Eu e minha mãe entramos em um cemitério, parecia no centro de São Paulo, era início da noite e a iluminação era ruim. Entramos no cemitério e não era plano, a parte da entrada era a mais baixa e subindo a rampa via-se as fileiras das covas fechadas. Não subimos, ficamos por ali, encontramos algumas famílias, de repente nos demos conta que era um cemitério nos EUA mas as pessoas falavam português, parecia muito com São Paulo, todos estavam com roupas de frio e com ar de luto, as roupas eram pretas e parecia de uma outra época, tipo anos 50. E então a parte mais assustadora pra mim. Havia uma mesa alta, na altura da barriga. Nessa mesa haviam assadeiras em cima com pães estilo baguete só que bem largos, com o corte no meio igual pão francês. A diferença é que o ingrediente principal dos pães eram os corpos vítimas da covid-19. As pessoas sabiam disso e estavam tirando pedacinhos dos pães dizendo que estavam com fome e era impossível resistir àquele pão quentinho já que estava um tempo frio. As pessoas passavam manteiga e comiam. Aqueles pães seriam sepultados pq na verdade eram os corpos. A responsável pelos pães era uma moça negra sorridente e bem humorada, ela não impedia que as pessoas tirassem lascas dos pães, só alertava do que que era e isso não assustava ninguém, elas diziam “só um pedacinho não faz mal”. Depois essa moça explicou que o processo dos pães era para otimizar espaço nas covas pq a quantidade de vítimas era muito superior ao número de covas disponíveis, então ela teve essa ideia de transformar as pessoas em pães para poder enterrar todo mundo.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Como no sonho eu descrevo, a quantidade de vítimas é muito assustadora. O que mais me chama a atenção são as pessoas comendo o pão que, para mim, simboliza a falta de empatia e consideração que muitas pessoas não estão tendo no momento, principalmente por parte do governo....
Continuar leitura
Eu e minha mãe entramos em um cemitério, parecia no centro de São Paulo, era início da noite e a iluminação era ruim. Entramos no cemitério e não era plano, a parte da entrada era a mais baixa e subindo a rampa via-se as fileiras das covas fechadas. Não subimos, ficamos por ali, encontramos algumas famílias, de repente nos demos conta que era um cemitério nos EUA mas as pessoas falavam português, parecia muito com São Paulo, todos estavam com roupas de frio e com ar de luto, as roupas eram pretas e parecia de uma outra época, tipo anos 50. E então a parte mais assustadora pra mim. Havia uma mesa alta, na altura da barriga. Nessa mesa haviam assadeiras em cima com pães estilo baguete só que bem largos, com o corte no meio igual pão francês. A diferença é que o ingrediente principal dos pães eram os corpos vítimas da covid-19. As pessoas sabiam disso e estavam tirando pedacinhos dos pães dizendo que estavam com fome e era impossível resistir àquele pão quentinho já que estava um tempo frio. As pessoas passavam manteiga e comiam. Aqueles pães seriam sepultados pq na verdade eram os corpos. A responsável pelos pães era uma moça negra sorridente e bem humorada, ela não impedia que as pessoas tirassem lascas dos pães, só alertava do que que era e isso não assustava ninguém, elas diziam “só um pedacinho não faz mal”. Depois essa moça explicou que o processo dos pães era para otimizar espaço nas covas pq a quantidade de vítimas era muito superior ao número de covas disponíveis, então ela teve essa ideia de transformar as pessoas em pães para poder enterrar todo mundo.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Como no sonho eu descrevo, a quantidade de vítimas é muito assustadora. O que mais me chama a atenção são as pessoas comendo o pão que, para mim, simboliza a falta de empatia e consideração que muitas pessoas não estão tendo no momento, principalmente por parte do governo. Pra mim simboliza a banalização da quantidade de vítimas.
Recolher