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Personagem: Danny Viana da Rocha
Por: Museu da Pessoa, 5 de maio de 2012

Apaixonada pelo mar

Esta história contém:

Apaixonada pelo mar

Eu sou apaixonada por mar, tudo que é relacionado a praia, mar. Eu comecei a trabalhar aqui na associação de pescadores, fiz uma prova na Anatel em Vitória e consegui alcançar esse emprego lá na sala de rádio, vai fazer quatro anos agora em setembro. Mas isso veio de infância. A família toda é de pescadores. Minha avó era pescadora de pedra, linha e anzol, meu avô era pescador profissional. Meu pai também se apaixonou pela profissão depois que conheceu a família da minha mãe e virou pescador também. Então eu e meu irmão acordávamos cedo pra ir pra escola, e na volta já vinha com aquela expectativa de mergulhar ou ir pescar com meu pai.

Ele já tinha adquirido o barquinho dele. Aí como um barco de pesca grande era muito caro, ele comprou um barquinho de pesca pequeno, de camarão. Até hoje eu saio com ele pra pescar. Adoro. Eu sempre fui estudiosa, mas quando saía, ia fazer brincadeira de moleque mesmo, pular muro, carrinho de rolimã, jogar futebol e caçar caranguejo ou pescar siri. Era bacana. E com doze anos me ofereceram uma casa pra tomar conta, tipo caseira. Abria durante o dia, molhava as plantas, cuidava, fechava de noite. A moça nunca mais apareceu pra pegar a chave de volta e essa casa está comigo até hoje.

Minha mãe toma conta agora. Quando surgiu essa proposta pra trabalhar na rádio dos pescadores, e que tinha que ter carteira de operador da Anatel, puxei a apostila na internet, estudei e passei. Era tudo o que eu queria. Começamos primeiro uma parceria com Shell e depois com Chevron, no intuito de tentar afastar as embarcações das plataformas, dar aviso de segurança, aviso sobre o meio ambiente, fazer o intercâmbio entre pescador e plataforma.

E continua mais ou menos assim, servindo de comunicação, mas também já somos despachantes para os documentos dos pesqueiros. No começo, quando eu era novata, os pescadores adoravam fazer brincadeiras, trotes comigo. Estavam sempre inventando histórias pra eu...

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Dados de acervo

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Projeto Mulheres Empreendedoras Chevron

(Transcrição de Ana Paula Corazza Kovacevich)

Depoimento de Dani Viana da Rocha ou Danny

Entrevistada por Rosana Miziara

Itaipava (Itapemirim), 05 de maio de 2012

Realização Museu da Pessoa

Entrevista Nº MEC_HV025

Revisado por Bruna Ghirardello

P/1 – Dani, você pode falar seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Meu nome é Dani Viana da Rocha, nascida e criada em Itaipava. É... 18 de março de 1986.

P/1 – Dani, seus pais são aqui de Itaipava?

R – Meu pai na verdade ele é carioca, ele veio pra cá com dezessete anos, casou com minha mãe, veio pra cá, morar aqui. Iniciou a profissão de pescador...

P/1 – E por que é que seu saiu do Rio e veio pra cá?

R – Ele queria ser pescador e lá não tinha profissão assim certa ele, ele preferiu vir pra cá. A família da minha mãe é toda de pescadores, ajudou ele.

P/1 – Mas ele veio pra cá porque conheceu sua mãe?

R – É.

P/1 – Ele conheceu sua mãe aonde?

R – Conheceu no Rio. Ela morava no Rio.

P/1 – A sua mãe morava no Rio?

R – Ela é daqui e foi morar lá pra trabalhar.

P/1 – Trabalhar em quê?

R – Ela trabalhava como ajudante de loja. Trabalhou em colégio. Ela teve várias profissões. Trabalhou em colégio como servente, trabalhou em lojas...

P/1 – Aí conheceu seu pai lá?

R – Isso.

P/1 – Aí vieram pra cá?

R – É. Eles moravam na mesma rua lá no Rio. Aí ele a conheceu, ela contou a história de vida dela aqui. Ela gostava muito, ela sempre foi apaixonada por Itaipava, mas aqui era difícil de emprego. Ela foi trabalhar lá, aí o conheceu, contou a história do pessoal de Itaipava, que todo mundo era pescador, e ele se apaixonou pela profissão e quis vir trabalhar aqui.

P/1 – Seus avós são pescadores?

R – Todos eles... Meus avós... Minha avó pescadora de pedra de linha, que a gente fala, e meu avô ele era pescador profissional.

P/1 – O que é pescadora de pedra?

R – É...Pesca com linha mesmo....

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