Eu tinha feito algumas escolhas erradas: me envolvi com um cara estranho, tive um filho cedo de mais sem ter onde cair morta, não escolhi bem o colégio para fazer o Ensino Médio, o que me fez pelejar 4 anos após a conclusão do supletivo por um diploma... E aos 32 anos estava desempregada, alcoólatra, deprimida e sem perspectiva de sair da casa dos meus pais. Nessa situação, tive uma crise de gastroenterite que me obrigou a parar de beber, terminei um relacionamento sem perspectiva, me aproximei de pessoas que poderiam me dar suporte e comecei a estudar para o ENEM. No percurso, resolvi fazer um vestibular para ver como me sairia. Só estudei uma semana antes dessa prova. Depois fiz o ENEM, para o qual havia estudado um mês e fiquei muito perto de conseguir uma vaga, mas não perto o suficiente. Em janeiro, recebi a notícia de que havia passado no vestibular que tinha feito antes e comemorei horrores. Tinha contatos que me ajudariam a conseguir uma bolsa de estudos e finalmente consegui entrar para a faculdade aos 33 anos. Primeiro, entrei em um curso de Publicidade, por causa da relação candidato-vaga, mas aí tive contato com Filosofia e comecei a questionar se aquele era o curso que eu queria. 6 meses depois veio a pandemia e senti que era o momento de pedir transferência de curso. Graças ao ensino remoto, eu consegui a vaga que tanto queria e hoje estou terminando o curso de Psicologia, algo que sempre me vi fazendo, e esse ano vou começar a estagiar na área que eu escolhi. Por isso, quando você não souber o que fazer, pense: qual é a sua aptidão? O que você sempre quis fazer? E comece a buscar, porque se você tomar boa decisões, tudo começa a dar certo naturalmente.