Sou Jair Marcos, guitarrista da banda paulistana FELLINI, que agora em maio deste 2024 completa 40 anos de existência. Essa banda, pra quem não conhece, lançou uma série de álbuns autorais ao longo da carreira. Apesar de ter terminado oficialmente no início dos anos 1990, tivemos inúmeros shows posteriores pra mostrar no palco, aos fãs de várias partes do país, os nossos trabalhos de estúdio.
Ter uma banda que se tornou \"cult\" não é assim tão simples. Nosso trabalho sempre foi muito livre e peculiar. Não tivemos grandes gravadoras (as \"majors\"), contamos com os pequenos selos musicais que nos lançaram. As letras singulares do cantor, poeta, escritor, jornalista e apresentador Cadão Volpato foram invariavelmente consideradas um primor pela ampla crítica especializada e alternativa.
Nosso som também foi aclamado como \"inovador\" e acabamos nos tornando inclusive uma \"banda-influência\" para as gerações musicais que se seguiram. Meu maior aprendizado com o Fellini foi meu despertar para a criatividade guitarrística, ora levando aos companheiros um ou outro tema, ora arranjando os inúmeros temas trazidos por eles, além de Cadão, Thomas Pappon e Ricardo Salvagni; junto comigo, formamos o quarteto original do Fellini que se encontra intermitentemente para shows ou outros eventos. Há poucos dias fizemos uma tarde de autógrafos aqui em São Paulo, encontro muito bem sucedido com dezenas de fãs que levaram nossos discos pra serem assinados nas capas.
Nesse aprendizado, como tocar a guitarra ou entoando riffs ou criando solos. Como gravar esse material pensando em efeitos, ambiência e tudo mais, sem exageros ou excessos. Na hora dos shows como se comportar no palco, como se relacionar com as equipes técnicas, como olhar para o próprio público presente nos espetáculos com o respeito devido. Como aprender a falar com a imprensa, sem cometer inevitáveis gafes, pois nunca fui o \"porta-voz\" da banda; sim, dei várias...
Continuar leitura
Sou Jair Marcos, guitarrista da banda paulistana FELLINI, que agora em maio deste 2024 completa 40 anos de existência. Essa banda, pra quem não conhece, lançou uma série de álbuns autorais ao longo da carreira. Apesar de ter terminado oficialmente no início dos anos 1990, tivemos inúmeros shows posteriores pra mostrar no palco, aos fãs de várias partes do país, os nossos trabalhos de estúdio.
Ter uma banda que se tornou \"cult\" não é assim tão simples. Nosso trabalho sempre foi muito livre e peculiar. Não tivemos grandes gravadoras (as \"majors\"), contamos com os pequenos selos musicais que nos lançaram. As letras singulares do cantor, poeta, escritor, jornalista e apresentador Cadão Volpato foram invariavelmente consideradas um primor pela ampla crítica especializada e alternativa.
Nosso som também foi aclamado como \"inovador\" e acabamos nos tornando inclusive uma \"banda-influência\" para as gerações musicais que se seguiram. Meu maior aprendizado com o Fellini foi meu despertar para a criatividade guitarrística, ora levando aos companheiros um ou outro tema, ora arranjando os inúmeros temas trazidos por eles, além de Cadão, Thomas Pappon e Ricardo Salvagni; junto comigo, formamos o quarteto original do Fellini que se encontra intermitentemente para shows ou outros eventos. Há poucos dias fizemos uma tarde de autógrafos aqui em São Paulo, encontro muito bem sucedido com dezenas de fãs que levaram nossos discos pra serem assinados nas capas.
Nesse aprendizado, como tocar a guitarra ou entoando riffs ou criando solos. Como gravar esse material pensando em efeitos, ambiência e tudo mais, sem exageros ou excessos. Na hora dos shows como se comportar no palco, como se relacionar com as equipes técnicas, como olhar para o próprio público presente nos espetáculos com o respeito devido. Como aprender a falar com a imprensa, sem cometer inevitáveis gafes, pois nunca fui o \"porta-voz\" da banda; sim, dei várias entrevistas, mas os que sempre falaram e falam com mais propriedade são mesmo Thomas e Cadão, com quem sempre aprendi (aprendo) muito.
A música é uma mestra eterna, sempre teremos muito o que aprender com essa arte grandiosa. Eu, particularmente, ouço de tudo, especialmente os trabalhos modernos, contemporâneos. A partir daí, crio minhas playlists e as divulgo. Considero que não parei no tempo, apesar de nossa influência pós-punk e new wave, além da própria MPB clássica, as bases de nosso trabalho, e a viagem segue.
Recolher