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Personagem: Sérgio Teperman
Por: Museu da Pessoa,

Arquiteto por formação, viajante por vocação

Esta história contém:

Arquiteto por formação, viajante por vocação

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Nasci aqui mesmo em São Paulo, em abril de 1937. Já são, portanto, 82 anos de muitas histórias. A maioria, boas, devo admitir. Muitas viagens, muito trabalho, devo ter acompanhado o mais icônico da arquitetura brasileira. De perto. Filho e neto da tradição judaica, tenho ainda a filmagem de meu bar mitzvah, aos 13 anos. Mas nunca segui a religião. Só das festas maiores, obrigatórias, é que não escapei. Meu avô paterno fundou a sinagoga Beth El, hoje Museu Judaico. Aqui em São Paulo. A propósito, os avós maternos vieram da Rússia e os paternos, da Bessarábia, hoje Moldávia. Uma coisa curiosa: somente no enterro da minha mãe, descobri que ela era russa e que chegou à Argentina com seis meses. Sempre achei que ela fosse argentina.

Sempre fui bom aluno, o melhor da classe. Minha mãe queria, por toda força, que eu fosse médico. Como meu pai. Eu, de verdade, queria viajar, desbravar, meio aventureiro, uma espécie de Almir Klink. E depois, contar minhas proezas. Cruzar as montanhas e os mares dos lugares. Mas acabei arquiteto, talvez influência do contato com a monumentalidade de determinados prédios, e principalmente de uma presença próxima – Henrique Midlin, arquiteto conhecido e que profissionalizou a arquitetura no Brasil. Meu primo em terceiro grau. Fiz a FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, numa época em que aquilo lá era um sonho: 30 alunos por classe, quase um curso particular; Vilanova Artigas, e este nome diz tudo dentro da Arquitetura; Figueiredo Ferraz, calculista do Masp e prefeito da Capital; Anhaia Melo, urbanista; Vítor Melo, o brasileiro que reequilibrou a Torre de Pisa. No primeiro ano, tirei o quinto lugar em um concurso de arquitetura – eu e dois colegas. Enquanto isso, nas férias, eu ia para o Rio – casa de parentes – curtir o melhor da bossa-nova e outras coisas memoráveis: Orfeu do Carnaval, música de Tom e Vinícius, cenário de Niemeyer. Aí, terminei a Faculdade, fui...

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Projeto Conte Sua História – Estúdio Aberto

Depoimento de Sérgio Teperman

Entrevistado por Danilo Eiji Lopes

São Paulo, 23 de julho de 2019

Realização Museu da Pessoa

PSCH_HV798 _ rev.

Transcrito por Selma Paiva

Revisado por Paulo Rodrigues Ferreira

P/1 – Sérgio, boa tarde!

R – Boa tarde!

P/1 – Sérgio, inicialmente, eu queria agradecer pela sua presença no Museu, por estar aqui no Museu da Pessoa. Muito obrigada por ter vindo!

R – Obrigado a vocês pelo convite também!

P/1 – Sérgio, para nossa identificação, eu gostaria que você falasse o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – É Sérgio Teperman. O local: nasci em São Paulo, em dez de abril de 1937.

P/1 – Então, vamos lá! Sérgio, a gente vai falar sobre sua história de vida e, antes de ir na sua história, eu gostaria que você falasse um pouco das suas origens, da sua família. Você conheceu seus avós? Conte um pouco sobre eles, o que você conhece.

R – Veja, eu tenho uma dificuldade de falar em público. Eu demorei seis anos para conseguir falar em público. De modo que, quando eu tinha seis anos de idade, eu respondi a uma pergunta de um “quiz show” no rádio. Eu respondi porque o prêmio era uma viagem para o Rio de Janeiro, uma coisa assim. Eu respondi e meu pai teve que me levar para o show. Era um programa de auditório e o microfone não era telescópico, era ___________ [1:54], eu tinha seis anos, era muito alto e tinha uma assistente de palco que me pegou no colo e me colocou para falar, porque eu não conseguia alcançar. E assim foi a primeira vez que eu falei em público. (risos) E poucas pessoas estiveram no colo da Hebe Camargo, (risos) que era a assistente de palco. Ela cantava. Ela era uma sambista. Era morena, não tinha nada de loira. E assim começou minha entrevista, minha primeira. Agora, contando sobre minha família, realmente nós somos judeus de tradição, eu não sigo a religião, mas meus avós paternos e...

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