Bairro N.S. de Fátima, Casas Populares, Cohab, Itabirito, ou como queiram.
Vinte e três horas e cinquenta e sete minutos.
Rua deserta, noite escura sem lua, apenas as lâmpadas dos postes iluminam parcamente o caminho a seguir. Nem uma vivalma a circular pelo caminho a não ser eu, claro!
Nenhum cachorro a latir, nenhum gato a miar, nada; apenas eu e os sons dos meus passos.
Fazia eu aquele percurso já tempos, pois deixava o meu trabalho e tinha que caminhar até a minha casa todas as noites para descansar.
Onde moro é um bairro operário de casas normais onde poucas se destacam das outras, e onde todos se conhecem.
Conheço de cor e salteados todos os moradores daqui, só que nomes mesmo não sei de quase ninguém, pois cada um morador daqui tem um apelido que não vou citar nenhum, pois se assim o fizesse já estaria a identificar os personagens dessa estória.
Mas como eu vivo a me contradizer, tem alguns que eu não posso deixar de citar, como o Raimundo espáia-brasa, o Zé Bolão, Dona Maria Loura, Diney o índio, Toninho Carqueja, Coca-Cola, Dona Lourdes e Dona Nair, as centenários do Bairro, dona Tereza ,Maria e Marina Serafim, Stú, o pescador,e a inesquecível Dona Maria Magnífica, Guido Lourenço,Márcio Pelé, meu irmão,Maria Luiza da Fampaz,.
È um bairro muito bom para se morar, com gente humilde, simples, mas ordeira e correta e onde cada qual cuida de sua vida, mas está sempre pronto para ajudar ao vizinho em suas horas de necessidades.
Pois é;
Então lá vou eu nesse lusco-fusco, cansado do trabalho e de tanto andar, quando ao chegar ao aterro de escória de ferro onde o Xambreta trabalhava, e onde é hoje a Igreja N.S.de Fátima,
começo a ouvir um fino zumbido como o de uma turbina, e de repente o céu se ilumina com cores diversas, amarelas, azuis, roxas, vermelhas, verdes, piscando, piscando e piscando.
Digo para vocês que nesse momento tremi nas bases, minhas pernas bambearam, queria gritar, mas a voz não saia, e...
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Bairro N.S. de Fátima, Casas Populares, Cohab, Itabirito, ou como queiram.
Vinte e três horas e cinquenta e sete minutos.
Rua deserta, noite escura sem lua, apenas as lâmpadas dos postes iluminam parcamente o caminho a seguir. Nem uma vivalma a circular pelo caminho a não ser eu, claro!
Nenhum cachorro a latir, nenhum gato a miar, nada; apenas eu e os sons dos meus passos.
Fazia eu aquele percurso já tempos, pois deixava o meu trabalho e tinha que caminhar até a minha casa todas as noites para descansar.
Onde moro é um bairro operário de casas normais onde poucas se destacam das outras, e onde todos se conhecem.
Conheço de cor e salteados todos os moradores daqui, só que nomes mesmo não sei de quase ninguém, pois cada um morador daqui tem um apelido que não vou citar nenhum, pois se assim o fizesse já estaria a identificar os personagens dessa estória.
Mas como eu vivo a me contradizer, tem alguns que eu não posso deixar de citar, como o Raimundo espáia-brasa, o Zé Bolão, Dona Maria Loura, Diney o índio, Toninho Carqueja, Coca-Cola, Dona Lourdes e Dona Nair, as centenários do Bairro, dona Tereza ,Maria e Marina Serafim, Stú, o pescador,e a inesquecível Dona Maria Magnífica, Guido Lourenço,Márcio Pelé, meu irmão,Maria Luiza da Fampaz,.
È um bairro muito bom para se morar, com gente humilde, simples, mas ordeira e correta e onde cada qual cuida de sua vida, mas está sempre pronto para ajudar ao vizinho em suas horas de necessidades.
Pois é;
Então lá vou eu nesse lusco-fusco, cansado do trabalho e de tanto andar, quando ao chegar ao aterro de escória de ferro onde o Xambreta trabalhava, e onde é hoje a Igreja N.S.de Fátima,
começo a ouvir um fino zumbido como o de uma turbina, e de repente o céu se ilumina com cores diversas, amarelas, azuis, roxas, vermelhas, verdes, piscando, piscando e piscando.
Digo para vocês que nesse momento tremi nas bases, minhas pernas bambearam, queria gritar, mas a voz não saia, e aquela grande coisa no formato de dois grandes pires emborcados, começou a subir.
Não!
Isso não aconteceu apenas porquê tinha feito as minhas necessidades fisiológicas antes, mas, tremia, queria falar e a voz não saia, meu cigarro caiu de minhas mãos, e de repente me sinto paralisado de terror.
Luzes giram cada vez mais rápido, aquele zumbido fino penetra em minha cabeça, penso:
Ou já estou morto, ou vou morrer agora.
Aquela imensa nave, calculei que devia ser umas cento e oitenta e três vezes maior que eu, pára em minha frente, uma porta guilhotinada se abre, e de dentro dela sai um grande sapo.
E este grande sapo, que dizia ser o rei do planeta Sapoviski, me chamou a um canto e me convidou para que eu me unisse ao bando dos sapos, e isso me disse como Marthin Luter e Péricles, e seus olhos eram como duas pérolas negra a me fitarem.
E ele me prometeu que se eu o seguisse e fosse com ele, quando eu retornasse para o planeta terra seria eu coroado como rei de todos os povos terrestres.
Voltei ao Planeta Terra ontem.
Pedi uma audiência com o nosso amado presidente Lula, para lhe explicar tudo o que me tinha acontecido e reivindicar o meu direito ao trono.
Estou aqui no hospital psiquiátrico de Brasilia na ala 1, quarto-cela 19.
Alguém que ler essa bubiça até aqui, poderia avisar a minha família?
Desde já, agradeço.
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