado pela presença do senhor aqui, e para começar queria que o senhor dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R- Eu é que agradeço o convite, meu nome é Joaquim Gonçalves Rodrigues da Silva, nascido a 20 de setembro de 1938, na cidade de Mezanfrio na região do (D´Oro?) em Portugal.

P/1- Qual o nome dos seus pais?

R- Miguel Rodrigues da Silva, Maria José Gonçalves Dias.

P/1- Ambos portugueses?

R- Ambos portugueses.

P/1- Qual era a atividade deles?

R- Eles eram comerciantes, meu pai era comerciante, e minha mãe era senhora do lar.

P/1- E quando vocês vieram para o Brasil, quantos anos o senhor tinha?

R- Eu tinha 13 anos.

P/1- 13?

R- 13 anos, mas nós viemos para o Brasil, veja bem: o meu pai faleceu num acidente de automóvel, um motorista que ele tinha, e tinha-se tomado um pouco de bebida e ele não percebeu, quando ele vislumbrou o acidente ele tentou sair, foi vítima, foi prensado pela porta do automóvel, ele acabou falecendo deixando minha mãe viúva com 19 anos com três filhos. Então depois de alguns anos, meu pai era de uma família rica, abastada, depois de alguns anos minha mãe era jovem ainda, e casou em segundas núpcias contrariando toda a família da parte do meu pai. Então desse segundo casamento a minha mãe teve mais quatro filhos e com essa numerosa prole entenderam que a gente deveria vir para o Brasil, para ter uma oportunidade melhor, né? Viemos pra cá, e aqui chegamos em 1952.

P/1- 52, né?

R- 1952

P/1- E quando vocês chegaram ao Brasil, vocês se instalaram em que local?

R- Nos instalamos na casa de um tio nosso, um tio muito amado, muito querido por nós. E ele era gerente geral da Feira das Nações que era uma grande casa que tinha ali na Praça Ramos de Azevedo, que hoje não temos mais, nós temos algumas casas assemelhadas, que é Santa Luzia, ali bem em frente, na esquina da Barão de Itapetininga com a Praça Ramos de Azevedo, bem em frente ao Mappin. Então ele deu...

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